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sábado, 30 de abril de 2011

Combate à inflação e à miséria são políticas permanentes, afirma Dilma em pronunciamento do Dia do Trabalho

Em seu pronunciamento, à nação sobre o Dia do Trabalho, domingo, 1º de maio, a presidenta da República, Dilma Rousseff, disse que o país vai comemorá-lo como se deve: “com crescimento do emprego e da renda, com economia sólida e pleno de esperança no futuro”. A crença na melhora futura por parte dos brasileiros, de acordo com a presidenta da República, vem da segurança de que estabilidade, crescimento e distribuição de renda, combate à inflação e à miséria são políticas permanentes.

A presidenta também anunciou que nas próximas semanas será lançado o programa Brasil sem Miséria. Segundo Dilma, o programa será um passo importante para vencer a “batalha contra a miséria”. “[O Brasil sem Miséria] vai articular e integrar novos e antigos programas sociais, ampliar recursos e oportunidades e, muito especialmente, mobilizar todos os setores da sociedade para a luta decisiva de acabar com a pobreza extrema em nosso país”, afirmou. Segundo a presidenta, o país será “verdadeiramente rico e feliz” apenas quando não tiver pobreza, “com as famílias podendo subir na vida”.

Dilma disse que outro motivo para a esperança de que “dias melhores virão”, é o fato de que “no Brasil, respeito à democracia, aos direitos humanos e às liberdades – entre elas a liberdade sindical, - são compromissos sagrados”. Segundo ela, além de se consolidar como umas das principais economias do mundo, o Brasil se firma como “o criador de um modelo de políticas sociais modernas”.

Em seu pronunciamento, a presidenta também cita os desafios trazidos pelo crescimento do país, entre eles a formação de mão de obra especializada para atender a oferta de postos que exigem qualificação e a melhora de infraestrutura. O maior deles, no entanto, segundo Dilma, “é não deixar milhões de brasileiros fora dessa era de prosperidade que se amplia e se consolida”.


sexta-feira, 29 de abril de 2011

Jatene recebe ministro da Integração Nacional em audiência

Jatene recebe ministro da Integração Nacional em audiência O desenvolvimento regional foi o tema do encontro entre o governador Simão Jatene e o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, ocorrido ontem quinta-feira, 28, no Comando Geral da Polícia Militar. A pedido da presidente Dilma Roussef, o ministro está visitando todos os governadores das regiões Norte e Nordeste do país para ouvir deles a opinião sobre o compromisso do governo federal em promover o desenvolvimento regional, por meio da valorização dos organismos responsáveis como a Sudam e a Sudene.

Simão Jatene afirmou ao ministro que esses organismos têm que exercer o papel de alavancar o desenvolvimento das regiões. Porém, não se pode repetir erros do passado, quando a Sudam era vista como um ente estranho que se sobrepunha ao governo estadual. “Ao fazermos uma leitura do passado percebemos as diferenças entre a Sudene e a Sudam. A Sudene sempre foi compreendida pela sociedade como patrimônio do nordeste. Já com a Sudam, não ocorreu o mesmo sentimento por parte da nossa sociedade”, ressaltou.

O ministro lembrou ao governador que durante a cerimônia de posse no Congresso Nacional, a presidente da República reiterou a necessidade de se garantir o fomento, em vários setores, dessas regiões. “Nos próximos dias será publicado no Diário Oficial da União um decreto que reestrutura o Ministério da Integração Nacional e confere uma valoração aos organismos responsáveis pelo desenvolvimento regional, como é o caso da Sudam e da Sudene. Outra medida será a criação da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), que terá a mesma missão das outra duas nos estados que congrega”, afirmou.

Durante a audiência, o governador e o ministro também conversaram sobre os desafios do Estado do Pará. Fernando Bezerra Coelho mostrou-se surpreso com as possibilidades de investimentos no Estado para os próximos anos enumeradas por Simão Jatene. “Sem dúvida que o Pará é um dos mais importantes estados brasileiros. Nosso objetivo era ter uma idéia mais clara das prioridades da região e nos colocar à disposição para parcerias entre os governos federal e estadual”, ressaltou o ministro.

Também participaram da audiência o superintendente da Sudam, Djalma Mello; o senador Mário Couto, o secretário estadual de Integração Regional, Antonio José Guimarães; o secretário de Fundos Regionais e Incentivos Fiscais do Ministério, Jenner Guimarães do Rego; o diretor de Incentivos Fiscais e Atração de Investimentos, Inocêncio Renato Gasparim, e o coronel Humberto Viana, secretário de Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional.

Cadastro Único será principal ferramenta do Plano Nacional de de Erradicação da Pobreza Extrema

O Cadastro Único, que contém as informações sobre 20 milhões de famílias brasileiras beneficiadas por programas sociais, será a principal ferramenta do Plano Nacional de Erradicação da Pobreza Extrema. De acordo com a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, o cadastro único não é apenas do Programa Bolsa Família: com o aprimoramento do sistema, ele tornou-se uma ferramenta de planejamento do governo federal para um conjunto de outras ações.

“Será a base e a ferramenta sobre a qual todo o Plano Nacional de Erradicação da Pobreza Extrema será organizado daqui para a frente. Isso potencializará a importância do Cadastro Único como uma ferramenta de gestão do governo federal”, afirmou a ministra.

O Cadastro Único é o principal banco de dados do governo para identificar potenciais beneficiários de programas sociais, como o Bolsa Família, ou ações e benefícios voltados para a população de baixa renda, como a isenção de taxas em concursos públicos, a tarifa social de energia elétrica ou mesmo a construção de cisternas. Dos 20 milhões de famílias cadastradas, 13 milhões recebem o Bolsa Família. “No Cadastro Único tivemos acesso a um conjunto de informações do que a família tem e não tem, o que nos ajuda a planejar como o Estado deve agir”, disse Tereza Campello.

O sistema desenvolvido no governo Lula está passando por uma reformulação. De acordo com a ministra, o novo modelo do Cadastro Único, chamado de V7- versão 7, tem várias novidades. Uma delas é que ele permitirá identificar melhor as famílias em situação de pobreza extrema; comunidades tradicionais, como indígenas e quilombolas; moradores de rua; pessoas sem registro civil de nascimento; famílias em que há crianças submetidas ao trabalho infantil; além das características dos domicílios e o acesso aos serviços públicos oferecidos pelo governo.

“[O novo cadastro] separou alguns públicos que antes tínhamos dificuldade de identificar, como população de rua. Há um conjunto de comunidades com o perfil diferenciado de comunidades urbanas e rurais que estamos conseguindo identificar”, afirmou a ministra Tereza Campello.

A nova versão ainda está em implantação neste semestre. “Estamos fazendo esse processo de inclusão no sistema dos municípios passo a passo. Temos 2 mil municípios operando com a nova versão. Semanalmente novos municípios serão incluídos”, informou.

Segundo a ministra, isso não significa que os 20 milhões de famílias terão de se recadastrar imediatamente. Elas precisarão atualizar seus dados a cada dois anos. Este ano, estão em processo de revisão cadastral 1,3 milhão de famílias. De acordo com a ministra, as informações passadas durante esse processo já farão parte do novo sistema. “O apelo que fazemos é que todas as pessoas que, no ano de 2011, terão de fazer a revisão cadastral, de fato façam, pois, se não fizerem, estarão sujeitas à interrupção do benefício”, alertou Tereza Campello.

Programa de bolsas para cursos profissionalizantes terá R$ 1 bi este ano

Lançado ontem, pela presidenta Dilma Rousseff, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) terá um orçamento inicial de R$ 1 bilhão este ano. Desse total, R$ 700 milhões serão para o pagamento de bolsas a alunos de ensino médio e trabalhadores em cursos técnicos ou profissionalizantes e R$ 300 milhões para a nova modalidade do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para a educação profissional.

De acordo com o ministro da Educação, Fernando Haddad, o orçamento do programa para os próximos anos será definido no plano plurianual. Também estará disponível uma linha de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de R$ 3,5 bilhões para as escolas do Sistema S e instituições públicas de educação profissionalizante que queiram ampliar a rede.

“O problema do Brasil é oferta. Nós temos uma rede pequena, tanto privada quanto pública de oferta da educação profissional. Por isso a expansão das redes estaduais e federais é necessária. Nós temos uma rede muito aquém da necessidade de formação em comparação com qualquer país”, disse Haddad.

A meta do Pronatec é oferecer oportunidade de formação profissional para 8 milhões de pessoas até 2014. O foco serão jovens do ensino médio e trabalhadores que necessitam de qualificação profissional. As vagas serão oferecidas nas redes federais e estaduais de educação profissional, em instituições privadas via financiamento ou nas escolas do Sistema S por meio de bolsa.


Operação do Ibama já apreendeu 5 mil cabeças de gado e aplicou R$ 83 milhões em multas na Amazônia

Em um mês, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apreendeu 5,4 mil cabeças de gado e embargou 19 mil hectares de áreas de desmatamento ilegal na Amazônia. Os números são da Operação Disparada, deflagrada no fim de março para combater a pecuária ilegal na região, um dos principais vetores do desmatamento da floresta.

A operação atua em cinco frentes nos estados do Pará, Amazonas e de Mato Grosso. Além da apreensão de gado, tratores e equipamentos e do embargo de fazendas, o Ibama aplicou R$ 83 milhões em multas por crimes ambientais, de acordo com o coordenador-geral de Fiscalização do Ibama, Bruno Barbosa.

O balanço parcial da operação – que não tem data para terminar – também inclui o fechamento de quatro serrarias ilegais e a apreensão de 1,6 mil toneladas de arroz produzido em uma área embargada por desmatamento ilegal. “Que desmatar vai perder patrimônio, vai ter gado apreendido, vai ficar sem tratores”, alerta o coordenador do Ibama.

Segundo Barbosa, a operação será estendida para outros municípios da Amazônia com registro de pecuária em áreas de desmatamento. Na mira do Ibama estão Anapu, Pacajá, Itaituba e Oriximiná, todos no Pará, Apuí, no Amazonas, Porto Velho, em Rondônia, e os municípios matogrossenses de Aripuanã, Juína, Colniza e Barra do Garças.

Dilma quer construir 120 escolas técnicas federais

Para atingir a meta de criar 8 milhões de vagas na educação profissional até o fim do mandato, a presidenta Dilma Rousseff prevê a construção de mais 120 escolas de educação profissional e tecnológica. A meta foi divulgada no lançamento do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).

A presidenta Dilma Roussef ainda vai inaugurar 81 escolas que começaram a ser construídas ainda no governo anterior, de Luiz Inácio Lula da Silva. Somadas às 214 inauguradas pelo ex-presidente e às 140 que funcionavam antes de 2002, a previsão é que a rede seja ampliada para 600 unidades escolares administradas pelos 38 institutos federais de educação, ciência e tecnologia. Quando a expansão for concluída,a rede federal atenderá a 600 mil estudantes.

Promessa de campanha de Dilma, o Pronatec vai ofertar vagas gratuitas em instituições públicas e privadas, incluindo as do Sistema S (Sesi, Senai, Sesc e Senac), a estudantes e trabalhadores interessados em qualificação profissional. O programa prevê, além da ampliação da rede federal, pagamento de bolsa formação para trabalhadores e estudantes, aumento das vagas gratuitas em cursos do Sistema S e a extensão do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para cursos técnicos.


Toyota investe em abastecimento sem fio para carros elétricos

Tecnologia desenvolvida pela companhia americana WiTricity pode facilitar e agilizar o processo para 'recarregamento' do veículos

A WiTricity anunciou nesta quarta-feira (28/4) que assinou um acordo com a montadora Toyota para o desenvolvimento de um carregador wireless para carros elétricos da companhia, como o Prius. A pequena empresa baseada em Massachusetts é responsável pelo desenvolvimento da tecnologia que permite a transmissão de eletricidade sem fio entre dispositivos.

Com a tecnologia, a Toyota espera tornar o carregamento dos carros mais práticos. Bastaria que o usuário estacionasse ao lado de um ponto de recarga e aguardasse o abastecimento, sem a necessidade de nenhuma conexão entre fios.

Diferente de outros métodos de indução elétrica, o sistema desenvolvido pela WiTricity não requer qualquer tipo de contato entre e a fonte de energia e o dispositivo a ser carregado. Através de um emissor de ressonância magnética a eletricidade seria transferida para um receptor instalado no carro. Segundo a companhia, a energia pode ser transferida sem dificuldades através de obstáculos como paredes.

A Toyota não é a primeira montadora a se interessar em tecnologias para o carregamento sem fios em carros elétricos. Em janeiro do ano passado, a General Motors anunciou uma parceria com a Powermat em uma apresentação durante a Consumer Electronics Show (CES).

Vale terá participação na Usina de Belo Monte

A Vale divulgou nota ontem à noite onde informou que o Conselho de Administração da empresa aprovou a participação da mineradora na Usina de Belo Monte.

Segundo a nota, a decisão envolve a aquisição de até 9% do capital da Norte Energia S.A. (Nesa) - sociedade que tem como objetivo exclusivo a implantação, operação e exploração da hidrelétrica.

A parcela diz respeito à participação da Gaia Energia e Participações no empreendimento. A Vale esclarece que a Gaia será reembolsada pelos aportes de capital na Nesa e assumirá os compromissos de aportes futuros de capital decorrentes da participação acionária adquirida - estimado em R$ 2,3 bilhões.

Ao justificar a decisão, a Vale ressaltou o fato de ser uma grande consumidora de energia elétrica e investe em ativos de geração “de acordo com suas necessidades de consumo, buscando reduzir custos operacionais de forma permanente e minimizar riscos de preços e disponibilidade de oferta”.

A nota lembra, ainda, que a mineradora vem investindo nos últimos onze anos em geração de energia no Brasil e outros países e que já tem participações em nove usinas hidrelétricas no Brasil.



Superplásticos naturais

De resíduos agroindustriais saem fibras que poderão dar origem a uma nova geração de superplásticos. Mais leves, resistentes e ecologicamente corretos do que os polímeros convencionais utilizados industrialmente, as alternativas vêm sendo pesquisadas pelo grupo coordenado pelo professor Alcides Lopes Leão na Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), em Botucatu.

Obtidas de resíduos de cultivares como o curauá (Ananas erectifolius) – planta amazônica da mesma família do abacaxi –, além da banana, casca de coco, sisal, o próprio abacaxi, madeira e resíduos da fabricação de celulose, as fibras naturais começaram a ser estudadas em escalas de centímetros e milímetros pelo professor Lopes Leão e colegas no início da década de 1990.

Ao testá-las nos últimos dois anos em escala nanométrica (da bilionésima parte do metro), os pesquisadores descobriram que as fibras apresentam resistência similar às fibras de carbono e de vidro. E, por isso, podem substituí-las como matérias-primas para a fabricação de plásticos. O resultado são materiais mais fortes e duráveis e com a vantagem de, diferentemente dos plásticos convencionais originados do petróleo e de gás natural, serem totalmente renováveis.

“As propriedades mecânicas dessas fibras em escala nanométrica aumentam enormemente. A peça feita com esse tipo de material se torna 30 vezes mais leve e entre três e quatro vezes mais resistente”, disse Lopes Leão à Agência FAPESP

Em testes realizados pelo grupo por meio de um acordo de pesquisa com a Braskem, em que foi adicionado 0,2% de nanofibra ao polipropileno fabricado pela empresa, o material apresentou aumento de resistência de mais de 50%.

Já em ensaios realizados com plástico injetável utilizado na fabricação de para-choques, painéis internos e laterais e protetor de cárter de automóveis, em que foi adicionado entre 0,2% e 1,2% de nanofibras, as peças apresentaram maior resistência e leveza do que as encontradas no mercado atualmente, segundo o cientista.

“Em todas as peças utilizadas pela indústria automobilística à base de polipropileno injetado nós substituímos a fibra de vidro pela nanocelulose e obtivemos melhora das propriedades”, afirmou.

Além do aumento na segurança, os plásticos feitos de nanofibras possibilitam reduzir o peso do veículo e aumentar a economia de combustível. Também apresentam maior resistência a danos causados pelo calor e por derramamento de líquidos, como a gasolina.

“Por enquanto, estamos focando a aplicação das nanofibras na substituição dos plásticos automotivos. Mas, no futuro, poderemos substituir peças que hoje são feitas de aço ou alumínio por esses materiais”, disse Lopes Leão.

Por meio de um projeto apoiado por meio do Programa de Apoio à Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE) da FAPESP, a fibra de curauá passou a ser utilizada no teto, na parte interna das portas e na tampa de compartimento da bagagem dos automóveis Fox e Polo, fabricados pela Volkswagen.

Outras indústrias automobilísticas já manifestaram interesse pela tecnologia, segundo Lopes Leão. Entre elas está uma empresa indiana, cujo nome não foi revelado, que tomou conhecimento da pesquisa após ela ser apresentada no 241º Encontro e Exposição Nacional da Sociedade Norte-Americana de Química (ACS, na sigla em inglês), que ocorreu no final de março em Anaheim, nos Estados Unidos.

Fibras mais promissoras
Segundo o coordenador da pesquisa, além da indústria automobilística as nanofibras podem ser aplicadas em outros setores, como o de materiais médicos e odontológicos.

Em um projeto realizado em parceria com a Faculdade de Odontologia da Unesp de Araraquara, os pesquisadores pretendem substituir o titânio utilizado na fabricação de pinos metálicos para implantes dentários pelas nanofibras.

Em outro projeto desenvolvido com a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Unesp de Botucatu, o grupo utiliza as nanofibras para desenvolver membranas de celulose bacteriana vegetal.

Em testes de biocompatibilidade in vivo, realizados com ratos, os animais sobreviveram por seis meses com o material. “Nenhuma pesquisa do tipo tinha conseguido atingir, até então, esse resultado”, afirmou Lopes Leão.

Por meio de outros projetos financiados pela FAPESP, o grupo da Unesp também está estudando a utilização de fibras naturais para o desenvolvimento de compósitos reforçados e para o tratamento de águas poluídas por óleo.

De acordo com o coordenador, entre as fibras de plantas, as do abacaxi são as que apresentam maior resistência e vocação para serem utilizadas na fabricação de bioplásticos.

Dos materiais, o mais promissor é o lodo da celulose de papel, um resíduo do processo de fabricação que as indústrias costumam descartar em enormes quantidades e com grandes custos financeiros e ambientais em aterros sanitários.

Para utilizar esse resíduo como fonte de nanofibras, Lopes Leão pretende iniciar um projeto de pesquisa com a fabricante de papel Fibria em que o lodo da celulose produzido pela empresa seria transformado em um produto comercial. “É muito mais simples extrair as nanofibras desse material do que da madeira, porque ele já está limpo e tratado pelas fábricas de papel”, disse.

Para preparar as nanofibras, os cientistas desenvolveram um método em que colocam as folhas e caules de abacaxi ou das demais plantas em um equipamento parecido com uma panela de pressão.

O “molho” resultado dessa mistura é formado por um conjunto de compostos químicos e o cozimento é feito em vários ciclos, até produzir um material fino, parecido com o talco. Um quilograma do material pode produzir 100 quilogramas de plásticos leves e super-reforçados.

                                                                                                                                       Elton Alisson

Unesp lança 50 livros digitais gratuitos

A partir da ultima quarta-feira (27/4), a Universidade Estadual Paulista (Unesp) disponibilizará gratuitamente 50 novos livros digitais.

Segundo as responsáveis pela iniciativa, a Editora Unesp e a Pró-Reitoria de Pós-Graduação, os títulos integram o selo Cultura Acadêmica (lançado em 1987, o segundo da Fundação Editora da Unesp) e dão continuidade à Coleção Propg Digital, que oferece obras inéditas para download.

Após o lançamento, cujo início está previsto para as 9h, os autores concederão entrevistas individuais para a Web TV, projeto da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da universidade. Cada entrevista terá 15 minutos e será dividida em dois blocos, sendo o primeiro das 11h30 às 12h30, e o segundo, das 14h às 17h.

A coleção teve sua primeira fase em 2010, quando foram lançadas 44 obras. Desde então, foram registrados mais de 50 mil downloads e cerca de 205 mil acessos.

Segundo os organizadores, a meta do projeto é publicar mil títulos em dez anos, permitindo maior acesso à produção acadêmica da Unesp.

A Editora Unesp fica na Praça da Sé, 108, no Centro de São Paulo. O lançamento da Coleção Propg Digital será no 7º andar do auditório.

A Web TV também fará a transmissão ao vivo do lançamento pelo endereço: www.unesp.br/tv.

Bolsas de estudo na Europa

O programa Institutos Europeus para Estudos Avançados (Eurias) oferece 36 bolsas de pesquisas em diversas áreas do conhecimento, em instituições da Europa e de Israel, para o ano acadêmico 2012-2013. Candidatos de todo o mundo podem se inscrever pela internet até o dia 31 de maio.

O Eurias é um consórcio de 14 institutos de estudos avançados coordenado pela Rede Francesa de Institutos de Estudos Avançados (RFIEA). As bolsas são oferecidas principalmente para as áreas de ciências humanas e sociais, mas candidatos das áreas de ciências exatas e naturais também podem ser contemplados, caso seus projetos não exijam o uso de instalações laboratoriais.

No ano acadêmico 2012-2013, o programa oferece 36 bolsas, sendo 19 para pesquisadores juniores e 17 para pesquisadores seniores. Os programas de pesquisa nos 14 institutos participantes têm duração de dez meses.

As bolsas totalizam 26 mil euros para candidatos juniores e 38 mil euros para candidatos seniores. Os candidatos selecionados também terão alojamento à disposição, uma ajuda de custo para pesquisas e para despesas de viagem.

Os 14 institutos participantes estão localizados em Berlim (Alemanha), Bolonha (Itália), Bruxelas (Bélgica), Bucareste (Romênia), Cambridge (Reino Unido), Helsinki (Finlândia), Jerusalém (Israel), Lyon (França), Nantes (França), Paris (França), Uppsala (Suécia), Viena (Áustria) e Wassenaar (Holanda).

Os candidatos devem apresentar uma proposta de pesquisa sólida e inovadora, demonstrar a habilidade de atuar além de seu campo de especialização, demonstrar comprometimento internacional bem como publicações de qualidade em foros de grande impacto.

Mais informações: www.2012-2013.eurias-fp.eu

18º Simpósio Nacional de Bioprocessos

Entre os dias 24 e 27 de julho, a Associação Brasileira de Engenharia Química realizará a 18ª edição do Simpósio Nacional de Bioprocessos – Sinaferm 2011, no campus da Universidade de Caxias do Sul (RS).

O evento, que ocorre a cada dois anos em diferentes regiões do Brasil, tem como objetivo principal apresentar os recentes avanços das pesquisas realizadas nas universidades, institutos e empresas na biotecnologia aplicada.

A dinâmica do simpósio se dará por meio de palestras ministradas por especialistas brasileiros e estrangeiros, minicursos, debates e apresentação de trabalhos.

Este ano, as discussões do Sinaferm abordarão áreas temáticas como “Biologia molecular aplicada a bioprocessos”, “Bioprocessos na produção de biocombustíveis”, “Biotecnologia ambiental”, “Cultura de células animais e vegetais” e “Engenharia metabólica”.

Mais informações e inscrições: www.sinaferm2011.com.br


Menos burocracia e mais pesquisa

A Universidade Estadual Paulista (Unesp) acaba de aprovar a criação, em todas as suas unidades, de seções técnicas que darão apoio institucional aos seus pesquisadores.

O objetivo principal da iniciativa, de acordo com Maria José Soares Mendes Giannini, pró-reitora de Pesquisa, é permitir que os cientistas sejam poupados da pesada carga de trabalho exigida para a gestão e administração de projetos de pesquisa e possam, dessa forma, dedicar-se mais à pesquisa e à orientação de alunos. Os escritórios também darão apoio às relações internacionais.

De acordo com o diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz, a Fundação tem estimulado fortemente as universidades paulistas a criar estruturas que garantam o apoio institucional.

“Esse é um assunto importante para a FAPESP. É preciso haver apoio para evitar que o pesquisador se desgaste na administração do projeto e na sua gestão, de tal modo que o seu tempo possa ser dedicado à pesquisa e à orientação de estudantes”, disse.

Algumas instituições brasileiras já possuem escritórios de apoio técnico semelhantes. A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), por exemplo, criou em 2003 a Unidade de Apoio ao Pesquisador, que realiza prestações de contas de projetos às agências de fomento, preparação de formulários e documentos para submissão de projetos, levantamento de editais e fontes de financiamento e orientações nos processos de compras e no uso dos recursos.

Um artigo recente publicado na revista Research Managment Review destaca a importância da existência de estruturas de apoio institucional à pesquisa. “O texto mostra que, nos Estados Unidos, 42% do tempo do pesquisador é gasto com administração dos projetos de pesquisa”, disse Brito Cruz.

De acordo com Giannini, as Seções Técnicas de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão serão implementadas em todas as unidades da Unesp, com a atribuição de apoiar as atividades de pesquisa e internacionalização. Toda essa estrutura será coordenada por um Escritório Central de Apoio à Pesquisa (Ecap), centralizado na Pró-reitoria de Pesquisa.

“O Ecap oferecerá consultoria para as demais seções técnicas e fornecerá os elementos necessários para que elas padronizem o treinamento do pessoal que será contratado. Esses escritórios regionais, por sua vez, darão todo o apoio institucional para os projetos de pesquisa e para as relações internacionais”, disse à 

Agência FAPESP.
A expectativa, segundo ela, é que as novas estruturas ajudem a contornar um dos principais gargalos para o crescimento da pesquisa na universidade: a prestação de contas de projetos financiados pelas agências de fomento.

“Com a nova estrutura, vamos aumentar a nossa demanda por projetos de pesquisa e elevar nossa competitividade nos grandes projetos da FAPESP, minimizando os erros de prestação de contas. Achamos também que os escritórios permitirão que possamos prospectar melhor os editais internacionais”, disse Giannini, que também é conselheira da FAPESP.

Entre várias outras atribuições, os escritórios deverão assessorar docentes e alunos na elaboração de pedidos de auxílios à pesquisa e submissão de projetos às agências, divulgar programas e bolsas disponíveis, auxiliar na divulgação, elaboração e aprimoramento de projetos e gerenciar parcerias resultantes dos projetos.

“Os escritórios vão também conferir e encaminhar a documentação para as agências de fomento, orientar o corpo docente no preenchimento do Currículo Lattes, apoiar parcerias empresariais, orientar a prestação de contas de projetos dos pesquisadores, divulgar editais associados à internacionalização da Unesp e organizar eventos que levem à integração dos alunos estrangeiros nas unidades”, explicou.

Segundo a pró-reitora, o Ecap criará um portal na internet para dar apoio aos escritórios regionais e levantará dados gerais sobre projetos e financiamento de pesquisas da Unesp, produzindo relatórios anuais de pesquisa.

“O Ecap terá um papel importante de agregar dados gerais sobre os projetos de pesquisa apoiados na universidade. Com isso, será possível centralizar e monitorar a informação sobre o retorno dos projetos. Ter esses dados à disposição será fundamental para traçar políticas de pesquisa”, afirmou.

Pontos de Apoio
Em algumas unidades da Unesp já existem seções técnicas estruturadas, que serão aproveitadas. “A diferença é que agora, além de serem implantados em todas as unidades, os escritórios contarão com a contratação de pessoas qualificadas e treinadas especialmente com essa finalidade. Como haverá uma forte ênfase nas relações internacionais, esses profissionais precisarão ter domínio não apenas de toda a parte financeira e de gestão, mas também de línguas estrangeiras”, disse Giannini.

A Unesp tem atualmente 32 unidades distribuídas em 23 campi. A universidade conta ainda com 18 Pontos de Apoio FAPESP, que também servirão como embriões das novas estruturas de apoio técnico.

“Estamos contratando o pessoal e os quadros serão proporcionais à demanda, de acordo com um levantamento que fizemos sobre o número de projetos aprovados por cada unidade. Provavelmente, teremos um mínimo de três funcionários trabalhando em cada seção, mas isso irá variar de acordo com a necessidade de cada uma, considerando que a Unesp possui unidades com diferentes graus de complexidade”, disse Giannini.

O número de funcionários aumentará continuamente de acordo com a necessidade. Serão assistentes de suporte acadêmico e assistentes administrativos capazes de realizar todas as tarefas referentes à execução orçamentária e financeira dos projetos.

“Começamos a organizar o treinamento do pessoal, a fim de estabelecer as novas seções técnicas e uniformizar os serviços das que já existem. O setor de recursos humanos está orientando as unidades a contratar pessoal com o perfil que precisamos. É possível que em seis meses a maior parte das estruturas já esteja operacional”, afirmou a pró-reitora de Pesquisa.

                                                                                                                                    Agencia Fapesp

Intercâmbio de pesquisa com a França

A Universidade de Rennes 2 e o Instituto das Américas (IDA-Rennes) – ambos na França – e abriram seleção para pesquisadores do continente americano no âmbito do programa Chaire des Amériques, por um período de um a três meses. Os dossiês de candidatura deverão chegar ao IDA-Rennes até o dia 10 de maio.

O programa visa receber professores estrangeiros que desenvolvam pesquisas em alguma área disciplinar comum aos laboratórios do IDA-Rennes: antropologia, sociologia, literatura, economia política, ciência política, história, geografia e direito, entre outras.

O objetivo é consolidar e dinamizar parcerias institucionais e favorecer o intercâmbio de estabelecimentos de ensino superior da cidade de Rennes com instituições americanas, bem como incentivar a mobilidade acadêmica e a troca de conhecimentos.

Assim, o programa prioriza a admissão de candidatos que trabalhem em instituições americanas de ensino ou pesquisa que já tenham vínculos com equipes de Rennes.

Os especialistas selecionados terão o status de professor da Universidade de Rennes 2 e receberão remuneração correspondente. Cada pesquisador deverá ministrar cursos, palestras e seminários e trabalhar em parceria com as equipes e os laboratórios de pesquisa do IDA-Rennes.

O domínio do idioma francês será um critério de grande importância na seleção dos candidatos.

Mais informações: www.ida-rennes.org

quinta-feira, 28 de abril de 2011

ECO-CACHAÇA

Destilaria Maison Leblon faz seu papel na preservação de nosso planeta

Enquanto produz uma finíssima cachaça premium, líder de vendas da categoria nos Estados Unidos e Europa, a Leblon também se preocupa em reduzir ao máximo os impactos ambientais de sua produção, monitorando suas atividades e elaborando um programa de sustentabilidade e preservação, tentando assim construir um mundo melhor

Tudo começa no plantio da cana, realizado em áreas previamente desflorestadas, sem a necessidade de desmatar novos espaços. É feito o corte da cana crua, sem utilizar-se de fogo para limpar as folhas – a queima utilizada tradicionalmente na lavoura de cana facilita o trabalho de corte, porém traz como conseqüência a emissão de gases poluentes e promove a esterilização da microbiologia do solo, além de deixá-lo nu, sem proteção contra ações do sol e das chuvas.

Como a cana deve ser limpa ainda no canavial, as folhas secas e partes não utilizáveis ficam sobre o solo, formando uma camada de matéria orgânica que protege o terreno contra a ação nociva dos raios solares e a erosão laminar, já que impede que a água da chuva escoe rapidamente sobre a terra, levando consigo a porção mais rica do solo e assoreando o leito dos rios. Desta forma, temos uma maior infiltração de água no solo, aumentando a umidade e facilitando a recuperação do lençol freático.

Sem o uso de pesticidas, as pragas da cana-de-açúcar são controladas de forma biológica – para combater o principal mal da cana no Brasil Central, a Broca (larva de uma mariposa noturna chamada, a Leblon libera no canavial suas predadoras naturais, as vespas em Cortesia flavipes eliminando a peste e o pesticida em uma única tacada.

O bagaço que sobra da cana após a moagem e retirada do caldo pode ser destinado a uma série de projetos diferentes. A primeira é a queima deste material para geração de energia térmica na Maison Leblon, substituindo o gás ou a eletricidade. O resíduo excedente também é vendido para queima em outras empresas, como fabricantes de tijolos, que substituem a lenha pelo bagaço em seus fornos, reduzindo o corte de árvores. Totalmente orgânico, o bagaço ainda serve para a alimentação de bovinos e na preparação de adubo.

Criando seu próprio sistema de reuso de água, a Maison Leblon recupera e trata sua água industrial para ser usada na irrigação do canavial, aditivada com os resíduos do processo de destilação, conhecido como vinhaça ou vinhoto. Riquíssimos em minerais, o vinhoto seria altamente poluente se jogado em um rio; no entanto, se usado corretamente, torna-se um excelente fertilizante.

Para finalizar, o lixo comum também é selecionado e direcionado à reciclagem. Enquanto os resíduos orgânicos têm fins agrícolas – como adubo e alimento de animais –, os materiais limpos e recicláveis são doados à APARE (Associação Patense dos Catadores de Materiais Recicláveis), cooperativa composta por trabalhadores de baixa renda e organizada pela prefeitura de Patos de Minas (MG), com a qual a Leblon mantém convênio.

Sobre a Cachaça Leblon
Aclamada internacionalmente e líder na categoria Premium na Europa e Estados Unidos, a Cachaça Leblon assumiu algumas responsabilidades e missões no que se refere à visão que o Brasil e o mundo possuem da cachaça.

No Brasil, a bandeira que a Leblon levanta é o “Salve a Caipirinha”, movimento que luta contra a invasão de destilados importados no nosso coquetel nacional – como se os brasileiros traíssem a caipirinha pela imagem negativa que possuem da cachaça. Essa percepção nasce devido à baixa qualidade da maioria dos produtos disponíveis no mercado. “Visitei algumas fábricas e não vi muita diferença entre a produção da cachaça industrial e a de álcool combustível", conta Gilles Merlet, o Máster Distiller da Leblon e o detentor de uma série de prêmios e menções honrosas na categoria de destilados.

A Leblon demonstra que é uma cachaça fina, que a caipirinha merece. Produzida em alambiques de cobre e com meticulosa atenção aos detalhes, ela descansa em antigas barricas de carvalho francês, da região de Limousin, que já envelheceram Cognac XO. “O resultado é diferente de uma Cachaça típica: Leblon tem um aroma vivo e frutado, com complexas camadas de sabor e um final extremamente macio. Leblon é saborosa se tomada pura, com frutas ou em um elaborado coquetel, porém, o mais importante, é que Leblon faz a caipirinha perfeita”, explica Monsieur Merlet.

A Leblon não só lidera este movimento, como apóia-se na certeza de que este paradigma está em processo de mudança, uma vez que cada vez mais bares e restaurantes elegantes do país servem coquetéis com Leblon ao lado dos pratos mais delicados e cobiçados. Agora é a hora de beber a caipirinha do jeito que ela deve ser apreciada: com cachaça fina de alambique.

Recentemente, a Leblon ganhou pela terceira vez a Double Gold Medal na Competição Mundial de Destilados de São Francisco, além da conquista sem precedentes de seis medalhas consecutivas do título “Melhor Cachaça” na mesma competição, de 2006 a 2011. Leblon é hoje a Cachaça líder em vendas em Hollywood, Nova York, Miami, Londres e Paris, e considerada por muitos bartenders, chefs e experts a melhor cachaça branca disponível no mercado.


Boto cor-de-rosa é usado como isca na bacia Amazônica

O boto cor-de-rosa é uma forte figura no folclore brasileiro. As lendas sobre o mamífero são conhecidas por todo o país, mas ganham mais força na região Amazônica, onde esses animais são encontrados. No entanto, essa mesma região está marcada por pescas predatórias, que ameaçam os botos de extinção.

A antiga lenda brasileira diz que os botos seduziam e engravidavam as mulheres da região e também eram responsáveis pelo sumiço de algumas pessoas. O mito, que ainda persiste em alguns locais, por tradições antigas que foram passando de geração em geração, tem sido ofuscado por outro problema: o uso do mamífero para a pesca de um peixe específico, o piracatinga.

Segundo pescadores e moradores da região, a prática consiste em usar partes do boto para atrair o peixe, que é comercializado, principalmente, em cidades colombianas. O uso do animal como isca é intensificado pelo fato de que muitos pescadores os têm como inimigo, alegando que os botos estragam as redes e comem os peixes.

Em declaração ao jornal norte-americano New York Times, o biólogo portugês Miguel Miguéis, explica que há dois anos foram registrados 250 botos na região do Pará. Neste ano, porém, apenas 50 animais foram encontrados até agora. Segundo ele, a prática de abate dos botos é intensificada pela falta de legislações e fiscalização. “Não há autoridade nesse lugar”, acrescenta o biólogo, que trabalha para tentar reverter essa realidade e impedir que esses mamíferos sejam extintos.

Os moradores, por outro lado, alegam que apelar para essa prática é uma das poucas chances que eles têm de conseguir renda e alimento. Mas, Miguéis explica que a substituição da carne do boto pela do porco resulta em uma isca muito eficiente e que essa poderia ser uma alternativa para impedir o abate dessa espécie que está à beira da extinção.

A piracatinga, peixe comercializado através da relação entre os pescadores da bacia Amazônica e a Colômbia, é muito apreciado pelos colombianos, principalmente em mercados de Bogotá. Porém, como explica Fernando Trujillo, da Fundação Omacha, “O consumidor não tem ideia do que está comprando e comendo”, por não conhecerem todo o processo ocorrido desde a pesca até que o peixe, que recebe outro nome, chegue ao consumidor final.

Divulgada a lista dos finalistas do 2º Prêmio Fecomercio de Sustentabilidade

Com 314 projetos inscritos, de 19 Estados, das cinco regiões do Brasil, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio), e a Fundação Dom Cabral (FDC), por intermédio do Centro de Desenvolvimento do Varejo Responsável (CDVR), definiram os 28 finalistas do 2º Prêmio Fecomercio de Sustentabilidade. A premiação acontece no dia 31 de maio, na sede da Fecomercio.

As inscrições e premiação foram distribuídas em três categorias, com algumas subcategorias: Empresa (Microempresa, Pequena/Média Empresa, Grande Empresa e Entidade Empresarial); Órgão Público e Academia (Professor e Estudante). O primeiro colocado de cada categoria/subcategoria receberá como prêmio um título de previdência correspondente ao valor de R$ 15 mil

O prêmio ultrapassou a esfera paulista e se tornou nacional. “Tivemos muitos projetos em diversos estados e queremos ser indutores do desenvolvimento sustentável no comércio varejista”, explica José Goldemberg, presidente do Conselho de Sustentabilidade da Fecomercio.“O conteúdo dos projetos inscritos servirá para fomentar programas de capacitação, realimentar o setor com informações e fazer uma avaliação de como está a profundidade das práticas no próprio setor”, aponta Cláudio Boechat, da Fundação Dom Cabral. São jurados nesta edição: José Goldemberg, Josef Barat, Fabio Feldmann, Helio Matar, Marcelo Morgado, Rogério Belda, Claudio Frederico, Eduardo Della Manna, François Eugene, João Corrêa, Nabil Bonduki, Nixon Vilela, Plínio Assmann, Ana Domingues e Valter Caldana.

Em parceria com a Fundação Dom Cabral, o 2º Prêmio Fecomercio de Sustentabilidade aborda o tema “Princípios do Varejo Responsável” e propõe um novo olhar sobre os desafios da sustentabilidade e suas implicações para o ambiente empresarial. Esses princípios foram formulados como resultado dos trabalhos de pesquisa e de validação de conteúdo realizados pelo Centro de Desenvolvimento do Varejo Responsável (CDVR) da Fundação Dom Cabral ao longo de 2008 e 2009.

O Prêmio Fecomercio de Sustentabilidade surgiu em 2008 em comemoração aos 70 anos da Federação e da crescente discussão sobre sustentabilidade que ocorre em todo mundo. A entidade mantém o seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e estimula a comunidade empresarial a abraçar essa causa, com o objetivo de construir uma sociedade mais justa.

Veja a lista dos finalistas na tabela abaixo.


Governo do Pará participa da comissão para ordenar fronteiras

O Secretário de Integração Regional, Antônio José Guimarães, participou na última terça-feira (26), representando o governador Simão Jatene, da instalação da Comissão Permanente para o Desenvolvimento e a Integração da Faixa de Fronteira (CDIF). A cerimônia ocorreu no auditório Wladimir Murtinho, do Palácio do Itamaraty, em Brasília. Criada por meio de decreto presidencial e sob coordenação do Ministério da Integração Nacional, a comissão terá o papel de ordenar as políticas públicas na região fronteiriça do País, que abrange 588 municípios de 11 Estados.

A comissão é composta por representantes de 20 órgãos do governo federal e oito entidades que participam como convidadas. O decreto que instituiu a CDIF, de setembro de 2010, estabelece que a sua finalidade é propor medidas e coordenar ações que visem ao desenvolvimento de iniciativas necessárias à atuação do governo na Faixa de Fronteira. Cada Estado da área de abrangência terá um Núcleo Regional de Fronteira. Os dois primeiros, do Paraná e do Amapá, foram instalados durante a reunião no Itamaraty, que contou com a presença do ministro Fernando Bezerra Coelho.

Participaram do evento governadores, prefeitos e autoridades, entre as quais o secretário de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração, Sérgio Duarte de Castro; o subchefe de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Olavo Noleto Alves; e representantes do Ministério das Relações Exteriores e da Itaipu Binacional.



Comitê Gestor do Pará Rural libera cerca de R$ 15 milhões para projetos

O Comitê Gestor dos Projetos de Investimento Produtivo (PIPs) do Programa Pará Rural liberou, até o mês de abril, R$ 14,329 milhões para 29 PIPs. O total de recursos liberados beneficia 2.182 famílias paraenses em 21 municípios. Dos projetos aprovados, 12 já estão em fase de execução, sendo que os localizados em São Miguel do Guamá e Capitão Poço receberam a totalidade dos valores que deveriam ser repassados: respectivamente, R$ 224 mil e R$ 217,500 mil.

O PIP de São Miguel do Guamá, nordeste do Estado, trata da recuperação de áreas alteradas por meio de Serviços Agroflorestais (SAFs) na comunidade Santa Rita de Barreira no município de São Miguel do Guamá. Já o de Capitão Poço, também no nordeste paraense, prevê o apoio à cadeia da horticultura familiar.

O Comitê Gestor é um órgão colegiado disciplinado pelo decreto nº1.646, de 11 de maio de 2009. A responsabilidade do órgão é a aprovação dos PIPs. A tramitação dos 14 primeiros projetos pilotos era diferente: precisava do aval do Banco Interamericano de Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), co-financiador do Programa.

Compõem o comitê a secretaria de Estado de Projetos Estratégicos (Sepe), que o preside; as secretarias de Estado de Meio Ambiente (Sema), de Governo (Segov) e de Agricultura (Sagri), além do Banco do Estado do Pará (Banpará) e representantes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Pará e da Federação da Agricultura Familiar do Pará. É responsabilidade do órgão a aprovação final dos PIPs do Programa Pará Rural.


                                                                                                                               Giovanna Zanni                         

Iphan abre inscrições para edição 2011 do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade

Estão abertas as inscrições para a 24ª edição do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, que este ano está inserido nas comemorações do Ano Internacional do Afrodescendente e homenageia os 100 anos de nascimento do artista plástico Caribé. As inscrições podem ser feitas até o dia 8 de julho nas Superintendências do Iphan em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal.

Cada ação só poderá ser inscrita em um das sete categorias previstas no edital. Os candidatos, pessoas físicas ou jurídicas, deverão apresentar um dossiê, ilustrado para caracterizar plenamente a atividade. Comissões presididas pelas Superintendências do Iphan em cada unidade federativa promoverão a pré-seleção das ações  correspondentes aos seus estados ou Distrito Federal. Em seguida, as ações pré-selecionadas serão encaminhadas para a Comissão Nacional de Avaliação. Os resultados serão anunciados no mês de outubro. Os vencedores de cada categoria serão premiados com troféu e R$ 20 mil.

Rodrigo Melo Franco de Andrade
O advogado, jornalista e escritor Rodrigo Melo Franco de Andrade nasceu em 17 de agosto de 1898 em Belo Horizonte. Foi redator-chefe e diretor da Revista do Brasil. Na política foi chefe de gabinete de Francisco Campos, atuando na equipe que integrou o Ministério da Educação e Saúde do governo Getúlio Vargas. O grupo era formado por intelectuais e artistas herdeiros dos ideais da Semana de 1922. Rodrigo Melo Franco de Andrade comandou o Iphan desde sua fundação em 1937, até 1968.

O Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade foi criado em 1987 em reconhecimento a ações de proteção, preservação e divulgação do patrimônio cultural brasileiro e está dividido em sete categorias:
• Promoção e Comunicação
• Educação patrimonial
• Pesquisa e inventário de acervos
• Preservação de bens Móveis
• Preservação de bens Imóveis
• Proteção do patrimônio natural e arqueológico; e
• Salvaguarda de bens de natureza imaterial

Serviço:
O edital da 24ª edição do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade está à disposição nas Superintendências do Iphan e nos sites www.iphan.gov.br e www.comprasnet.gov.br. Informações gerais podem ser obtidas no Departamento de Articulação e Fomento - DAF / Coordenação-Geral de Difusão e Projetos, em Brasília, SBN Quadra 02, Edifício Central Brasília, 2º andar - Cep: 70040-904.
Telefones: (61) 2024.6199, 2024.6245 e 2024.6176. Fax: (61) 2024.6148. Endereço eletrônico: daf@iphan.gov.br


Programa de Pós-Graduação em Diversidade Biológica e Conservação do campus Sorocaba abre seleção para o curso de mestrado

O Programa de Pós-Graduação em Diversidade Biológica e Conservação (PPGDBC) do campus Sorocaba da UFSCar, receberá, entre 2 e 20 de maio, as inscrições no processo seletivo para o curso de mestrado. O objetivo do PPGDBC é a formação de recursos humanos qualificados em nível de pós-graduação, capacitados para a pesquisa, docência em nível superior e atuação em órgãos governamentais e no terceiro setor. O curso abrange quatro linhas de pesquisa: "Diversidade Genética e Evolução", "Sistemática, Taxonomia e Biogeografia", "Mecanismos e Processos Ecológicos" e "Conservação e Manejo".

As inscrições no processo seletivo podem ser feitas diretamente na secretaria do Programa, localizada na sala 12 do edifício da Biblioteca do campus Sorocaba, das 14 às 17 horas. As inscrições também podem ser feitas por Correio, via Sedex, dentro do prazo estipulado no processo seletivo. Os documentos necessários para a inscrição podem ser consultados no Edital disponível em www.ppgdbc.ufscar.br. A seleção consta de provas de Conhecimentos Específicos e Inglês, de caráter eliminatório e classificatório e análise de currículo e entrevista, de caráter classificatório. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (15) 3229-5943.

Interessados deverão inscrever-se entre os dias 2 e 20 de maio

Belém sedia Encontro Nacional das Cidades Históricas e Turísticas

O Ministério do Turismo promove, desde hoje 28 à 30 de abril, em Belém (PA), o 3º Encontro Nacional das Cidades Históricas e Turísticas. PAC das Cidades Históricas, preservação e legislação aplicada ao patrimônio cultural são alguns dos temas em pauta. Haverá, ainda, uma mesa de debates sobre o segmento de turismo religioso.

A secretária nacional de Políticas de Turismo do MTur, Bel Mesquita, fará a abertura do evento, realizado em  parceria com a Empresa Paraense de Turismo (Paratur) e a Empresa Municipal de Turismo de Belém (Belemtur). Estão confirmadas as presenças de representantes de 22 cidades históricas de todo o país.

Serviço
Encontro Nacional das Cidades Históricas e Turísticas
Dia: 28 a 30 de abril 

Hora: 9h às 18h
Local: Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa)- Av. Quintino Bocaiúva, 1588 – Nazaré – Belém- PA