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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Brasil quer apoiar Cuba no desenvolvimento agrícola

A presidenta Dilma Rousseff deve assinar nesta terça-feira (31/1) em Havana, capital cubana, vários acordos bilaterais para a ampliação de parcerias. A proposta é incrementar projetos científicos e tecnológicos nas áreas de saúde, agricultura, ciências e do setor aéreo. No que depender do governo brasileiro, os cubanos terão apoio para avançar na produção agrícola e expandir a rede pública de atendimento à saúde. 

Roberto Stuckert Filho/Presidência da RepúblicaParalelamente, as autoridades brasileiras e cubanas querem incentivar o turismo. Por isso, um dos acordos negociados visa ao estímulo à competitividade entre as empresas aéreas, apresentando opções de preços e qualidade nos serviços. 

Em fase de aperfeiçoamento e estímulo à produção agrícola, Cuba quer aproveitar o conhecimento dos cientistas brasileiros para capacitar especialistas em novos processos tecnológicos desenvolvidos pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no que se refere ao combate às pragas que atingem várias culturas, principalmente a soja e o pimentão. 

Também deve ser assinado um acordo sobre serviços aéreos cubanos para estimular a competitividade entre as empresas, oferecendo mais opções aos consumidores. A idéia é permitir que esses serviços sejam oferecidos com bons preços e garantir, ao mesmo tempo, segurança operacional e aviação de alto nível. 

Cuba é o único país socialista das Américas. Com o fim da União Soviética, o país passou a sofrer de forma mais intensa os efeitos do embargo econômico imposto pelos Estados Unidos desde 1962. Porém, vários países da região mantêm relações econômicas intensas com os cubanos, como é o caso do Brasil. Só no ano passado, o comércio entre o Brasil e Cuba envolveu US$ 642 milhões. 

Nos últimos dois anos, o governo Castro estimula a abertura econômica, adotando medidas que visam à autonomia dos cidadãos. Há ainda várias restrições a essas ações, mas o governo promete intensificá-las.

Comitê da Copa de 2014 avalia campos de futebol no Pará

Belém recebe nesta quarta-feira (1º de fevereiro) o Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014. Os representantes da Federação Internacional de Futebol (Fifa) farão vistorias técnicas nos possíveis locais que possam ser subsede dos treinos das seleções. Serão avaliados hotéis e estádios de futebol, inclusive no interior do Estado.

Nesta primeira etapa da visita, a comissão será acompanhada pelo secretário de Estado de Esporte e Lazer, Marcos Eiró, e pelo diretor do Estádio Olímpico, Saulo Aflalo. O comitê vai conhecer os campos de futebol do clube da Assembleia Paraense e do Mangueirão. O titular da Seel diz que o principal objetivo é assegurar a capital paraense como Centro de Treinamento de Seleções durante a Copa do Mundo.

A inspeção começa às 14 horas, na Assembleia Paraense, e segue, às 16 horas, para o Mangueirão. Dia 2, a comissão vai a Santarém, oeste do Pará, para vistoriar o Estádio Colosso do Tapajós. A imprensa local poderá acompanhar as vistorias, obedecendo às regras da Fifa. A comissão não vai conceder entrevistas durante a visita, somente ao final das inspeções, em todas as cidades candidatas.

“Com essa vistoria, queremos mostrar que Belém, além da beleza, história e do povo acolhedor, tem condições de servir as seleções, com uma boa rede hoteleira e excelentes estádios, com os gramados de padrão internacional”, ressalta.

MIT cria carro elétrico ideal para grandes cidades

O Hiriko é um protótipo de carro elétrico feito pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em parceria com sete pequenas empresas da região basca da Espanha. O modelo foi pensado para o uso nas cidades, pois seu tamanho facilita o encontro de vagas para estacionar e, acima de tudo, não emite poluentes.

O nome do carro já exemplifica todo o ideal em que foi baseado. Ele provém de duas palavras bascas: Hiri, que significa urbana, e Ko, que em português é carro. O automóvel segue o modelo dos compactos e a primeira versão, com lugar para duas pessoas, deve estar nas ruas da Espanha já no próximo ano.

O Hiriko é tão pequeno que três deles podem ser estacionados no espaço que normalmente seria ocupado por somente um sedan padrão. Além disso, as rodas são montadas no canto do chassi, permitindo que o carro se mova lateralmente para entrar mais facilmente na vaga.

Kent Larson, líder do projeto, explica que o automóvel é ideal para a locomoção em grandes cidades, onde o tráfego intenso não permite que a velocidade seja muito alta. O Hiriko não foi feito para o uso em estradas, pois não atinge altas velocidades, segundo Larson o ideal é que o carro trafegue a pouco mais de 30 km/h.

A baixa velocidade confirma o perfil idealizado por seus criadores, de que as pessoas que utilizam carro nas grandes cidades fazem essa opção pela privacidade e flexibilidade que não são oferecidos pelos transportes públicos. Outro ponto positivo é a autonomia do carro, que pode chegar a 160 quilômetros em uma mesma carga. O design também chama a atenção. Sem portas laterais, a única saída do automóvel é pela frente.

A projeção é de que o Hiriko seja comercializado a 12.500 euros, o equivalente a 28.500 reais. 

Com informações da ABC.

Começa a era pós-sacolinhas nos supermercados de São Paulo

O consumidor parece já ter absorvido a proibição do uso de sacolinhas plásticas nos supermercados do Estado de São Paulo. A avaliação foi feita pelos dois principais jornais locais, a Folha e o Estadão, que mostraram como a nova regra está impactando a vida dos consumidores.

Desde quarta-feira (25/01) os supermercados paulistas não disponibilizam mais as sacolinhas plásticas para o público. A opção é adquirir as sacolas biodegradáveis, feitas de amido de milho, pelo preço de 19 centavos a unidade ou levar as compras nas caixas de papelões cedidas gratuitamente pelos supermercados.

Outra alternativa é levar de casa ou comprar as sacolas retornáveis, de plástico ou tecido, chamadas ecobags, que estão sendo oferecidas a partir de R$1,99 a unidade. 

A mudança para o fim das sacolas plásticas não tem força de lei. É um acordo feito em maio do ano passado pela Associação Paulista de Supermercados (Apas) e o governo do Estado. O pacto só serve para supermercados ligados a Associação Paulista de Supermercados, que representa 80% desse comércio.

Segundo informações do Estadão online, os consumidores preferiram enfrentar a fila para conseguir as caixas de papelões gratuitas do que pagar pelas sacolas biodegradáveis, mesmo que seja ecologicamente mais correto.

Os supermercados paulistas forneciam 7 bilhões de sacolinhas de plástico ao ano e com as novas regras deixarão de gastar R$ 190 milhões. Os custos das alternativas da bolsa de plástico foi repassado ao consumidor. Essa é a principal crítica à medida adotada.

O governo de São Paulo diz que a mudança provocará a almejada mudança de comportamento do consumidor e minimizará os problemas ambientais oriundos das sacolinhas. Por mês, deixarão de ser descartadas cerca de 557 milhões de sacolas, segundo informações do site oficial da campanha pela não utilização da sacola plástica em São Paulo.

Em nota publicada no site do Governo de São Paulo, a Secretaria do Meio Ambiente defendeu o acordo e explicou que “não há medida única para solucionar o impacto ambiental, mas sim ações que minimizam o problema da produção de resíduos sólidos e que passam pela coleta seletiva, educação ambiental e conscientização, principalmente dos jovens, sobre a importância de uso e consumo sustentáveis.”

Mapa abre inscrições para curso de inovação no agronegócio

Nessa segunda-feira, 30 de janeiro, começaram as inscrições para a 3ª edição do curso sobre Propriedade Intelectual e Inovação no Agronegócio, promovido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O início das aulas está previsto para o dia 02 de abril e as inscrições podem ser feitas até dia 15 de fevereiro pela internet.

Mapa abre inscrições para curso de inovação no agronegócioO curso será à distância e busca sensibilizar, capacitar e atualizar profissionais que atuam na inovação e propriedade intelectual no agronegócio. O programa do curso contempla conceitos, legislação e os principais assuntos relacionados ao tema. Entre estes estão patentes de invenção, modelos de utilidade, desenho industrial, marcas, programas de computadores, indicação geográfica de produtos agropecuários e proteção de cultivares.

Serão oferecidas mil vagas para participantes em todo o território nacional. O curso terá duração de dois meses, com carga horária total de 90 horas-aula e certificação emitida pela extensão universitária da UFSC. A obtenção do certificado é pré-requisito para participação nos demais módulos que serão oferecidos pelo Mapa. Já estão previstas novas edições dos cursos sobre Indicação Geográfica e um módulo específico sobre Proteção de Cultivares.

Clima afeta segurança alimentar na África

As pilhas de nozes, rapoko (um cereal), painço e milho à venda na margem do rio Rovuma, em Namiranga, são testemunhas da fertilidade do solo africano.

Mas as pessoas nesta pequena cidade na fronteira de Moçambique com a Tanzânia lutam para pagar por seu alimento. A área tem sido afetada por secas nos últimos quatro anos, intensificadas pela mudança do clima. Namiranga, a 3.700 km da capital Maputo, quase não tem acesso a serviços básicos.

Lá, uma saca de milho de 50 quilos custa U$ 60. Mas a apenas 20 km, do lado da Tanzânia, a mesma quantidade custa U$ 46.

Barreiras ao comércio inter-regional estão impedindo que alimentos cheguem aos pobres. No lado tanzaniano do rio, no posto de fronteira de Mtwara, um caminhão com 40 toneladas de milho é detido. Funcionários alfandegários dizem a Petros Lema Sokoineis, dono e motorista do caminhão, que o milho não pode deixar o país por causa de uma proibição às exportações.

“Nós procuramos os melhores mercados. Se não tivermos mercados externos, não temos incentivo para produzir. No mercado nacional, nem conseguimos pagar nossos custos. Os preços não são adequados,” diz Sokoineis, que comercializa milho na região desde 2000.

O ministro da agricultura, segurança alimentar e cooperativas da Tanzânia, Jumanne Maghembe, anunciou em junho de 2011 uma proibição à exportação de grãos, especialmente o milho, para evitar a fome em seu país.

“Infelizmente, isto acontece com frequência. Estas proibições não apenas limitam o acesso a alimentos – elas desencorajam agricultores que estão sofrendo com secas, enchentes e condições do tempo desfavoráveis,” afirma Sokoineis.

A Tanzânia teve uma escassez de 410.000 toneladas de grãos durante a safra de 2010-2011, de acordo com Maghembe. As proibições à exportação não são o único exemplo de problemas que restringem o comércio regional, com um impacto significativo na segurança alimentar de milhões.

Cientistas dizem que a região da Comunidade de Desenvolvimento do Sul da África (SADC) está experimentando um clima cada vez mais imprevisível, com mais dias quentes e menos dias frios. Os países mais afetados são o Zimbábue, Moçambique e Tanzânia, além do sul da África do Sul, segundo o Alertnet. Os efeitos do clima já estão custando aos países do SADC perdas de 5% a 10% de seus PIBs, de acordo com Martin de Wit, economista da Universidade Stellenbosch, na África do Sul.

Até 2020, devem existir cerca de 30 megacidades no mundo inteiro

Bairros planejados estão entre as principais soluções para o crescimento ordenado

O crescimento cada vez mais veloz das cidades do País, aliado a sequência de eventos que o Brasil espera receber até 2016, faz com que uma necessidade antiga e ao mesmo tempo muito atual, se reafirme como urgente, a de urbanização. O grande desafio para os próximos anos será melhorar a infraestrutura de várias regiões, combater problemas como o trânsito e construir espaços que beneficiem a população, já que a maior parte das cidades foi criada sem um planejamento urbano adequado. Essa é uma situação que cresce mundialmente, segundo projeções da empresa Frost & Sullivan, até 2020 existirão 30 megacidades em todo o mundo. Unindo trabalho, residência e lazer num mesmo local, os bairros planejados são tendência mundial e estão entre as principais iniciativas para a garantia de crescimento ordenado. De acordo com Sérgio Guimarães Pereira Júnior, especialista em urbanização e diretor da Vallor Urbano, “entre os principais benefícios dos bairros planejados estão a minimização dos deslocamentos e a garantia de moradia e de renda para a população”, explica.

Perfil – Sérgio Guimarães Pereira Júnior é diretor da Vallor Urbano - empresa especializada no segmento de urbanização de áreas e terrenos residenciais e industriais. Graduado em Direito e em Administração de Empresas pela PUC-SP, é pós-graduado em Marketing pela London Business School e em Negócios Imobiliários pela FAAP. Sua atuação no mercado de loteamentos o levou à presidência da Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento Urbano do Estado de São Paulo (AELO), de 1997 a 2001, período em que a entidade obteve seus mais expressivos índices de crescimento e reconhecimento setorial. Fundador e primeiro presidente do Instituto do Desenvolvimento Urbano (IDU) e presidente da Associação Brasileira das Empresas de Loteamentos e Desenvolvimento Urbano (AB-LOTE). Sua liderança nas entidades de classe contribuiu para a elaboração de vários programas governamentais de habitação e de desenvolvimento urbano.

Sema abre inscrições para cadastro no Conselho de Recursos Hídricos

Já estão abertas as inscrições para cadastro no Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH). O edital que convida organizações civis e representantes dos usuários para integrarem a entidade já está disponível no site da Secretaria de Estado de Meio Ambiente. Os interessados deverão efetuar o cadastro no próprio site da Sema (www.sema.pa.gov.br), por meio de um formulário eletrônico, que está disponível para download.

Depois de preenchido, o formulário deverá ser encaminhado, via ofício, para a Secretaria e direcionado à Diretoria de Recursos Hídricos (DIREH), com uma cópia digital para os seguintes endereços eletrônicos: recursos.hidricos@sema.pa.gov.br/ direh.sema@ gmail.com.

É obrigatória a apresentação de uma cópia de cada documento que comprove a participação da instituição em ações voltadas aos recursos hídricos, tais como eventos, cursos de capacitação, ações envolvendo a gestão hídrica, projeto e estudos desenvolvidos nessa área e outras atividades afins.

Comprovantes pessoais (inscrições/projetos e similares) em que constem apenas o nome do representante da instituição não serão aceitos como atestados de realização de ações efetivas voltadas aos recursos hídricos, sendo realmente necessária a comprovação de envolvimento nesse setor. O prazo de cadastramento será de 45 dias, a partir da data de publicação do edital. Após essa fase, será aberto o período de eleição para a escolha dos representantes do Conselho, com base na avaliação dos documentos e inscrições das instituições cadastradas. A relação dos habilitados será afixada na Secretaria de Estado de Meio Ambiente e divulgada no site da Sema.

CERH – O Conselho Estadual de Recursos Hídricos é um órgão consultivo e deliberativo, responsável por assegurar o controle desses recursos no Estado. Entre suas atribuições está discutir mecanismos que otimizem e assegurem a qualidade da água e seus múltiplos usos. Mais informações pelos telefones (91) 3184-3328/3184-3374 e pelos endereços recursos.hidricos@sema.pa.gov.br e direh.sema@gmail.com.

Agricultores do Alto Xingu serão beneficiados com o Cadastro Ambiental Rural

Técnicos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) nos 11 municípios da área de abrangência do entorno da Hidrelétrica de Belo Monte se reúnem em Altamira, oeste do Pará, nesta quarta-feira, 1, para a primeira reunião de execução do projeto de Cadastro Ambiental Rural (CAR) em imóveis de agricultores familiares nos municípios da região da cidadania do Xingu. O projeto será executado em parceria com o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), com previsão de duração de um ano.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos municípios de Altamira, Anapu, Brasil Novo, Gurupá, Medicilândia, Pacajá, Placas, Porto de Moz, Senador José Porfírio, Uruará e Vitória do Xingu, áreas de abrangência do projeto, existem 23.305 estabelecimentos rurais, sendo que destes, 19.643 são de propriedade de agricultores familiares, enquadrados conforme a Lei 11.326/2006, totalizando uma área aproximada de 1.280.325 hectares.

O Termo de Compromisso assinado por diversos municípios paraenses junto ao Ministério Público Federal e o Governo do Estado do Pará, em janeiro de 2011, estabelece o comprometimento com o desmatamento zero, além de realizar o cadastramento ambiental rural em pelo menos 80% da área territorial de cada municipalidade (exceto Unidades de Conservação, áreas de assentamentos e áreas urbanas).

O Cadastro Ambiental Rural é uma ferramenta fundamental para o controle e monitoramento ambiental do território paraense. Entretanto, a forma de inserção de informações é auto-declaratórias, ou seja, o proprietário precisa buscar os meios de prestar as informações da propriedade. Diante disso, a Emater tem como objetivo implantar um sistema de gestão e acompanhamento das atividades, afim de condensar os dados a serem gerados com os trabalhos de campo e sistematizar as informações geográficas geradas.

Segundo Humberto Reali, diretor técnico da Emater, será muito importante nesse processo a participação das prefeituras municipais, principalmente aquelas que aderiram ao programa Municípios Verdes. Para a realização do projeto, 70 técnicos da Emater que estarão diretamente envolvidos no cadastramento serão capacitados na utilização de geotecnologias aplicadas na elaboração do Cadastro Ambiental Rural.

Uepa abre inscrições para Licenciatura Intercultural Indígena nesta quarta

Começam nesta quarta-feira (1) as inscrições para o Curso de Licenciatura Intercultural Indígena, que vai selecionar integrantes dos povos Gavião e Tembé para o primeiro curso de graduação da Universidade do Estado do Pará (Uepa) na área. A graduação oferta 100 vagas, sendo 50 para cada grupo, e será desenvolvida em regime presencial e modular.

Para o povo Gavião, as inscrições seguem até a próxima sexta-feira (3), de 8 as 18h, no Campus da Uepa em Marabá. Já para os Tembé, a inscrição será no Campus da Universidade em São Miguel do Guamá, no período de 7 a 9 de fevereiro, no mesmo horário. No ato da inscrição, os candidatos deverão apresentar Cópia do Registro Administrativo ou Declaração de Índio expedido pela Fundação Nacional do índio (Funai) e Declaração de Apoio da Comunidade Indígena ao candidato. Os candidatos concluintes do Magistério Indígena ou professor indígena com Ensino Médio completo deverão apresentar declaração original emitida pela direção da escola ou declaração de concluinte ou de egresso do Magistério Indígena.

A homologação das inscrições será realizada pela Diretoria de Acesso e Avaliação (DAA) da Uepa até o dia 2 de março e divulgada no site da Universidade (www.uepa.br), na Reitoria e nas escolas das aldeias Tembé e Gavião. Também a partir dessa data, o candidato deverá acessar os sites www.uepa.br ou www.prodepa.psi.br/uepa e imprimir seu cartão de confirmação de inscrição. O candidato que não tiver sua inscrição homologada deve entrar em contato com a DAA até 15 de março, pelo endereço eletrônico correto@uepa.br ou diretamente no Núcleo de Formação Indígena da Uepa (Rua do Una, 156, bairro do Telégrafo – Belém), de 8h as 14h.

O Curso abordará os conhecimentos tratados na área de Ciências Humanas e Sociais, Ciências da Natureza e Matemática e Linguagens e Arte. Todos estarão articulados aos saberes indígenas, na perspectiva de formar professores nessas três áreas, para atuar na Educação Escolar Indígena.

A coordenadora do Curso, Joelma Alencar, explica que desde a Constituição de 1988 foi reconhecido aos povos indígenas uma educação escolarizada que respeite a afirmação e reafirmação da cultura em todos os níveis de ensino, além da presença do professor indígena na escola. “De certa forma, isso impulsionou a oferta da Licenciatura Intercultural indígena nas universidades brasileiras. Todo esse processo foi uma conquista do movimento indígena que se iniciou na década de 70. Desde 2007, com a implantação do primeiro Curso pela Universidade Federal do Mato Grosso a demanda é crescente. Em particular, o Pará era o único Estado da Região Norte que não oferecia o curso. Os futuros professores indígenas poderão atuar em uma das três áreas de formação, possibilitando suprir a grande necessidade do Estado desses profissionais nas escolas indígenas”, conta Joelma.

Provas - O processo seletivo específico será dividido em três etapas. Na primeira, será feita a análise dos documentos. A Prova Escrita, onde o candidato deverá desenvolver uma redação em Língua Portuguesa, compreende a segunda etapa. Já na terceira fase será realizada uma entrevista. Cada fase vale dez pontos, totalizando 30 ao final do processo seletivo. Será eliminado para a realização da segunda etapa o candidato cujos documentos apresentados forem comprovadamente falsos. Quem obtiver nota menor que cinco pontos na segunda etapa também será eliminado para a última fase.

Nos dias de prova, o acesso aos locais de realização dos exames será das 8h às 9h, impreterivelmente. As provas terão início pontualmente às 9h e, de acordo com o edital, não será admitido o ingresso de candidatos no local de realização das mesmas após este horário. O candidato deverá portar o documento de identidade original, comprovante de confirmação de inscrição, e Caneta esferográfica com tinta azul ou preta.

Atendimento especial - O candidato portador de necessidades especiais, que precisar de tratamento diferenciado nos dias de prova, poderá solicitá-lo por meio de requerimento encaminhado a DAA, de 8h as 14h, com até no máximo 30 dias de antecedência da data de início das provas. Deverão ser especificadas as condições e recursos que os atendam, acompanhado de atestado médico, o qual justifique o tratamento diferenciado e assegure as condições de realizar a prova.

Já as solicitações de atendimento domiciliar ou hospitalar deverão ser encaminhadas no prazo de até 24 horas antes do horário previsto para o início das provas.

Confira aqui o calendário:

Inscrições:

Gavião: 1, 2, 3 de fevereiro, no Campus de Marabá


Tembé: 7, 8,9 de fevereiro, no Campus de São Miguel do Guamá


Horário: de 8 às 18h


Homologação das Inscrições: Até 02 de março de 2012


Provas:

Tembé:


1ª Etapa: Análise Documental l até 7 de março


2ª Etapa: Prova Escrita l 17 de março l Escolas das Aldeias Tembé (a definir com as lideranças)


3ª Etapa: Entrevista l 3 a 5 e maio l Campus de São Miguel do Guamá

Gavião:


1ª Etapa: Análise Documental l até 7 de março


2ª Etapa: Prova Escrita l 24 de março l Aldeia Kyikatêjê


3ª Etapa: Entrevista l 10 a 12 e maio l Aldeia Kyikatêjê


Resultado final: Até 31 de maio de 2012

Mais informações: (91) 3299-2216

A nova ordem mundial é verde

O professor Thomas C. Heller, da Universidade Stanford, é um dos mais influentes especialistas em política ambiental do planeta. Membro do painel de experts da ONU que estimou os efeitos das mudanças climáticas e dividiu com o ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore o Nobel da Paz de 2007, ele é requisitado para auxiliar na formulação de programas de sustentabilidade por dez entre dez países emergentes. Sua abordagem pragmática soa como música aos ouvidos dos governos do Brasil, da China e da Indonésia. O plano chinês de redução de emissões de carbono e a lei brasileira que cortou repasses de recursos federais a municípios desmatadores são exemplos de iniciativas sugeridas pela Climate Policy Initiative, instituição sem fins lucrativos fundada por Heller e financiada pelo megainvestidor George Soros. Diz o professor Heller: "Caberá aos emergentes liderar a transição para uma nova ordem mundial, em que ser sustentável dará uma tremenda vantagem competitiva". 

As últimas tentativas de acordos internacionais em prol do meio ambiente, como o Protocolo de Kyoto e a rodada de Durban, fracassaram. O que falta para essas negociações começarem a dar resultados concretos? 
Antes de mais nada, é preciso formar um consenso verdadeiro em torno da ideia de que não se pode mais subestimar o valor de uma política ambiental séria e consequente - se não por convicção, pelo menos por pragmatismo. Essa premissa deixou de ser uma afirmação típica de ambientalistas românticos há muito tempo. A interdependência entre economia e meio ambiente atingiu seu ápice. Prova disso é que o preço das commodities e da energia está em alta e deve continuar assim indefinidamente. O progresso, daqui por diante, depende de usarmos os recursos naturais da forma mais eficiente e produtiva possível. Parece óbvio que, na próxima etapa do desenvolvimento humano, ser verde será cada vez mais uma tremenda vantagem competitiva. Ainda assim, os governantes relutam em encarar a questão ambiental como aspecto fundamental da agenda econômica. 

Por que isso ocorre? 

A grande maioria das nações ainda trata o dinheiro aplicado em sustentabilidade como investimento a fundo perdido, o que, claro, constitui um sério equívoco. Como seu retorno costuma ocorrer apenas a longo prazo, fica muito difícil convencer países em crise, como a maior parte das economias desenvolvidas hoje, a destinar grandes quantias a programas ambientais. Essa é uma das razões por que foram adiados, para 2015, o estabelecimento de metas de redução das emissões de dióxido de carbono e, para 2020, a criação do fundo verde de 100 bilhões de dólares. Esperava-se que tais resoluções fossem tomadas já. Mas muitos países relutaram em assumir o compromisso porque sabem que custará caro cumpri-lo. O que a maioria dos analistas não percebeu é que começou a desenhar-se, em Durban, uma nova ordem mundial, liderada por economias emergentes como Brasil, Índia e China. 

De que nova ordem o senhor está falando? 

O parco avanço obtido em Durban só foi possível porque os emergentes capitanearam as negociações, aderiram às metas propostas e forçaram a assinatura de um acordo. Há sete anos, quando entrou em vigor o Protocolo de Kyoto, um protagonismo desses era improvável. Daqui para a frente, porém, será cada vez mais evidente, e por uma razão muito simples: os países em desenvolvimento terão de criar formas de elevar, e muito, a produtividade de sua economia, para suportar a inclusão de 3 bilhões de pessoas na classe média nos próximos vinte anos. Isso pressupõe criar mais políticas públicas de estímulo à sustentabilidade e investir maciçamente em inovação e em planejamento urbano - algo que os emergentes estão em condições de fazer, uma vez que não tiveram suas finanças corroídas pela crise global. 

O senhor não está sendo otimista demais? Os novos integrantes da classe média vão querer consumir mais alimentos, combustíveis... 

Depende da forma como se encare a questão. De fato, há um enorme contingente de pessoas sedentas de consumo, que passarão de uma renda diária média de 10 a 15 dólares para algo como 50, até 100 dólares por dia. 

Toda essa gente vai querer comprar carnes mais nobres e adquirir carros para ir ao trabalho e levar seus filhos à escola, o que terá forte impacto sobre o meio ambiente. Mas os emergentes não têm escolha a não ser empenhar-se para mitigar esse impacto. Se observarmos com atenção, veremos que isso já está ocorrendo. Em nosso mapa global de investimentos em iniciativas verdes, feito em 2011, constatamos que 22% dos recursos destinados a esse tipo de projeto já vêm das economias emergentes. Nas minhas viagens, tenho notado uma preocupação cada vez maior dos governantes com os efeitos danosos das mudanças climáticas. Muitos desses países, afinal, são fortemente dependentes de seus recursos naturais. 

Mesmo a China? 

Sim. O caso mais emblemático é justamente a China. Apesar de ser o maior poluidor do planeta, o país é também, hoje, o que mais investe em energias renováveis. Não apenas para melhorar sua imagem perante o mundo, mas porque os chineses sabem que não podem depender tanto de carvão, um recurso natural escasso, para movimentar sua produção. Desde 2005, a China já aplicou 400 bilhões de dólares em projetos de energia limpa e eficiência energética. Isso fará com que a proporção da energia eólica que o país consome dobre de 1,5% para 3% do total até 2015. Trata-se de um feito e tanto, se considerarmos que proporcionará a redução de algo como 400 milhões de toneladas de dióxido de carbono lançadas todo ano na atmosfera - 5% menos do que hoje. Há ainda diversas outras iniciativas, como um programa massivo de expansão dos transportes coletivos e das estações de tratamento da água que chega às metrópoles. Segundo uma avaliação que fizemos para o governo chinês no ano passado, embora ainda não tenha conseguido diminuir a emissão total de gases poluentes, a China já reduziu em 20% o nível de poluição em relação ao PIB. 

Mas a China é uma ditadura. Tem muito mais poder para dirigir a economia do que a Índia ou o Brasil, por exemplo... 

Não precisamos ir até a China para encontrar sinais de mudança. No Brasil mesmo há histórias interessantes. Veja o caso do estado de Mato Grosso. As estatísticas mostram que o ritmo do desmatamento na Amazônia está diminuindo. A extensão de florestas derrubadas caiu 74% entre 2004 e 2010. Os ambientalistas xiitas não gostam de admitir, mas, no caso de Mato Grosso, essa redução se deve diretamente aos ganhos de produtividade do agronegócio. O raciocínio é elementar: quanto mais cabeças de gado se consegue criar em uma mesma área, maior a riqueza produzida por metro quadrado e menor o impacto ambiental da atividade econômica. Além disso, ao criar mais empregos, o agronegócio evita que as pessoas depredem a floresta para garantir meios de subsistência. Isso só prova que, ao contrário do que costumam pregar os ecologistas mais radicais, o progresso, se bem administrado, é, sim, muito benéfico ao meio ambiente. 

Essa lógica só vale para o campo ou se aplica também às cidades? 

Aplica-se a ambos. Para os países ricos, aliás, é nas cidades que estão as maiores oportunidades de ganhos com iniciativas sustentáveis. E, no caso dos emergentes, será nelas que passará a viver essa enorme massa de novos consumidores a que me referi. Os aglomerados urbanos, portanto, precisam estar no centro de uma revolução - que mudará não apenas a forma como as pessoas consomem, mas também a maneira como vivem. Isso significará considerar como premissas do planejamento urbano dados como o tempo de deslocamento de cada indivíduo até o local das compras ou a distância percorrida entre a casa e o trabalho para reduzir custos e racionalizar o uso do tempo. Se o planejamento conseguir tornar as cidades mais produtivas, elas poderão ser mais densamente povoadas sem se converter em verdadeiros infernos urbanos. Pelo contrário. Serão mais verdes e agradáveis e ainda ajudarão a diminuir a quantidade de pessoas que vivem nos subúrbios e, consequentemente, o número de viagens de carro e a emissão de poluentes. 

Como fazer isso, na prática? 

Há diversos projetos em teste. Os mais promissores me parecem ser os edifícios verdes, ainda pouco disseminados para moradia, mas já bastante populares entre as empresas. As companhias, de modo geral bem mais adiantadas na compreensão das vantagens econômicas que a sustentabilidade pode render, sabem que um prédio verde pode custar de 5% a 10% mais do que os edifícios comuns. No entanto, também já aferiram que, após alguns anos, ele chega a ser até 50% mais econômico. Gasta-se menos com energia e água e ainda se consegue melhorar a qualidade do ar. Sem contar que, para pôr tais prédios em funcionamento, é preciso desenvolver novas tecnologias, criando um ciclo virtuoso de inovação que tende a se disseminar por vários outros setores. 

O senhor é dos que acreditam que sem inovação não há sustentabilidade? 

Estou certo disso. Todos os avanços significativos da história da humanidade decorreram de grandes saltos tecnológicos. Não há por que pensar que desta vez será diferente. Foi assim com a Revolução Industrial, que possibilitou a obtenção de bens de consumo em larga escala, o surgimento da infraestrutura de distribuição de energia e a criação de sistemas de transporte coletivo. Mais recentemente, nos anos 1960, tivemos a chamada Revolução Verde, um salto de produtividade espetacular provocado pela utilização de defensivos, fertilizantes e técnicas modernas de plantio. Sem essas transformações radicais no processo de produção, não teríamos conseguido assimilar o crescimento populacional do planeta ao longo dos séculos. Para fazer com sucesso a transição para essa nova ordem mundial de que falo, será necessário outro salto tecnológico, tão ou mais profundo do que as grandes revoluções do passado. 

O senhor trabalha com governos há décadas. Acha mesmo que eles são capazes de fazer essa transição? 

Não partirão dos governos as inovações capazes de garantir um futuro mais sustentável. Assim como no passado, esses avanços serão impulsionados pela iniciativa privada, pelos empreendedores. Mas não dá para pensar em um progresso tão abrangente sem que os governos assumam seu papel, que é fomentar a criação de tais empreendimentos. Vimos isso ocorrer na Califórnia, onde moro, nas décadas de 70 e 80, quando floresceu a indústria da tecnologia da informação. O que houve naquela época foi uma combinação de forças positivas: um grupo de jovens brilhantes, dotados de criatividade e empreendedorismo ímpares, que recebeu infraestrutura para abrir suas empresas e o apoio do governo à criação de linhas de crédito dentro do próprio setor privado para que elas pudessem prosperar. O mesmo pode e deve ser feito agora, com a adoção de incentivos tributários e fontes de financiamento para companhias que se proponham a criar produtos ou tecnologias capazes de reduzir os danos ao meio ambiente. 

O que leva as empresas a estar tão mais adiantadas que os governos na adoção de projetos ambientalmente corretos? 

Ao contrário dos governantes, que estão constantemente premidos por restrições orçamentárias e costumam ser excessivamente cautelosos quando se exigem deles medidas eleitoralmente impopulares, as empresas são movidas pelo lucro. As grandes corporações perceberam há mais de uma década que aderir a um modelo de funcionamento sustentável daria bom retorno. Para essas companhias, a economia no uso da água e da luz ou a reciclagem do lixo passaram a representar não só uma fonte de renda extra, mas também a chance de melhorar sua imagem junto ao público - o que, evidentemente, as ajudou a fechar negócios mais lucrativos. Ao fim e ao cabo, tudo se resume a encontrar formas criativas de gerir os recursos disponíveis da maneira mais eficiente possível e, de preferência, antes dos concorrentes. É essa a lógica que tem de inspirar os políticos que pretendam fazer de seus países os condutores do desenvolvimento econômico do planeta nas próximas décadas.

Via Planeta Sustentável