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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Aumenta a pesca de mamíferos marinhos

Golfinho para o jantar? Isto pode ser mais comum do que se pensa. O primeiro estudo global sobre o consumo humano de mamíferos marinhos descobriu que a prática é disseminada e está se tornando mais frequente em muitas regiões tropicais.

No total, pessoas de 114 países consumiram pelo menos 87 espécies diferentes de mamíferos marinhos desde 1990, dizem pesquisadores.

Alguns dos animais mais comumente consumidos são pequenos cetáceos, segundo Martin Robards, pesquisador da Wildlife Conservation Society. Isto foi uma surpresa, ele disse, já que há apenas uma década havia apenas relatos ocasionais destes eventos.

Phil Clapham, pesquisador do Laboratório Mamífero Marinho Nacional, de Seattle, diz que o estudo “ilumina uma zona sombria, que vinha recebendo muito pouca atenção.”

Este consumo significa uma ameaça real para animais como o dugão, semelhante a um peixe-boi, e o golfinho corcunda do Atlântico, cujas populações estão diminuindo em grandes áreas de seus habitats por conta da demanda por carne. Em muitos casos, não há ainda informação suficiente para determinar se esta pesca é sustentável.

A tendência pode estar sendo impulsionada em parte pelo declínio dos estoques de peixes e o crescimento de populações humanas em zonas costeiras. Embora algumas pessoas pesquem estes animais inicialmente por acidente, a prática pode se tornar intencional quando pescadores percebem que é lucrativo vender o peixes ou usá-los para alimentar suas famílias – especialmente se elas não podem mais contar com populações de outras espécies que as sustentavam.

Outro fator no aumento da pesca de mamíferos marinhos é a substituição de redes de pesca indígenas com fibras de cânhamo, degradáveis, por redes mais fortes baseadas em polímeros. Estas redes começaram a ser introduzidas nos anos 1950, para ajudar populações locais a pescar com mais eficiência e alimentar suas famílias. Infelizmente, elas são mais eficientes também para apanhar uma ampla variedade de animais, de tartarugas a baleias, informa o New York Times.

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