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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Selo Amazônico é divulgado em evento no Pará

Membros da coordenação do programa de Avaliação da Conformidade para produtos Manufaturados com Matéria-Prima da Amazônia Brasileira, mais conhecido como Selo Amazônico, participaram nesta terça-feira (30) da Reunião Regional e Orçamentária – Norte, da Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade (RBMLQ/Inmetro), que acontece em Belém (Pará). O objetivo foi divulgar o projeto, idealizado pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA) e que conta com a parceria do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO), órgão responsável por acreditar o programa.

A execução do projeto está a cargo da Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (Fucapi) por meio do Comitê Selo Amazônico. A participação da coordenação do Comitê na reunião marcou o início dos trabalhos de divulgação do programa nos Estados da Amazônia Brasileira (Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins).

De acordo com a coordenadora do projeto pela Fucapi, Hyelen Gouvêa, o resultado foi extremamente positivo. Representantes dos Institutos Estaduais de Pesos e Medidas (IPEMS) do Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima demonstraram interesse em marcar reuniões para divulgação do projeto em seus Estados. “A adesão por parte dos IPEMs foi dentro do esperado. Agora, vamos dar andamento ao processo e providenciar o agendamento das novas reuniões o quanto antes a fim de firmar novas parcerias”, disse a coordenadora, ressaltando que “através dessa certificação poderá ser feito um melhor monitoramento de matéria-prima, minimizando assim a depreciação da marca ‘Amazônia’ e tudo o que está por trás dela”.

O projeto Selo Amazônico foi criado com o intuito de agregar valor aos produtos da região Amazônica, visando garantir o monitoramento quanto à qualidade, segurança, requisitos ambientais, econômicos, sociais e procedência da matéria-prima. No mês de julho, foi firmado termo de cooperação técnica entre a SUFRAMA e o INMETRO para a criação do Programa de Certificação de Produtos da Amazônia Brasileira.

A Reunião Regional e Orçamentária Norte, da RBMLQ/Inmetro, é o evento de maior visibilidade do setor na Amazônia e visa promover a divulgação, discussão e troca de informações sobre temas relacionados à metrologia, normatização e qualidade industrial.

8º Seminário ANATEC

Concurso Ideias Inovadoras 2011

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb) está com inscrições abertas até 15 de setembro para o Concurso Ideias Inovadoras 2011.

A iniciativa tem como objetivo estimular o empreendedorismo na Bahia, atrair membros da comunidade acadêmica para a atividade empresarial e incentivar o desenvolvimento de ideias inovadoras.

As melhores propostas receberão até R$ 8 mil e estão divididas em quatro categorias: Graduando e Pós-Graduando lato sensu; Pós-Graduando stricto sensu; Pesquisadores; e Inventores independentes.

O concurso está dividido em quatro fases, sendo que a primeira consiste na inscrição e avaliação do trabalho. Na fase dois, serão selecionados até dez projetos em cada categoria.

Na terceira, os candidatos aprovados na fase anterior deverão fazer uma apresentação e defesa oral de seus trabalhos. Já na última etapa, serão selecionados os três primeiros colocados de cada categoria.

Para a seleção, serão avaliados a originalidade, a aplicabilidade, o mercado potencial, a diferenciação, os impactos da inovação, o perfil do empreendedor e a apresentação da proposta.

Veja edital abaixo:

Aprovado pedido ao TCU de auditoria no Sistema S

O Plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (30) requerimento do senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) solicitando ao Tribunal de Contas da União (TCU) a realização de auditorias nas entidades componentes do Sistema S: Sesi, Senai, Sesc, Sest, Senat, Senar, Sescoop, ABDI, Apex e Sebrae. As auditorias pedidas são referentes às gestões dos exercícios de 2008, 2009 e 2010.

Em pronunciamentos em Plenário, Ataídes tem cobrado insistentemente transparência na aplicação de recursos públicos no Sistema S. Entre as críticas do senador está o fato de que, apesar de receberem dinheiro do governo para qualificação de trabalhadores, os cursos oferecidos pelo sistema são cobrados.

De acordo com o requerimento (RQS 1058/11), as auditorias devem abranger análises de itens como balanços patrimoniais; receitas arrecadadas via INSS e Receita Federal; despesas com publicidade e eventos; transferências de recursos; folha de pagamento; e quantidade de pessoas atendidas.

O Plenário também aprovou requerimento em que Ataídes Oliveira pede informações ao TCU sobre fiscalizações e auditorias realizadas no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) nos anos de 2008, 2009 e 2010

Plástico “verde” ganha mercado e atrai investimentos no Brasil

Produção de resinas a partir de fontes renováveis, como, por exemplo, a cana-de-açúcar deverá ter um salto de 136% até 2015

Em substituição ao petróleo, a cana-de-açúcar. A migração do combustível fóssil para fonte renovável, inicialmente vista com desconfiança, ganhou novo status no Brasil menos de um ano após o início das operações da primeira fábrica local de resina fabricada a partir do etanol.

O produto, impulsionado pela demanda de embalagens alimentícias e de itens de higiene e beleza e pelo forte apelo mundial por sustentabilidade, deixou de ser visto como um concorrente direto do plástico produzido com petróleo e deu origem a um novo mercado, cujo protagonismo tende a ser brasileiro.

O primeiro passo foi dado pela Braskem, com a instalação de uma fábrica em Triunfo (RS) no ano passado e anúncio de construção de uma nova unidade de resinas em 2013. A americana Dow Chemical e a belga Solvay também têm projetos anunciados para o Brasil, todos com base na cana-de-açúcar e voltados para nichos de mercado.

“Falamos de um novo produto, que precisa cada vez mais ser diferenciado do produto convencional. É um biopolímero que deve ser comparado com outros biopolímeros”, destaca o diretor de Negócios Químicos Renováveis da Braskem, Marcelo Nunes.

A produção de resinas com uso de fontes renováveis ainda é bastante restrita mundialmente, com capacidade total de pouco mais de 700 mil toneladas anuais, segundo dados da associação europeia que acompanha o mercado de bioplásticos. A Braskem é líder, com capacidade anual de 200 mil toneladas de polietilenos (PE) verdes, volume que, entretanto, representa menos de 1% da produção mundial dessa resina.

O volume excedente é concentrado principalmente em países do hemisfério norte que utilizam como matéria-prima milho e trigo, entre outros produtos. Até 2015, a produção mundial de biopolímeros deverá ter um salto de 136%, prevê a European Bioplastics, para 1,7 milhão de toneladas anuais. Caso a estimativa seja confirmada, é previsto que o Brasil seja um dos principais destaques dessa projeção.

Fábrica
O projeto da Solvay de construir uma linha de produção de PVC a partir de fontes renováveis, interrompido durante a crise econômica iniciada nos Estados Unidos em 2008, previa a produção de 60 mil toneladas anuais de eteno verde, a partir de cana-de-açúcar, e capacidade praticamente idêntica de PVC.

A Dow, cujo projeto também ficou interrompido durante a crise, mantém em sigilo a capacidade da fábrica que construirá no Brasil em parceria com a japonesa Mitsui. O plano é ter uma fábrica com escala mundial, conceito que nos padrões de resinas produzidas a partir do petróleo representa uma capacidade mínima de 300 mil a 350 mil toneladas anuais.

O projeto, assim como a unidade da Solvay, será abastecido por etanol, o que deverá ampliar a representatividade do produto extraído da cana de açúcar na fabricação total de biopolímeros. A novidade do projeto da Dow, anunciado no mês passado, será a integração das plantações com a usina e a fábrica de resinas.

Modelo semelhante será adotado nos futuros projetos verdes da Braskem – a fábrica em operação em Triunfo é abastecida por etanol produzido nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Para atender a unidade, a Dow e a Mitsui construirão uma usina com capacidade de 240 milhões de litros de etanol.

“Mas esse volume não atenderá a totalidade da demanda (da fábrica de resina), por isso, o projeto, que ainda está em fase de estudo de engenharia inclui também uma expansão na produção de etanol”, diz o diretor de Negócios para Alternativas Verdes e de Desenvolvimento de Novos Negócios da Dow para a América Latina, Luis Cirihal.

O objetivo da Dow é, assim como a Braskem, ter um produto viável financeiramente e capaz de abrir novos mercados para a resina verde. “Falamos de um projeto a níveis competitivos globais e de uma tecnologia com espaço muito grande para avançar”, diz o executivo.

O avanço virá principalmente do desenvolvimento de novas tecnologias para a rota verde de resinas e das pesquisas sobre a cana-de-açúcar. “A produtividade comercial da cana, que em regiões mais competitivas é de 90 a 100 toneladas por hectare ao ano, poderá atingir 180 a 200 toneladas por hectare ao ano dentro de 10, 15 ou 20 anos”, diz o gerente de desenvolvimento estratégico do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), Jaime Finguerut.

A cana de açúcar, segundo o especialista, tem capacidade para produzir em média o dobro de biomassa do milho, o mais próximo dentro seus concorrentes. Além das perspectivas otimistas, o ambiente atual de preços elevados do petróleo também é um ponto favorável à produção de resinas verdes.

“Acredito que o etanol como substituto da gasolina é perfeitamente viável com o petróleo entre US$ 40 e US$ 60 o barril. Hoje, com a alta de custos do etanol, essa janela está mais para US$ 60″, diz o gerente do CTC.

Retomada
A produção de resinas a partir de fontes renováveis é o resgate de uma tecnologia presente na indústria brasileira na década de 1970 e que teve como principal nome a Salgema, uma das empresas que deram origem à Braskem.

Após o movimento de estímulo ao desenvolvimento de álcool no Brasil, com a criação do Proálcool, novas políticas federais em relação ao etanol e ao petróleo, juntamente com a trajetória de preços internacionais do petróleo, culminaram com o fim da competitividade da indústria alcoolquímica ao longo da década de 1980.

Três décadas depois, a disparada do petróleo antes da crise econômica iniciada nos Estados Unidos em 2008 voltou a tornar projetos com base em etanol atrativos.

Outro ponto determinante para esse movimento foi a disseminação do tema Sustentabilidade entre os consumidores e, por conseguinte, dentro das empresas. “No passado, discutia-se o custo do produto e a possibilidade de existir um prêmio para tal. Agora, sabe-se que é possível aplicar esse prêmio”, diz Finguerut.

Engenheiro inventa fogão que cozinha e gera energia

A indústria brasileira desenvolveu um equipamento capaz de cozinhar e, com o calor produzido, gerar energia para casas sem luz elétrica. É um fogão a lenha e ao mesmo tempo uma miniusina de geração de energia.

Cerca de 300 famílias que vivem em comunidades distantes em Xapuri, no Acre, são os pioneiros na utilização desse equipamento. Com o fogão, elas têm luz, alimento refrigerado e podem ver TV.

Quatro horas de preparo diário de alimentos geram energia para manter acesas três lâmpadas de led por seis horas, um rádio por quatro horas, uma TV de 14 polegadas e um receptor de parabólica por três horas e ainda um pequeno refrigerador de corrente contínua por 24 horas.

A ideia do engenheiro-mecânico Ronaldo Sato, 58, encantou o empresário Flávio Pentagna Guimarães, 83, que decidiu desenvolvê-la na Energer, empresa de energia renovável do Grupo BMG.

O projeto foi testado e aprovado pelo Cepel, o laboratório de pesquisas e desenvolvimento da Eletrobras, e também pelo INT (Instituto Nacional de Tecnologia).

O Cepel considerou que o "fogão gerador tem viabilidade técnica para o suprimento de energia elétrica a pequenos consumidores" e que o equipamento pode ser importante para o país em áreas rurais distantes da rede elétrica convencional.

Quatro horas de cozimento nesse fogão consomem até 16 kg de lenha ou gravetos. Sato disse que há estudos que mostram que os fogões a lenha tradicionais consomem 18 kg de lenha por dia.

O preço de fabricação está hoje em cerca de R$ 4.900 (sem a geladeira e a TV), mas Sato acredita que, com produção em escala, esse valor possa cair até 40%.

Por Folha.Com

Biocombustível , o caminho das pedras

Atualmente, não existem barreiras técnicas para a produção de biocombustíveis. Mas ainda há muitas oportunidades para melhorar fundamentalmente os processos para fabricá-los e diversificá-los.

A avaliação é de uma das principais referências mundiais em pesquisas sobre biocombustíveis, Chris Somerville, diretor do Instituto de Biociências e Energia (EBI, na sigla em inglês) da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos.

O cientista participou da 1st BBEST – Conferência Brasileira de Ciência e Tecnologia em Bioenergia (Brazilian Bioenergy Science and Technology Conference). O evento, realizado em agosto em Campos do Jordão, reuniu cerca de 700 pesquisadores e representantes de empresas do Brasil e de 21 países para discutir recentes avanços científicos e tecnológicos, negócios e políticas para o desenvolvimento do setor.

De acordo com Somerville, hoje os processos de produção de etanol de celulose, cana-de-açúcar ou de milho apresentam muitas ineficiências. Em função disso, a produção eficiente de combustíveis celulósicos por rotas diferentes da gaseificação exigirá a inovação na produção sustentável, na despolimerização e na conversão de matérias-primas em combustíveis líquidos.

“Há muitas rotas diferentes para melhorar os processos para a produção de combustíveis celulósicos. Porém, devido às interdependências dos elementos no trajeto total do processo de conversão da biomassa em combustíveis, a pesquisa sobre processos aperfeiçoados de produção de biocombustíveis ainda está em um estágio preliminar de maturidade técnica”, disse.

Entre os temas atuais de pesquisas realizadas para aprimorar o processamento de matérias-primas para a produção de biocombustíveis o cientista listou a despolimerização da lignina e sua conversão em biocombustíveis e o uso de celobiose em vez de glicose para a conversão da xilose em etanol.

“Como as plantas podem ser utilizadas em grande escala para capturar e armazenar energia solar, um dos caminhos para se mover em direção ao desenvolvimento de fontes de energia de baixo carbono é converter sua biomassa em combustíveis”, disse.

“Em função disso, há um interesse renovado em identificar plantas que apresentem ótima acumulação de biomassa e compreender as fases de produção, associadas com o cultivo em grande escala e a colheita sustentável dessas espécies”, disse.

Pesquisas nos Estados Unidos
Segundo Somerville, nos Estados Unidos, desde quando entrou em vigor a lei que definiu a produção e uso de biocombustíveis – a Renewable Fuel Standard (RFS2), que integra o Ato de Segurança Energética de 2007 (Energy Security and Independence Act of 2007) –, a produção de biocombustíveis tem se expandido rapidamente.

As novas regulamentações estabelecem um consumo mínimo de 45 bilhões de litros de biocombustíveis nos Estados Unidos a partir de 2010, chegando a pelo menos 136 bilhões de litros em 2022.

Dessa quantidade final, quase 80 bilhões de litros por ano devem ser destinados aos três tipos de combustíveis considerados avançados: celulósico, diesel de biomassa e “outros avançados” – para cumprir os níveis de redução de gases de efeito estufa estipulados pela Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês).

Para atingir a meta de produção de combustível renovável para 2022, o país deverá antecipar a construção de nove biorrefinarias para produção de etanol celulósico ou de outro biocombustível a partir da biomassa lignocelulósica, que estavam previstas para começar a ser construídas somente a partir do ano que vem.

De acordo com Somerville, a primeira a entrar em operação será a de Vercipia Biofuels, em Tampa, na Flórida, que começou a ser construída em 2011 e deverá iniciar a produção de etanol a partir de gramínea em 2013, quando produzirá por volta de 36 milhões de galões por ano.

A biorrefinaria pertence à companhia de energia British Petroleum (BP), que, em 2007, concedeu US$ 500 milhões por um período de mais de dez anos para iniciar as atividades do instituto de pesquisa em biociências e energia que Somerville dirige.

“O objetivo do EBI é explorar a aplicação do conhecimento biológico moderno para o setor de energia, desenvolvendo pesquisas em áreas como a de combustíveis celulósicos, microbiologia do petróleo, biolubrificantes e biossequestro de carbono”, destacou.

Uma das matérias-primas mais promissoras estudadas pelo grupo de pesquisadores liderado pelo cientista norte-americano para produzir etanol celulósico é uma grama nativa dos Estados Unidos, chamada de “planta perene”, que requer baixo investimento em insumos agrícolas e ajuda a capturar o carbono da atmosfera.

Relatório de Luiz Henrique altera regras de APPs no Código Florestal

O senador Luiz Henrique (PMDB-SC) antecipou, nesta terça-feira (30), seu relatório do projeto do novo Código Florestal (PLC 30/11) à bancada do PMDB, que o aprovou por unanimidade, segundo disse. O parlamentar pretende apresentá-lo na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) já na reunião desta quarta-feira (31), prevista para ocorrer às 10h.

O senador também disse acreditar que o relatório caminhará para a convergência com a proposta da Comissão de Meio Ambiente (CMA), que está sendo relatada ali pelo senador Jorge Viana (PT-AC).

- Nós temos conversado muito e meu desejo é trabalharmos juntos, quem sabe até para operar um só parecer, um parecer comum - declarou.

As principais modificações inseridas por Luiz Henrique são relativas a adequações constitucionais, para garantir segurança jurídica ao texto, afirmou o senador. O senador modificou o que chamou de "polêmico artigo 8º" - que trata da legalização da atividade agrícola em áreas de preservação permanente (APPs), como várzeas e topos de morros, feitas até julho de 2008 - numa tentativa de amenizar os conflitos, já que os ambientalistas o consideram uma anistia aos desmatadores.

A nova redação diz que a intervenção ou supressão de vegetação nativa em APPs somente ocorrerá nas hipóteses de utilidade pública, de interesse social ou de baixo impacto ambiental previstas na lei em discussão, ficando autorizada, exclusivamente, a continuidade das atividades agrossilvopastoris, de ecoturismo e turismo rural em áreas rurais consolidadas até julho de 2008. Também houve a especificação desses conceitos, no artigo 3º.

- Houve a mudança redacional que define o que é utilidade pública, interesse social e baixo impacto ambiental, [o texto] não definia, e estamos definindo claramente. Também não poderá haver outras hipóteses [de uso da área] senão aquelas ali. Isso dá tranquilidade a todos, inclusive ao governo - declarou.

O parlamentar considera ter colocado, com as alterações e detalhamentos, travas que não permitirão "de maneira nenhuma" novos desmatamentos. O relatório, segundo disse, também estabelece as competências dos estados e do Distrito Federal na aplicação da lei, ou seja, deixa claro que a norma geral compete à União e o detalhamento aos demais entes federados, mas dá poderes aos governadores, além do Presidente da República, de disciplinarem os casos de utilidade pública, interesse social e baixo impacto ambiental.

- A Constituição estabelece que a União trace as normas gerais e os estados as complementares. E nós cuidamos para que o texto mantenha o mandamento constitucional - declarou.

Uma das modificações propostas pelo senador incluiu como atividade de utilidade pública obras de infraestrutura destinadas aos serviços públicos de transporte, saneamento, energia, estádios e demais instalações necessárias à realização de competições esportivas. Segundo disse Luiz Henrique, a modificação "pretende facilitar a realização da Copa e da Olimpíada".

Detalhamento
Luiz Henrique detalhou o que são as atividades de utilidade pública, de interesse social ou de baixo impacto ambiental, que poderão ser definidos por governadores de estado ou o Presidente da República, exceções previstas para as intervenções em APPs. O texto proveniente da Câmara dos Deputados, do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), não explicitava os conceitos.

- Utilidade pública:
a) as atividades de segurança nacional e proteção sanitária;

b) as obras de infraestrutura destinadas aos serviços públicos de transporte, saneamento, energia, mineração, telecomunicações, radiodifusão, e estádios e demais instalações necessárias à realização de competições esportivas municipais, estaduais, nacionais ou internacionais;

c) atividades e obras de defesa civil;

d) demais atividades ou empreendimentos definidos em ato do chefe do Poder Executivo federal ou estadual.

- Interesse social:
a) as atividades imprescindíveis à proteção da integridade da vegetação nativa, tais como: prevenção, combate e controle do fogo, controle da erosão, erradicação de espécies invasoras e proteção de plantios com espécies nativas;

b) a exploração agroflorestal sustentável praticada na pequena propriedade ou posse rural familiar ou povos e comunidades tradicionais, desde que não descaracterizem a cobertura vegetal existente e não prejudiquem a função ambiental da área;

c) a implantação de infraestrutura pública destinada a esportes, lazer e atividades educacionais e culturais ao ar livre em áreas urbanas e rurais consolidadas, observadas as condições estabelecidas nesta Lei;

d) a regularização fundiária de assentamentos humanos ocupados predominantemente por população de baixa renda em áreas urbanas consolidadas, observadas as condições estabelecidas na Lei nº 11.977, de 7 de julho de 2009;

e) implantação de instalações necessárias à captação e condução de água e de efluentes tratados para projetos cujos recursos hídricos são partes integrantes e essenciais da atividade.

f) as demais obras, planos, atividades ou empreendimentos definidos em ato do chefe do Poder Executivo federal ou estadual.

- Atividades eventuais ou de baixo impacto ambiental:
a) abertura de pequenas vias de acesso interno e suas pontes e pontilhões, quando necessárias à travessia de um curso de água, ao acesso de pessoas e animais para a obtenção de água ou a retirada de produtos oriundos das atividades de manejo agroflorestal sustentável;

b) implantação de instalações necessárias à captação e condução de água e efluentes tratados, desde que comprovada a outorga de direito de uso da água, quando couber;

c) implantação de trilhas para o desenvolvimento do ecoturismo;

d) construção de rampa de lançamento de barcos e pequeno ancoradouro;

e) construção de moradia de agricultores familiares, remanescentes de comunidades quilombolas e outras populações extrativistas e tradicionais em áreas rurais, onde o abastecimento de água se dê pelo esforço próprio dos moradores;

f) construção e manutenção de cercas de divisa de propriedade;

g) pesquisa científica relativa a recursos ambientais, respeitados outros requisitos previstos na legislação aplicável;

h) coleta de produtos não madeireiros para fins de subsistência e produção de mudas, como sementes, castanhas e frutos, respeitada a legislação específica de acesso a recursos genéticos;

i) plantio de espécies produtoras de frutos, sementes, castanha e outros produtos vegetais, plantados juntos ou de modo misto;

j) outras ações ou atividades similares, reconhecidas como eventual e de baixo impacto ambiental em ato do chefe do Poder Executivo federal ou estadual.

Governo Federal garante que vai solucionar apagões no Amazonas

“O estado do Amazonas terá, até a Copa do Mundo em 2014 serviços de energia limpa, de qualidade, em abundancia e mais barata. A presidente Dilma Rousseff quer solução para os constantes apagões ocorridos no Amazonas”. A informação é da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e foi apresentada ao senador Eduardo Braga (PMDB-AM) nesta terça (31-08) em reunião para discutir um cronograma de trabalho e de investimentos no estado. Participaram da reunião diretores da Eletrobrás e o líder do governo no senado, Romero Jucá (PMDB/RR).

Braga deixou o Planalto satisfeito com os compromissos assumidos pelo governo federal e que representam, somente para este ano, recursos da ordem de R$ 600 milhões. “É o maior investimento dos últimos anos em nosso estado. Para um cronograma de trabalho que vai até 2012, a presidente já garantiu que teremos todos os recursos necessários”, disse.

Na companhia da ministra, o presidente da Eletrobrás, José da Costa de Carvalho Neto, e outros dirigentes da empresa apresentaram ao senador um conjunto de obras que vão desde a construção de uma usina com capacidade de 600 megawatts à construção de 96 novos grupos de geradores de várias subestações e da ampliação das linhas de transmissão de alta tensão.

Eduardo Braga também anunciou, após a reunião com dirigentes do estatal, que o sistema elétrico do Amazonas será interligado com as Usinas Hidroelétricas de Santo Antônio e Jirau, no estado de Rondônia, e até 2013 o estado também estará interligado com a Usina de Tucuruí, no Pará.

Apagões
A Eletrobrás informou que vai analisar a rede de transformadores de energia de Manaus e substituí-los caso apresentem defeitos. Esta medida deve sanar os constantes problemas de apagões pontuais, que ocorrem de forma isolada em algumas regiões da capital. Os dirigentes da estatal acreditam que com isso o fornecimento de energia será resolvido no curto prazo.

Todos estes investimentos estão previstos para áreas urbanas do estado. Para a Zona rural, o senador também está discutindo a ampliação do Programa Luz para Todos. O governo federal e a Eletrobrás querem desenvolver uma experiência-piloto para aproveitar melhor os recursos hídricos disponíveis no estado. A novidade, neste caso, é que a energia elétrica seria gerada por meio da correnteza do rio ao invés de queda d’água.

Senador apresenta relatório a favor do novo Código Florestal

Luiz Henrique, relator da reforma da lei na Comissão de Constituição e Justiça, concluiu que o texto é legal

O primeiro relatório do Senado sobre o projeto do novo Código Florestal é favorável à reforma da lei. O senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC) apresentou nesta segunda-feira (29) relatório favorável ao projeto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Luiz Henrique votou pela constitucionalidade, juridicidade, regimentalidade e boa técnica legislativa do projeto de lei. Isso quer dizer que, no parecer do relator, o novo Código não infringe a Constituição nem os trâmites legislativos.

O texto ainda tem que ser votado pela CCJ e, posteriormente, em outras três comissões do Senado: Meio Ambiente (CMA), Agricultura e Reforma Agrária (CRA) e Ciência e Tecnologia (CCT). Luiz Henrique também é o relator do novo Código na CRA e na CCT. Na CMA, o relator é Jorge Viana (PT-AC). Só depois de avaliado nas comissões é que o texto será votado no plenário do Senado e então voltará à Câmara.

O relatório do senador catarinense na CCJ já informa que ele é a favor do projeto de lei, na forma de um texto substitutivo àquele aprovado na Câmara dos Deputados. Ao fazer uma emenda substitutiva, Luiz Henrique rejeitou as 37 emendas específicas ao texto que haviam sido propostas pelos senadores.

Uma das questões que mais levanta polêmica do ponto de vista da constitucionalidade é o trecho do novo Código que dá autonomia para os estados legislarem sobre o meio ambiente, restritos ao respeito da norma geral definida pela Federação. Com base na Constituição Federal e textos da Assembleia Constituinte, Luiz Henrique conclui que a União só pode definir normas gerais nesse tema. No caso, essas normas gerais seriam o próprio Código Florestal.

Nas 53 páginas do relatório, à exceção do substitutivo do projeto de lei, Luiz Henrique também entrou em outro tema polêmico, ao avaliar que o novo texto não significa aumento do desmatamento. Por deixar de lado o mérito do projeto de lei na CCJ, Luiz Henrique propôs alterações no texto do projeto de lei apenas para tornar sua compreensão mais clara e evitar dúvidas que pudessem tornar sua constitucionalidade e juridicidade questionáveis.

Etanol: retomada de investimentos depende de políticas públicas claras

Unificação da alíquota do ICMS cobrada sobre o combustível renovável é uma das medidas consideradas cruciais para se garantir a equilíbrio na oferta e demanda


O crescimento da produção de etanol hidratado está diretamente atrelado à mudança de políticas públicas para o setor, como, por exemplo, a unificação em todo o País da alíquota do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrada sobre o combustível renovável.

Esta, segundo lideranças do segmento sucroenergético, são medidas cruciais para se garantir a equilíbrio na oferta e demanda do biocombustível nos próximos anos. A ideia foi defendida pelo presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Marcos Jank, durante o “XIII Fórum Internacional sobre o Futuro do Etanol”, evento realizado nesta segunda-feira (29), no Teatro Municipal de Sertãozinho (SP).

“A política tributária adotada em São Paulo, onde o índice do ICMS é de 12%, o mais baixo do Brasil, já mostrou ótimos resultados. Se unificássemos esta cobrança facilitaríamos a comercialização do produto em todos os estados brasileiros,” afirmou o presidente da Unica, Marcos Jank.

Em seu discurso de encerramento do Fórum Internacional, congresso que antecedeu o início da Fenasucro&Agrocana, o executivo fez questão de ressaltar que o setor tem dialogado constantemente com o Governo em busca de ações que tornem o biocombustível feito a partir da cana mais competitivo no mercado interno.

Para o presidente da Unica, a implementação de políticas públicas e melhoria na infra-estrutura da cadeia produtiva sucroenergética são pré-requisitos básicos para o sucesso da expansão do etanol no mercado internacional.

“Seja na construção de dutos ou na adoção de regras ambientais claras, a competitividade do combustível renovável no exterior também depende da expansão competitiva do setor sucroenergético no Brasil”.

Alcoa testa tinta invisível que limpa o ar


A fabricante de alumínio Alcoa está testando uma tinta invisível que pretende limpar o ar. Trata-se de uma tecnologia batizada de EcoClean. Cada superfície de três mil metros pintada com o produto tem o poder de limpeza equivalente a 80 árvores.

A tinta possui uma camada de partículas de dióxido de titânio que, quando aplicada sobre uma superfície de alumínio, age como catalisador da luz do sol. Quando os elétrons (presentes na tinta) são aquecidos eles interagem com as moléculas de ar e liberam substâncias que “quebram” as partículas poluentes como o óxido de nitrogênio.

O presidente da divisão de produtos para arquitetura da Alcoa, Craig Belnap, afirma que se existem 4,2 bilhões de metros quadrados de edificações com painéis de alumínio dos Estados Unidos e se uma fração deles usassem o EcoClean, equivaleria a plantação de milhões de árvores.

O produto também é um benefício para aqueles que querem deixar o edifício limpo. Com o uso da tinta, a empresa garante que ao longo tempo a frequência de limpeza tornam-se cada vem menor. Outra vantagem é poder evitar o uso de produtos químicos de limpeza.

No momento, o produto já é testado em dois prédios, um nos Estados Unidos e outro na Europa. A Alcoa também analisa a possibilidade de aplicar a tinta em outras superfícies, como a de carros.






Embrapa indica cultivares de soja para a safra 2011/2012 para o estado do Maranhão

A produção nacional de soja para a safra 2010/2011, estimada em 75,31 milhões de toneladas, mantém o ritmo de crescimento das últimas safras. Este volume é 9,6% ou 6,62 milhões de toneladas superior à produção obtida na safra 2009/10, quando foram colhidas 68,69 milhões de toneladas. A área estimada em todo Brasil para esse mesmo período saltou de 23.468 mil hectares para 24.173 (crescimento de 3%) e a produtividade de 2.927 para 3.115 kg/ha, variação de 6,4%.

O estado do Maranhão expandiu a área plantada de 502 para 518 mil hectares (3,2%), a produtividade de 2.650 para 3.087 kg/ha (16,5%) e a produção de 1330,6 para 1599,7 mil toneladas. Esse estado apresentou o segundo maior crescimento em produtividade, perdendo apenas para o Piauí (17,9%).

Aproveitando o desempenho da produtividade dessa cultura e o Zoneamento agrícola de risco climático para safra 2010/2011, aprovado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa indica para a safra 2011/2012 no estado do Maranhão e demais áreas do Corredor de Exportação Norte as cultivares de soja convencionais BRS Sambaíba, BRS Tracajá, BRS Candeia, BRS Carnaúba e BRS 326 e as transgênicas BRS 278 RR, BRS 279 RR e BRS 325 RR.

Essas cultivares foram desenvolvidas pela Embrapa Soja e Embrapa Meio Norte em parceria com a Fundação de Apoio à Pesquisa do Corredor de Exportação Norte – FAPCEN.

Cultivares de soja convencional
BRS Sambaíba – ciclo precoce para o estado de Roraima; médio para o Maranhão, Piauí, norte do Tocantins e Pará; e tardio para a Bahia, Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso. Essa cultivar apresenta grupo de maturidade relativa 9.3, crescimento determinado, resistente a deiscência de vagens, excelente adaptação a vários ambientes por apresentar período juvenil bem definido e alto potencial produtivo.

BRS Tracajá - ciclo médio, indicada para os estados do Maranhão, Piauí, Pará, Roraima e norte do Tocantins, grupo de maturidade relativa 9.2, crescimento determinado, boa resistência ao acamamento e a deiscência de vagens. A BRS Tracajá também possui ampla adaptação e estabilidade de produção, alta qualidade fisiológica de sementes e alto potencial de rendimento.

BRS Candeia – ciclo médio para os estados do Maranhão, Piauí e Pará e tardio para o norte do Tocantins, grupo de maturidade relativa 9.6, crescimento determinado, apresenta resistência ao nematóide de galhas Meloidogyne incógnita e moderada resistência ao Meloidogyne javanica, alto potencial de rendimento.

BRS Carnaúba – ciclo tardio, indicada para os estados do Maranhão, Piauí, Pará, Roraima e Tocantins, grupo de maturidade 9.6, crescimento determinado, moderada resistência ao acamamento, resistente a deiscência de vagens, indicada para semeadura no início da época preferencial e sensível as doenças de final de ciclo. Essa cultivar é caracterizada também pelo alto potencial de rendimento.

BRS 326 - ciclo precoce, indicada para o cultivo nos estados do Maranhão, sudoeste do Piauí e norte do Tocantins, grupo de maturidade relativa 8,7, crescimento determinado, apresenta baixo fator de reprodução do nematóide das lesões radiculares Pratylenchus brachyurus, moderada resistência ao nematóide de galhas Meloidogyne javanica, moderada resistência ao acamamento, precocidade aliada a elevado potencial produtivo e a estabilidade na altura de plantas possibilita o plantio em áreas de baixas altitudes.

Cultivares de soja transgênicas (RR)
BRS 278 RR – ciclo médio, indicada para o cultivo no sul do estado do Maranhão, sudoeste do Piauí e norte do Tocantins, grupo de maturidade relativa 9.4, crescimento determinado. Essa cultivar apresenta período juvenil longo, elevado potencial produtivo, boa resistência ao acamamento e as principais doenças. A estabilidade na altura de plantas proporciona sua utilização em áreas de baixas altitudes

BRS 279 RR – ciclo precoce, indicada para o cultivo no sul do estado do Maranhão, sudoeste do Piauí e norte do Tocantins, grupo de maturidade relativa 8.8, crescimento determinado, apresenta período juvenil longo, podendo ser semeada a partir de novembro em solos de média e alta fertilidade, boa resistência ao acamamento, possui resistência ao nematóide formador de galhas Meloidogyne incógnita e moderada resistência ao Meloidogyne javanica.

BRS 325 RR – ciclo médio, indicada para cultivo no sul do estado do Maranhão, sudoeste do Piauí e norte do Tocantins, grupo de maturidade relativa 9.0, crescimento determinado, boa resistência ao acamamento e resistência as principais doenças. A BRS 325 RR tem elevado potencial produtivo e não é recomendada para regiões de baixas altitudes.

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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Músculos são criados em laboratório

Cientistas conseguem, pela primeira vez, criar tecido muscular estruturado em laboratório.

A partir de células-tronco de ratos, pesquisadores da Universidade Eindhoven, na Holanda, deram um grande passo rumo à regeneração de tecidos humanos.
 
Em 2009, a mesma universidade havia conseguido um grande avanço na criação de tecido muscular sem utilizar células-tronco- apenas com células do músculo de porcos. O objetivo, na época, era criar uma solução para a alimentação mundial com uma espécie de carne de laboratório.

Dessa vez, os pesquisadores obtiveram células musculares orientadas na direção correta, mais firmes, e repletas de vasos sanguíneos de uma maneira muito simples que dispensa o uso de agentes bioquímicos: aplicando tensão em uma direção.

O alinhamento das células é o que dá ao músculo sua força, porém pesquisas anteriores nunca havia conseguido criar células organizadas dessa forma.

As células-tronco foram colocadas em um tecido próprio para seu crescimento, de 2x8 mm, que foi esticado e preso com uma espécie de velcro. Ao se transformarem em células musculares, elas cresceram orientadas devido à tensão, o que fez com que as veias (cujas células-tronco também foram colocadas no tecido) se desenvolvessem automaticamente.

SUFRAMA e FAPEAM realizam seleção para Salão de Negócios Criativos da FIAM 2011

Projetos de produtos e serviços com caráter inovador e de interesse para o desenvolvimento sustentável da região podem ser inscritos, até o dia 30 de setembro, na seleção do Programa de Apoio ao Salão de Negócios Criativos. As propostas escolhidas irão garantir participação na maior vitrine de produtos e serviços da região, a Feira Internacional da Amazônia (FIAM 2011), que acontece de 26 a 29 de outubro, em Manaus (Amazonas).

O Salão de Negócios Criativos é uma realização da Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA) e do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA). Em sua terceira edição, o Salão é uma das atrações da FIAM 2011 e tem por finalidade viabilizar a transferência de capital para empreendimentos que aliem rentabilidade e impactos positivos ao desenvolvimento regional. Em sua programação consta a realização do Fórum de Investidores e Exposição de Propostas de Negócios.

Podem participar da seleção de propostas empresas, institutos de pesquisa tecnológica e inventores/pesquisadores (pessoa física) de todos os Estados da Amazônia Legal (Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão , Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins). As linhas de interesse preferenciais são produtos regionais (frutas, sementes, óleos essenciais, fibras e peixes); produção (bioindústria, biocosméticos, fitoterápicos, fitocosméticos, artefatos, móveis de madeira e biojoias); turismo e outros segmentos na área de biotecnologia, software, logística de transporte fluvial, energia, petróleo e gás, telecomunicações, mineração e eletrônica.

A equipe técnica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) atuará como parceira nas fases de seleção e enquadramento das propostas apresentadas para verificar o cumprimento de todos os requisitos. Em uma etapa posterior, os planos de negócios serão avaliados por uma Comissão de Seleção Multi-institucional constituída por um representante das seguintes instituições: Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Sect), Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam) por intermédio do Centro de Incubação e Desenvolvimento Empresarial (Cide) e da própria SUFRAMA. Entre os critérios de avaliação destaque para adequação do projeto à política de desenvolvimento regional da SUFRAMA; potencial mercadológico do produto/serviço; e mérito e abrangência da proposta no contexto de CT&I, incluindo sua contribuição para o desenvolvimento científico e tecnológico.

Serão selecionadas 15 propostas. As inscrições podem ser feitas no protocolo da sede da Fapeam, situada à Travessa do Dera, s/nº, Flores, no horário das 9h às 13h. Os interessados devem ler o edital completo do Programa de Apoio ao Salão de Negócios Criativos disponível na página eletrônica da Fapeam (http://www.fapeam.am.gov.br/edital.php?cod=178) e realizar os procedimentos indicados no item sete. O resultado será divulgado no dia 14 de outubro.

IBM cria maior HD do mundo com 120 Petabytes


A IBM desenvolveu o maior sistema de disco rígido do mundo, capaz de armazenar até 120 petabytes (equivalente a 120 milhões de gigabytes) de dados.

O sistema em RAID foi fabricado a pedido de um cliente da empresa, que pretende utilizá-lo com programas de simulação de fenômenos naturais. O dispositivo terá capacidade para armazenar até 24 bilhões de músicas em formato MP3, por exemplo.

Desenvolvido pelo laboratório de pesquisas Almaden da IBM  na Califórnia, Estados Unidos, o sistema utiliza 200 mil discos rígidos comuns. Até então o maior HD do mundo possuía armazenagem de 15 petabytes.

Segundo a empresa, este tipo de HD será ideal no futuro para computadores que utilizam sistemas complexos para simulações. E caberá a IBM garantir que o sistema não apresente falhas e corrompa os arquivos por portar muitos discos rígidos.

“A IBM usa a tática de fazer várias cópias de um mesmo arquivo em discos diferentes para garantir que o sistema funcione, mesmo que um disco pare de funcionar”, explica Bruce Hillsberg, diretor do departamento de pesquisa de armazenamento de dados da IBM, em entrevista ao site Technology Review.

Ipea lança balanço das últimas conferências sobre o clima

Um estudo divulgado recentemente pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, realiza um balanço dos avanços obtidos nas duas últimas conferências sobre o clima - em Copenhague (2009) e em Cancún (2010).

O texto admite que o principal objetivo dos encontros – renovar, de forma mais abrangente, o Protocolo de Kyoto, que expira em 2012 – não foi alcançado.

Contudo, alguns avanços merecem ser destacados, segundo o estudo. O principal deles é o fim da desconfiança com o mecanismo de redução de emissões por desmatamento e degradação (Redd, na sigla em inglês): os países em desenvolvimento detentores de florestas tropicais são recompensados ao reduzir emissões nacionais causadas pelo desmate.

Outros avanços são o registro e verificação das metas voluntárias de redução de emissões por parte dos países e a criação de um fundo voluntário verde, com recursos destinados à preservação ambiental, gerido por 24 países, que deve alcançar cerca de R$ 161 milhões anuais.

O estudo foi baseado em um dos capítulos do livro Mudanças do Clima no Brasil: Aspectos Econômicos, Sociais e Regulatórios, que conta com textos de 46 autores e também foi lançado ontem durante evento no Ipea.

Consumidor pode economizar quase R$ 2 mil por ano nas compras em supermercados, mostra pesquisa

O consumidor pode economizar quase R$ 2 mil nas compras em supermercados, em um ano, se escolher o lugar certo, de acordo com o perfil de consumo. A constatação está em um levantamento da Proteste - Associação Brasileira de Defesa do Consumidor feito em 1.156 pontos de vendas, em 20 cidades de 13 estados e no Distrito Federal.

De acordo com a pesquisa, comprar produtos líderes de venda (104 itens) sai 19% mais caro no Distrito Federal do que em Pernambuco, onde foi detectado o menor preço médio. Para o consumidor que não faz questão de marca e procura os produtos mais baratos, a cesta é 25% mais cara no Rio de Janeiro na comparação com a de São Luís, onde foi encontrado o menor preço.

Pesquisar antes de fazer a compra do mês pode gerar uma boa economia. No Distrito Federal, por exemplo, é possível economizar até R$ 1.944,12 ao ano, dependendo do estabelecimento escolhido.

Segundo a Proteste, a variação de preços em uma cidade depende do ponto de venda e pode ser grande até em supermercados de uma mesma rede. Por isso, a entidade orienta os consumidores a conferir o preço em outro local antes de fazer as compras. A variação de preços para um mesmo produto pode chegar a 200%.

A pesquisa foi feita em pontos de venda em Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Guarulhos, Jaboatão dos Guararapes, João Pessoa, Natal, Niterói, Olinda, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís, São Paulo, Vila Velha e Vitória.

Os produtos pesquisados se diferenciam das cestas básicas, pois incluem itens diversos, entre os quais pratos congelados, refrigerantes, bebidas, salgadinhos, azeite de oliva, carnes, frutas, legumes e artigos de higiene e limpeza.

A pesquisa completa da Proteste está disponível no site da entidade: http://www.blogger.com/goog_237294851

Projeto 1.000 Mulheres oferece treinamento em gestão e negócios para pequenas empresárias brasileiras

Dar mais autonomia a mulheres carentes e colaborar para o desenvolvimento pessoal, a partir da formação em gestão e negócios é o objetivo de um projeto aplicado em 22 países pela escola espanhola de gestão IE Business School, com o patrocínio do banco de investimentos norte-americano Goldman Sachs. No Brasil, há instituições parceiras para o desenvolvimento do projeto, chamado 1.000 Mulheres.

A pequena empresária mineira Rosani Aparecida é uma das beneficiadas do programa, em Minas Gerais, onde a instituição apoiadora é a Fundação Dom Cabral. A partir do curso de gestão promovido no âmbito do projeto, ela conseguiu evitar, em 1996, a falência da empresa fundada pela família, há 33 anos, em Sete Lagoas.

A empresa de Rosani fabrica carrinhos de mão para construção civil e garfos agrícolas para mineração, agricultura e carvoaria. “Pedi que me deixassem assumir a administração, montei uma equipe de trabalho e conseguimos reerguer a empresa. Mas fui fazer minha faculdade já muito velha, com mais de 30 anos, e o curso é muito teórico. Não te dá embasamento prático”, relatou a empresária, que viu suas chances crescerem com o projeto 1.000 Mulheres.

Ela foi selecionada para participar do projeto no ano passado. “Já tinha controle de processo produtivo implantado. Mas eu nunca tinha entrado no xis da questão, que é o planejamento estratégico. Aprendi a delegar de maneira prática e com objetivo. Não estou mais parando na empresa. Estou indo ao mercado e buscando novos clientes e o operacional fica dentro da empresa”, descreveu.

Para Rosani, as aulas de marketing e finanças lhe deram ferramentas para que aumentasse em 30% o faturamento da empresa, que conta com 18 funcionários. Agora, ela abriu uma loja, onde revende produtos de outras fábricas e se prepara para exportar. “Não tinha nota fiscal eletrônica, não tinha código de barra, tive que revitalizar minha linha. Enxerguei o que o cliente está pensando, o que o mercado quer. Não posso vender o que quero, mas o que o mercado quer comprar”, disse a empreendedora mineira.

Os cursos do projeto são gratuitos. O 1.000 Mulheres é desenvolvido em países como o Afeganistão, a África do Sul, China, Índia, Nigéria e Ruanda. Em São Paulo, a responsável pela formação das mulheres é a Fundação Getulio Vargas (FGV) e, em Minas e no Rio de Janeiro, a Fundação Dom Cabral.

Em Minas Gerais, já foram formadas 200 mulheres e, no Rio, é a primeira vez que aquelas que mantêm um negócio formal ou informal, com pelo menos cinco funcionários, vão poder participar do treinamento. “É um curso de gestão completo. As mulheres têm muito conhecimento da parte técnica do negócio delas, mas têm carência de ferramentas de gestão. Não sabem o que fazer para aumentar o faturamento, têm insegurança em relação à contratação de financiamento, não têm visão clara da necessidade de treinar a equipe. O curso oferece profundo conhecimento na área de gestão, mas não no negócio específico, porque isso elas conhecem melhor que os professores”, explicou a gerente de Projetos da Fundação Dom Cabral, Ana Paula Tolentino.

O 1.000 Mulheres tem a meta de formar 10 mil mulheres em todo o mundo até 2013. Só a Fundação Dom Cabral terá que capacitar 800 mulheres em Minas e no Rio, no mesmo período. “Faz parte do treinamento uma pesquisa de indicadores que é aplicada no primeiro dia de aula e repetida depois de 12 meses e de 18 meses. A gente faz o acompanhamento para ver quanto a empresa cresceu em faturamento, número de colaboradores, treinamento, filiais”, explicou Ana Paula.

No Rio, as inscrições estão abertas até o dia 19 de setembro pelo site http://www.fdc.org.br/. As aulas começam em novembro. As empresárias e empreendedoras interessadas têm que ter, no mínimo, 21 anos e disponibilidade de três dias na semana para acompanhar as aulas ministradas por professores de pós-graduação. “Investir em mulher é o investimento que traz o maior retorno. A mulher, quando ganha dinheiro, pensa em reinvestir na família, na educação dos filhos, no próprio negócio e em serviços sociais. Já o homem, quando recebe dinheiro, gasta com coisas mais imediatas que não dão tanto retorno para a sociedade, como a compra de um carro”, observou a gerente.

Dilma: crédito tem que ser alavanca para negócios

A presidenta Dilma Rousseff afirmou ontem (29) que a concessão de crédito para pequenos empreendedores não pode ser um peso, mas uma alavanca que impulsione os negócios. Ao falar sobre o lançamento do Programa Nacional de Microcrédito (Crescer), ela lembrou que 3,4 milhões de pessoas devem ser beneficiadas até 2013.

“A partir de agora, o pequeno empreendedor que pegar dinheiro emprestado vai pagar uma taxa de juros bem mais baixa, de apenas 8% ao ano. Antes, a taxa de juros chegava a 60% ao ano”, explicou, no programa semanal Café com a Presidenta.

Segundo Dilma, o Crescer foi criado para profissionais como costureiras, pipoqueiros e artesãos. Cada um pode ter acesso a até R$ 15 mil. “É um crédito para quem precisa de um empurrãozinho”, disse.

Além de juros mais baixos, o governo anunciou uma tarifa de abertura de crédito menor – de 3% para 1% do valor emprestado. O valor é válido para qualquer profissional com faturamento de até R$ 120 mil ao ano.

Outra novidade é que os quatro bancos públicos federais – o Banco do Nordeste, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o Banco da Amazônia – terão de emprestar, até o final do ano, R$ 654 milhões nas linhas de financiamento do Crescer e atender 734 mil clientes. Para 2012, as metas sobem para R$ 1,73 bilhão e 2,24 milhões de pessoas atendidas e, em 2013, para R$ 3 bilhões e 3,46 milhões de beneficiários.

“O microcrédito vai criar empregos e oportunidades para milhões de brasileiros. Com o Crescer, os pequenos empreendedores brasileiros terão a oportunidade de realizar o sonho de ter seu próprio negócio e de conquistar uma vida melhor, com liberdade e autonomia”, concluiu Dilma.








Companhias aéreas terão que atender reclamações de passageiros em aeroportos


As empresas aéreas deverão criar centrais de atendimento presencial para o recebimento de queixas e reclamações de passageiros. A determinação faz parte de uma resolução da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) publicada ontem no Diário Oficial da União.

A resolução regulamenta o atendimento prestado pelas companhias aos passageiros que utilizam o transporte aéreo regular. De acordo com a Anac, os guichês de atendimento deverão ser implantados nos aeroportos em que a empresa movimente mais de 500 mil passageiros por ano, em áreas distintas dos balcões de check-in e das lojas destinadas a vendas de passagens.

As empresas deverão comunicar aos passageiros o prazo previsto para resposta, que não pode ultrapassar cinco dias úteis. Além disso, as companhias aéreas deverão elaborar relatórios semestrais sobre os atendimentos e encaminhá-los a Anac.

As regras são válidas para empresas brasileiras e estrangeiras de transporte aéreo regular de passageiros que operam no país. De acordo com a agência, as companhias têm 60 dias para se adequar à medida.