Redirecionamento

javascript:void(0)

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Programa Formação Profissional da Vale oferece quase 2 mil vagas para Norte e Nordeste

Estão abertas até o dia 3 de dezembro as inscrições para o Programa Formação Profissional (PFP) da Vale, que está oferecendo 1.936 vagas para jovens do Norte e do Nordeste. Os selecionados passarão por treinamento teórico a partir de março de 2012 e em seguida desenvolverão atividades técnicas e operacionais nas áreas de Ferrovia e Porto.

As inscrições podem ser feitas pelo site www.vale.com/oportunidades. Com o programa, a Vale pretende formar jovens para suprir a demanda por profissionais qualificados nas áreas de atuação da empresa e, ao mesmo tempo, fomentar o desenvolvimento local nas regiões por meio do acesso à educação, emprego e renda.

Para concorrer a uma das vagas, os interessados devem ter no mínimo 18 anos, ensino médio completo e/ou ensino técnico nas áreas de edificação, elétrica, eletroeletrônica, eletrotécnica, eletrônica, eletromecânica, estradas, mecânica, mineração e portuário, entre outras. A lista completa de cursos e os documentários necessários para inscrição estão no site www.vale.com/oportunidades.

Durante as etapas de seleção, os candidatos passarão por análise curricular, prova online, dinâmica de grupo, entrevista técnica, avaliação psicológica e exames médicos.

Fases de formação

A formação é dividida em duas fases e dura aproximadamente 15 meses. A fase teórica terá duração de quatro a seis meses e será realizada em instituições de ensino parceiras da Vale localizadas em Marabá e Parauapebas, no Pará; São Luís, Santa Inês e Açailândia, no Maranhão; Campina Grande, na Paraíba; e Natal, no Rio Grande do Norte.

A fase prática, com duração de seis a 12 meses, será realizada nas áreas operacionais da empresa no Terminal Portuário Ponta da Madeira, em São Luís (MA), e nos municípios ao longo da Estrada de Ferro Carajás no Maranhão e no Pará. Nesta etapa, os selecionados têm a oportunidade de exercitar as atividades aprendidas com a orientação de profissionais experientes.

Na primeira fase, os selecionados receberão bolsa-auxílio mensal no valor de R$ 600 (para nível médio) e R$ 900 (para nível técnico), além de ajuda de custo para quem estudar em cidade diferente de onde mora. Na fase prática, além do salário, os participantes terão direito a vale-alimentação, vale-refeição ou refeição no local de trabalho e plano de saúde, entre outros benefícios.

Programa Formação Profissional

Criado em 2003, o programa já atendeu a mais de 8.200 pessoas em todo o Brasil. De 2008 a 2010 formaram-se 1.065 profissionais, dos quais 670 foram efetivados (63%). Até julho de 2011 já se formaram 571, dos quais 394 foram efetivados (69%).

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Caixa terá US$ 50 milhões do BIRD para financiar tratamento de resíduos sólidos

A Caixa Econômica Federal vai contratar, ainda neste ano, uma operação de crédito de US$ 50 milhões com o Banco Mundial (Bird) para apoiar projetos de beneficiamento de resíduos sólidos urbanos (RSU) no país, revelou Denise Maria Lara de Souza Seabra, gerente de Produtos de Saneamento e Infraestrutura da Caixa.

Engenheira civil e sanitarista, Denise disse à Agência Brasil que a contratação de empréstimo com o Bird foi autorizada pelo Senado no início deste mês, e “certamente será efetivada ainda este ano, de modo a que possamos operar, já no início de 2012”, os financiamentos de projetos destinados à gestão de resíduos sólidos e em mecanismos de desenvolvimento limpo.

Segundo ela, a linha de crédito financiará projetos de órgãos públicos ou privados, desde que envolvam ações integradas para reduzir impactos ambientais e sociais, melhorar a saúde pública e promover soluções sustentáveis. Objetivos perfeitamente alcançáveis com a construção e operação de aterros sanitários, fechamento de aterros a céu aberto e operação de instalações alternativas para tratamento de resíduos, acrescentou.

Denise lembrou que o lixo sem tratamento adequado gera muito metano – substância que contribui para o aquecimento global, além de contaminar o lençol freático. “Precisamos investir o máximo possível para garantir água de boa qualidade e melhores condições climáticas para a humanidade. E isso só será possível mediante a promoção do desenvolvimento sustentável”, enfatizou.

Ela lembrou que a situação ambiental tem melhorado bastante no Brasil, em especial depois do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mas lembrou que as ações e recursos até agora investidos são insuficientes para dotar o país de condições de desenvolvimento limpo. Ela ressaltou que “está havendo uma disponibilização crescente de financiamentos para o setor, mas do ponto de vista setorial ainda há muito a ser feito”.

De acordo com a gerente de Produtos de Saneamento e Infraestrutura, a Caixa foi o único banco do mundo convidado a fazer parte do fundo de crédito de carbono – Carbon Partnership Facility (CPF) – coordenado pelo Bird. É também a única instituição brasileira autorizada a intermediar a comercialização de carbono – programa criado para compensar financeiramente os países em desenvolvimento que investem na redução da emissão de gases causadores do efeito estufa.

Luzes para o futuro

"Óptica e fotônica" foi o tema da primeira sessão da FAPESP Week, que teve início nesta segunda-feira (24/10), em Washington, Estados Unidos. Realizada logo após a abertura do simpósio, a sessão reuniu os cientistas Hugo Fragnito e Carlos Lens Cesar, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Paulo Nussenzveig e Vanderlei Bagnato, da Universidade de São Paulo (USP), e Michal Lipson, da Cornell University.

Uma das principais promessas apresentadas no evento é a fabricação de computadores muito mais rápidos do que os atuais. Lipson é professora associada na Escola de Engenharia Elétrica e de Computação em Cornell e estuda há uma década a fotônica do silício, que tem como princípio substituir elétrons por fótons na transmissão de dados. Ou seja, passar da tecnologia elétrica para a fotônica.

"E isso sem precisar incorrer em uma mudança no tipo de circuitos eletrônicos utilizados atualmente. O que queremos é continuar a utilizar o silício, mas para transmissão óptica, que poderá levar a uma velocidade muito maior do que as atuais e oferece um imenso potencial científico e tecnológico", disse.

A cientista, que morou no Brasil até os 19 anos – é filha de Reuven Opher, professor titular do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP) – é pioneira no estudo da possibilidade de construção de computadores com componentes fotônicos.

"A fotônica do silício está muito próxima de se tornar realidade em tecnologias disponíveis ao público. Diversas companhias no setor de computação, como Intel e IBM, estão desenvolvendo produtos baseados na combinação de silício e óptica", disse.

Em um campo de pesquisa novo, Lipson destacou a importância ainda maior de se estabelecer cooperação entre grupos localizados em países diferentes. A cientista, que conta com diversos estudantes brasileiros em sua equipe na Universidade Cornell, também colabora ativamente com pesquisadores no Brasil, entre os quais os outros palestrantes na sessão da FAPESP Week da qual fez parte.

A importância da pesquisa colaborativa também foi ressaltada por Nussenzveig, que inclusive estará em 2012 em Cornell no grupo de Lipson. Professor de física experimental no Instituto de Física da USP, Nussenzveig falou em sua palestra sobre o emaranhamento quântico multicolorido.

O emaranhamento quântico é considerado uma base para futuras tecnologias como computação quântica, criptografia quântica e teletransporte quântico. Fenômeno intrínseco da mecânica quântica, o emaranhamento permite que duas ou mais partículas compartilhem suas propriedades mesmo sem qualquer ligação física entre elas.

O grupo liderado por Nussenzveig demonstrou o emaranhamento em três cores de luzes, indicando um caminho para o desenvolvimento de futuras redes quânticas. A pesquisa foi publicada pela revista Science em novembro de 2009.

De acordo com o cientista, o emaranhamento é um recurso quântico essencial para a aceleração do processamento de informação ou de protocolos de comunicação sofisticados.

"Esperamos que redes de informação quântica levem informação de um local a outro por meio de feixes de luzes emaranhados. Nós demonstramos o emaranhamento em três diferentes feixes de luz, em ondas distintas", disse. "A computação quântica oferece grandes promessas para o futuro."

Fragnito é diretor do Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica de Campinas (CePOF, um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP, e coordenador o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Fotônica para Comunicações Ópticas (INCT-CNPq).

O físico fez uma breve descrição do centro que dirige na Unicamp e de algumas das pesquisas ali realizadas, incluindo o desenvolvimento de fibras ópticas de altíssima velocidade na transmissão de dados, fabricação por nanotecnologia de dispositivos semicondutores e o estudo de fenômenos físicos envolvidos na comunicação óptica.

Um dos principais centros de pesquisa na área no mundo – elogiado por Lipson em sua palestra –, no CePOF em Campinas, instalado na Unicamp, são desenvolvidos estudos para a fabricação de novas fibras ópticas feitas com diversos materiais, como plásticos especiais e cristais fotônicos.

Fragnito também ressaltou a relação entre o centro que coordena e a iniciativa privada. O centro, que produziu 25 patentes e gerou dois spin offs, assinou contratos que somam mais de US$ 4 milhões com empresas.

Com relação à produção científica, as pesquisas ali realizadas já resultaram em cerca de 160 teses e mais de 700 artigos publicados com um total superior a 4 mil citações.

Divulgação de resultados

A palestra de Lenz Cesar, professor do Instituto de Física Gleb Wataghin, na Unicamp, foi sobre uma plataforma em microscopia multimodal óptica para o estudo de processos celulares. "Biologia nao ocorre em duas, mas em três dimensões, por isso precisamos entender as estruturas biológicas tridimensionalmente", disse.

O pesquisador falou sobre técnicas avançadas de microscopia para o estudo de células, como em tumores, e também em microrganismos causadores de doenças para o homem, entre os quais o Trypanosoma cruzi, causador da doença de chagas.

Com as técnicas de microscopia estudadas pelo grupo coordenado por Lenz Cesar é possível visualizar e compreender melhor estruturas de modo até então não disponívei. "Nosso objetivo é fazer bioquímica em tempo real no nível celular", disse.

Bagnato, coordenador do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) de São Carlos, falou sobre o fenômeno da turbulência em fluidos quânticos. Pouco conhecido pela ciência, o fenômeno é um dos principais objetos de pesquisa do grupo de Bagnato.

O cientista também ressaltou a importância de se divulgar para a sociedade os resultados dos estudos produzidos em universidades e centros de pesquisa. O CePOF de São Carlos, instalado no campus da USP nessa cidade, é reconhecido pelo importante trabalho de divulgação científica que realiza. "Queremos fazer com a ciência esteja disponível a todos de modo muito instigante", disse.

Realizado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), National Science Foundation (NSF), Ohio State University pelo Woodrow Wilson International Center for Scholars, a FAPESP Week continua em Washington até o dia 26.

Mudança de clima em Santarém: mito ou verdade?

Santarém, localizada ao oeste do Pará, é uma cidade de clima quente e úmido, com temperatura média anual de 28º C. A região tem apenas duas situações climáticas: a invernosa, período da chuva e do verão, clima seco época de muito sol. São seis meses que o santareno vive com uma temperatura alta com sol escaldante, que vai de junho até o final de novembro, início de dezembro quando começa a chover.

Sua localização é privilegiada, pois fica em meio à floresta e cercada por rios, mesmo assim não está livre das fortes temperaturas e nos últimos anos o município vive uma sensação de aumento na temperatura dando a impressão de mudança na sua climatologia.

Esse acontecimento vem sendo motivos de vários questionamentos por parte de pesquisadores e a própria população que vive essa sensação com o calor fora do normal em Santarém.

Falar em mudança de clima é meio complexo. Para um cidadão comum, um pequeno aumento de temperatura parece que o clima está mudando, já para um cientista não é bem assim, há uma explicação para tal acontecimento. A diferença é determinar o estado do caso a ser estudado. Por exemplo: clima urbano é local, chamada Ilha de Calor dado pela estrutura e mudança da paisagem da cidade, já a mudanças climáticas é global.

Uma coisa é você mudar o clima de determinado local de uma cidade, outra coisa é você mudar o clima global onde terá que aumentar a concentração de gases, principalmente de hidróxido de carbono que mais absorve radiação.

Vários fatores contribuem para esse acontecimento, como os provocados por fenômenos naturais ou por ações humanas tornando a cidade cada vez mais quente, fortalecendo a aparência de uma possível mudança no clima da cidade.

Você mexe no ambiente tirando a vegetação, está desmatando, com isso, baixa o nível de vapor d’água que joga na atmosfera e, consequentemente diminui a quantidade de nuvem e dar o impacto na chuva.

No clima geral do planeta terra essa alteração começou em estudos verificados por climatologistas a partir do século XVIII com a revolução industrial, onde foi verificado um grande aumento na poluição do ar e o aumento da temperatura mundial, com fenômeno do aquecimento global. No clima regional a alteração veio com o desenvolvimento urbano, serviço de pavimentação de ruas, construções de prédios e o alto índice de desmatamento.

O professor João Feitosa, meteorologista da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), participa de um grupo de pesquisadores em Belém responsável em verificar mensalmente o comportamento do clima de algumas cidades da Amazônia como Macapá, Belém, Santarém, Manaus e Boa Vista, e emitir boletins regularmente com os resultados.

Este projeto tem parceira com o Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), que iniciou em 2009 e tem como objetivo estudar algumas variáveis climáticas como temperatura, umidade relativa do ar, chuva, precipitação, irradiação e índice de calor.

Segundo o professor João Feitosa, em Santarém já existe um trabalho neste sentindo de observar o clima da cidade onde foi instalado um sensor no terreno da TV Encontro, na Avenida São Sebastião no centro da cidade e a previsão que seja colocado outro sensor num espaço da Capitania dos Portos no bairro da aldeia até 2012.

Feitosa afirma que em Santarém a temperatura tem se mantido estável, pois a cidade é banhada por rios que contribuem e equilibram a temperatura.

João Feitosa faz uma revelação surpreendente. Embora seja em pequena escala por incrível que pareça a temperatura de Santarém está um pouco mais elevada do que a temperatura da cidade de Manaus. O professor tem uma explicação para isso. Em Manaus, a velocidade do vento é menor, Santarém é mais ventilada, porém a temperatura do ar está maior na cidade de Manaus, mas é importante dizer que não está mudando a temperatura de Santarém, porque os dados ainda não permitem dizer isso, pois é preciso estudar vários anos para poder se afirmar que está mudando o clima de Santarém, acrescentou Feitosa.

As primeiras observações estão sendo feitas através de medição para daqui a alguns anos ter uma tendência do que está acontecendo com a temperatura da cidade, porque até agora a mudança é muita pequena, por exemplo, de 2009 para 2011 em termos médios é considerada insignificante. A maior dificuldade de se fazer uma observação mais precisa é que não existem dados anteriores para poder fazer uma comparação, a única estação que tinha em Santarém foi desinstalada há tempos atrás e os pesquisadores não tiveram acesso a ela, mas, de fato, os pesquisadores não tem observado uma mudança brusca na mudança do clima em Santarém.

O professor explica que, existem indicativos fortes em dados científicos na mudança da concentração de gazes na atmosfera, as vezes mudando a rotina na formação de gazes, os chamados gazes de efeitos estufa. Gases que fazem com que tenha um aquecimento em nosso planeta, entretanto a quantidade de gazes que dizem está mudando o nosso clima, são dados insuficientes para se afirmar categoricamente que estamos passando por uma mudança climática.

Segundo o professor João Feitosa, é importante dizer também, que para se afirmar que está mudando o clima, é preciso estar observando o clima durante vários anos 20, 30, 50 anos etc. Então não se pode afirmar que 1 ano, 2 anos ou um fato isolado está mudando o clima. Para se afirmar que está mudando o clima de um determinado lugar é preciso observá-lo durante muito tempo.

A temperatura do solo é um fator regulador do processo de troca de massa e energia com a atmosfera, desta maneira, influencia fortemente nos processos físicos, químicos e biológicos que ocorrem em superfície até determinadas profundidades, ocasionando a variação da temperatura.

Atualmente, a região vem passando por significativas mudanças no uso do solo pela forma desordenada de seu manejo para o uso da agricultara. Santarém é visto como um município que tem um grande potencial na área agrícola, porém esse tipo de desenvolvimento vem sendo feito de forma incorreta agredindo o meio ambiente.

Além disso, está existindo em Santarém um fenômeno chamado Ilha de calor, proporcionado por alguns fatores como a posição dos ventos, pela impermeabilidade do solo e outros, e isso faz com que aumente a temperatura onde está sendo feito o registro. Isto muita vezes é usado de forma por algumas pessoas que não sabem muito bem qual a diferença de mudança climática e ilha de calor, e usam o argumento para referendar para dizer que está acontecendo uma mudança climática, diferentemente de um especialista no ramo como um climatologista.

Então João Feitosa volta a dizer, uma coisa é mudança climática, outra coisa é Ilha de calor. A diferença está onde a Mudança Climática acontece totalmente na mudança de clima do Planeta provocados pela irradiação de gazes absolvidos, fazendo com que se tenha um aumento da temperatura média do Planeta, é como existem poucos dados para se afirmar isso, fica difícil embora uma grande parte de cientistas diga que está acontecendo, mas a quantidade de instrumentos utilizados serie insuficiente para isso.

Outra grande discussão é, quanto é que estar mudando. João Feitosa observa que alguns panoramas com estudos em painéis sobre mudanças climáticas tratam vários cenários desde o otimista até o pessimista com modelos matemáticos para tentar entender o que poderá acontecer com o planeta nos próximos 100 anos.

O clima é considerado muito dinâmico, podendo ocorrer inclusive erros numa previsão de 3, 4 meses onde o tempo é considerado arriscado. Para Feitosa, ainda é um grande desafio, pois a ciência precisa avançar para poder afirmar com maior segurança se realmente está mudando o clima em nosso planeta.

Já a Ilha de Calor é local, algo que acontece nas grandes cidades por causa do adensamento, pois um termômetro fixado em um local vai determinar uma temperatura provocada por vários objetos que estão em seu entorno. Então, tudo isso é chamada Ilha de Calor, que segundo o professor existe um estudo sendo feito em Santarém.

A Ilha de Calor é provocada pelas edificações, ausência de árvore, impendido a ventilação; sistema viário com cobertura de asfalto e toda estrutura física que a cidade possui, e isso dará a medida daquele local, mais não de uma medida regional ou do planeta.

O cientista também afirma que Santarém é uma cidade beira rio, e tem em seu entorno inúmeros igarapés e conta com uma grande floresta que contribui para amenizar esse problema, caso contrário a situação estaria mais complicada.
Com o desmatamento acelerado não só na região como vem ocorrendo em toda a Amazônia, a tendência é o calor aumentar principalmente no verão, pois ao invés de se plantar mais árvores, se derrubam muito mais, e ao contrário dos mananciais hídricos crescerem suas águas, eles secam cada vez mais, contribuindo para o aumento do calor.

O professor dar uma dica para minimizar o desconforto térmico que a população santarena está vivendo, e vai ajudar a preservar o meio ambiente. Uma delas está relacionada ao poder público em evitar edificações em frente à cidade, edificações verticalizadas, coisa que até agora foi possível.

Outra situação, a construção das casas evitando cobertura com telhas que aquecem demais, utilizando as de barros com cores claras que refletem bastante a radiação; plantar árvore; o traje na utilização de roupas claras, evitando as escuras que absorvem bastante a radiação. São fatores que embora pequenos, somam e podem contribuir para uma melhor qualidade de vida da população de Santarém, que tem uma temperatura média de 28ºC durante o ano.

Igarapé de Urumari

Um fator importante que também colabora para o aumento do calor são os crimes constatados nos Igarapés, principalmente em suas margens que estão sendo desmatadas e, com a retirada de sua mata ciliar que protege seu assoreamento, eles vão secando e colaboram para o aumento do calor.

Um exemplo disso é o igarapé do Urumarí considerado um dos maiores da cidade (o maior seria do Irurá), com aproximadamente 12 km de extensão, e seria o seguimento do igarapé do Irurá, passando por seis bairros da cidade e desembocando no rio amazonas no bairro área verde.

A professora Sílvia Correa, bióloga e pós-graduada em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, desenvolveu um trabalho acadêmico na Faculdade de Tecnologia Internacional (FATEC), sobre um dos principais mananciais hídricos da cidade de Santarém, o Igarapé do Urumari.

Impactos Perceptíveis ao Meio Ambiente: Um olhar para o Igarapé do Urumari é o tema do trabalho que fala da atual realidade de agressão ao meio ambiente natural que serve de habitat para uma riqueza significativa de seres vivos, marcado por palmeiras em suas margens, árvores típicas da mata ciliar, que servem de proteção e fonte de alimentação para qualquer recurso hídrico e tem predominância dos buritizeiros ou miritizeiros, que contribuem não apenas para a beleza do igarapé, mas tem uma função ecológica de extrema importância.

Segundo a professora Sílvia Correa, o Igarapé do Urumari nos últimos anos vem sendo impactado de forma intensa e violenta, seja pela própria falta de informação, falta de planejamento urbano, como pela negligência e ganância de alguns, que trazem como conseqüência a poluição, a contaminação, desmatamento e assoreamento, males que assolam e degradam este ecossistema.

Para a bióloga, tal situação por si só, exige políticas ambientais dos órgãos competentes e do poder público para minimizar os impactos decorrentes da ação humana e assim termos o que ainda nos resta deste manancial, tão relevante para os organismos da fauna e flora, quanto para nós seres humanos.

“É preciso que cada ser humano tenha noção ampla de que o Igarapé é um recurso natural e precisa ser preservada” por isso a bióloga afirma que o fato de que a própria Administração Pública, por seguidos Governos, vem cometendo crime ambiental quando falta com o dever de organizar políticas públicas voltadas ao meio ambiente e, com a política do “desgoverno”, os agressores sentem-se confortáveis para continuar agindo, pois impera a certeza da impunidade.

Diante disso acreditamos que, é preciso que se crie campanhas de conscientização da população para os riscos da poluição, buscando a harmonia entre a natureza e a urbanização, melhor planejamento da cidade, evitando o surgimentos de bairros desordenados, cooperação com as entidades de proteção ambiental. Investimentos nas fontes alternativas de energia e na elaboração de novos tipos de combustíveis, maior controle e fiscalização sobre desmatamentos e incêndios nas matas e florestas, proteção e conservação dos parques ecológicos, Incentivo à população para plantar árvores. Assim fazendo estaremos colaborando para um meio ambiente mais saudável.

Do contrário, caso não haja uma rigorosa legislação, com penalizações pesadas para as pessoas e instituições que não estiverem de acordo com as leis, cometendo crimes ambientais daqui a poucos anos nossos filhos e netos irão sentir maiores conseqüências.

Então se faz necessário que os orgãos competentes como o IBAMA, as secretarias de meio ambiente do estado e município e o próprio ministério do meio ambiente tomem providencias enquanto a tempo de se salvar a floresta amazônica para mais tarde não vejamos a população santarena, o povo brasileiro e até mundial, pois a floresta influencia em todo planeta sofrer graves conseqüências. (MA)






Minael Andrade (*)


* Santareno, é jornalista e faz especialização em Jornalismo Científico na UFOPA.

Cientistas debatem impacto dos incêndios florestais no meio ambiente

As comissões de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), e de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização (CMA) realizaram audiência conjunta na próxima terça-feira (25), a partir das 14h, para discutir os impactos dos incêndios florestais no meio ambiente e na produção agrícola.

A reunião foi requerida por sugestão dos senadores Jorge Viana (PT-AC), Rodrigo Rollemberg (PDT-DF), Acir Gurgacz (PDT-RO) e Eduardo Braga (PMDB-AM) devido ao grande número de incêndios e queimadas registrados nos últimos meses em todo o país.

Os especialistas debaterão formas de prevenção e políticas públicas sobre o assunto. Uma das preocupações dos senadores é o aumento da emissão de carbono provocado pelas queimadas. No Brasil, os incêndios florestais são os principais responsáveis pela liberação na atmosfera dos gases causadores do efeito estufa.

Foram convidados para o debate o pesquisador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Serviços Ambientais da Amazônia (Servamb) Irving Forster Brown; a professora do Departamento de Ecologia da Universidade de São Paulo (USP) Vânia Pivello; o professor do Departamento de Ecologia da USP Leopoldo Coutinho; a professora do Departamento de Ecologia da Universidade de Brasília (UnB) Heloísa Miranda; e o secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Bráulio Ferreira de Souza Dias.

Alto Solimões sedia evento pioneiro em empreendedorismo

Seminário é destinado a atuais e futuros empresários da Região do Alto Solimões que compreende nove municípios.


O Sebrae realiza, nos dias 23 e 24 deste mês, o I Seminário de Empreendedorismo do Alto Solimões, uma iniciativa pioneira que tem por objetivo gerar conhecimento e levar informação aos micro e pequenos empresários dessa região do Amazonas, localizada ao extremo Oeste do Estado. O evento será realizado no auditório do Instituto Federal do Amazonas (Ifam) em Tabatinga (a 1.105 quilômetros de Manaus).

O Seminário é destinado a atuais e futuros empresários da Região do Alto Solimões que compreende os municípios de Tonantins, Santo Antonio do Içá, Amaturá, São Paulo de Olivença, Benjamim Constant, Atalaia do Norte, Fonte Boa, Jutaí e Tabatinga. A participação é gratuita. Informações (97) 3412-4213.

Durante o evento, pelo menos 11 instituições públicas, entre órgãos federais e estaduais, deverão apresentar seus produtos e serviços que estão à disposição ou diretamente relacionados ao funcionamento legal dos empreendimentos, às questões legais, trabalhistas, tributárias, ou creditícias das micro e pequenas empresas.

“Queremos reunir num único evento grande parte dos empresários e fazer com que eles assistam e interajam com as diversas instituições públicas, tais como a Receita Federal, o INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) e MTE (Ministério do Trabalho), entre outras. Trata-se de um grande seminário de esclarecimento para quem já é para quem deseja ser um empresário no Alto Solimões”, explica o coordenador do Sebrae em Tabatinga, Leocy Cutrim.

De acordo com a programação, haverá palestra sobre linhas de crédito oferecidas pelo Banco do Brasil.

Márcio Vieira

Ministério da Agricultura cria grupo para a Rio+20

O Ministério da Agricultura criou um grupo de trabalho para debater e propor ações necessárias à articulação da pasta na organização da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável - Rio+20. O objetivo é participar ativamente do evento marcado para 4 a 6 de junho de 2012, no Rio de Janeiro. A criação do grupo foi oficializada no Diário Oficial da União (DOU) de ontem, 20, por meio da Portaria nº 871, de acordo com comunicado do Ministério.

O grupo será composto por representantes da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A coordenação cabe à SDC. Entre as atribuições iniciais do comitê está prevista a definição de um texto em nome do governo federal sobre a interface entre economia verde e o combate à pobreza. O documento será elaborado em conjunto com todos os ministérios e deverá ser entregue até o dia 1º de novembro.

Outra tarefa é preparar um material específico do setor agropecuário - em parceria com órgãos e entidades agrícolas - abordando a importância da agricultura para a questão ambiental. Na carta, serão citadas iniciativas como o Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), trabalhos da pesquisa agropecuária para a sustentabilidade, compromissos do segmento com a biodiversidade e ações para reduzir o aquecimento global.

Os temas e encaminhamentos da equipe serão informados e submetidos à apreciação da Secretaria-Executiva do Ministério da Agricultura. O grupo se reunirá mensalmente e poderá convidar outros representantes e especialistas de entidades públicas e privadas para as reuniões com o objetivo de auxiliar em suas atividades.

Centro de Estudos da Metrópole seleciona recém-doutores

O Centro de Estudos da Metrópole (CEM), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) da FAPESP, abriu processo de seleção de recém-doutores, que serão incorporados por meio de bolsas de pós-doutoramento da FAPESP e de outras instituições de fomento à pesquisa.

A seleção será feita em duas etapas. Na primeira fase serão analisados o curriculum vitae do candidato e seu projeto de pesquisa.

De acordo com a coordenação do CEM, nesta fase serão avaliados o perfil e trajetória do candidato em relação à qualidade científica da proposta apresentada, tendo em vista sua articulação com as linhas de pesquisa do Centro. Os pré-classificados nesta primeira etapa serão convocados para uma entrevista com a comissão de seleção.

O número final de selecionados, até o máximo de três bolsas de pós-doutoramento, dependerá da avaliação do mérito das propostas e do desempenho dos candidatos nas entrevistas.

O prazo para envio de propostas será encerrado no dia 16 de dezembro (data de postagem no correio ou de envio pela internet). O resultado da primeira fase será divulgado até o dia 20 de dezembro, quando serão indicados os candidatos selecionados para entrevista, que será realizada na sede do CEM ou via Skype, em data a ser indicada no momento da divulgação dos resultados da primeira etapa.

As propostas podem ser enviadas via internet, para o e-mail posdoc.2011@cmetropole.org.br ou pelo correio para o endereço R. Morgado de Mateus, nº 615, Vila Mariana, São Paulo - SP, CEP 04015-902, aos cuidados de Mariza Nunes, da Secretaria do CEM.

A vaga está aberta a brasileiros e estrangeiros. O selecionado receberá Bolsa de Pós-Doutorado da FAPESP, no valor de R$ 5.333,40 mensais.

Outras vagas de Bolsas de Pós-Doutorado, em diversas áreas do conhecimento, estão no site FAPESP-Oportunidades, em www.oportunidades.fapesp.br.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Banco Comunitário paraense é finalista do Prêmio Fundação BB de Tecnologia Social 2011, categoria Região Norte






O Banco Comunitário Muiraquitã foi criado pelo Coletivo Puraqué e financia pequenos empreendimentos, promove consórcios solidários e possibilita a troca de produtos e serviços entre a comunidade.


 A iniciativa também atua por meio de uma moeda social, estimulando o desenvolvimento e a sustentabilidade de três bairros de Santarém, no Pará. A tecnologia social teve início após a II Feira de Cultura Digital dos Bairros e Comunidades de Santarém, em 2010. Como forma de mobilizar os moradores sobre a importância da coleta seletiva, o Coletivo Puraqué montou um posto para troca de material reciclável por moedas Muiraquitãs, que em seguida poderiam ser utilizadas na própria Feira.

O Coletivo Puraqué tem como missão promover inclusão digital e, por isso, já desenvolvia ações com foco na utilização de software livre e na metarreciclagem de equipamentos de informática. Por isso, o Banco Comunitário Muiraquitã, além de atuar com empresas e microempreendedores concedendo crédito de até R$ 10 mil muiraquitãs, também incentiva que os moradores de Santarenzinho, Liberdade e Amparo troquem material reciclável pela moeda social e, assim, possam adquirir computadores e periféricos reciclados, com preços reduzidos. Para se ter uma ideia, cada quilo de garrafa PET corresponde a 1 Muiraquitã, que vale R$ 1,50. Além da aquisição de computadores metarreciclados, os muiraquitãs são aceitos na inscrição para palestras, cursos, na gravação de CDs e DVDs, no acesso à internet e na utilização dos espaços e dependências da Casa Puraqué para reuniões e pequenos eventos.

Para incentivar a circulação da moeda, são realizadas, periodicamente, feiras de cultura digital nos bairros de Santarém, além do envolvimento de comerciantes da localidade no projeto. O Banco Comunitário também incentiva que os moradores montem negócios digitais, como cybers cafés, lanhouses, escolas de informática, cineclubes e pontos de cultura. A meta para 2011 é instalar um estúdio de gravação musical para investir em bandas locais.

Segundo Jader Ribeiro, responsável pela Tecnologia Social, a redução na quantidade de lixo nas ruas, a preocupação com o meio ambiente e as doações para metarreciclagem são os principais resultados observados: “a população incorporou o espírito de colaboração e preservação do espaço em que vive. Foram cerca de 10 toneladas de lixo reciclado e com a circulação da moeda, várias atividades de cultura digital puderam ser viabilizadas. Já foram realizadas 5 palestras sobre coleta seletiva e 10 encontros que abordaram a importância do software livre e a ética no ambiente virtual”, conclui

Prêmio
Criado em 2001, o Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2011 é a 6º edição da premiação e conta com o patrocínio da Petrobras e com o apoio institucional da Unesco, do Ministério da Ciência e Tecnologia e da KPMG Auditores Independentes. Realizada a cada dois anos, a premiação certifica tecnologias sociais selecionadas segundo critérios de reaplicabilidade, efetividade da transformação social e interação com a comunidade. Das 264 experiências certificadas, foram escolhidas 27 finalistas, de acordo com critérios de mérito, efetividade e resultado alcançado. Esse ano, o prêmio teve 1116 inscritos. As categorias do Prêmio são: Região Sudeste, Região Norte, Região Nordeste, Região Sul, Região Centro-Oeste, Direitos da Criança e do Adolescente e Protagonismo Juvenil, Gestão de Recursos Hídricos, Tecnologia Social na Construção de Políticas Públicas para a Erradicação da Pobreza e Participação de Mulheres na Gestão de Tecnologias Sociais. Cerca de R$ 700 mil serão oferecidos aos vencedores, além de um vídeo institucional e folders para que as iniciativas possam divulgar seus trabalhos.

Tecnologia Social
Tecnologia Social compreende produtos, técnicas ou metodologias reaplicáveis, desenvolvidas na interação com a comunidade e que representam efetivas soluções de transformação social. As Tecnologias Sociais certificadas pela Fundação Banco do Brasil integram o Banco de Tecnologias Sociais (BTS), base de dados on-line disponível no endereço www.fbb.org.br/tecnologiasocial, contendo informações sobre as tecnologias e instituições que as desenvolveram. O BTS é o principal instrumento utilizado pela Fundação BB para disseminar, promover e fomentar a reaplicação de Tecnologias Sociais.

Produção orgânica que assegura trabalho e renda no interior do Pará é finalista do Prêmio Fundação BB de Tecnologia Social 2011, categoria Região Norte



A Tecnologia Social “Redes de Produção Agroecológica e Solidária” busca fortalecer a produção familiar sem o uso de agrotóxicos, gerando trabalho e renda no campo de maneira sustentável e ambientalmente responsável. Um dos destaques da Tecnologia é o seu processo organizacional, planejado com o envolvimento dos agricultores e focado na comercialização e na integração do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), com o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e a venda direta ao consumidor.


A TS abrange o Território da Cidadania do Tocantins, no Estado do Pará, e atua em 7 municípios - Cametá, Limoeiro do Ajuru, Oeiras do Pará, Mocajuba, Igarapé Miri, Abaetetuba e Tailândia. A agricultura familiar é o principal meio de sobrevivência dos moradores dessas localidades, que sofreram nos últimos anos com a diminuição da fertilidade dos solos, com a diminuição dos recursos florestais e, principalmente, com a variação de preço de frutas e hortaliças no mercado.

Criada pela APACC (Associação Paraense de Apoio as Comunidades Carentes), a Tecnologia Social inclui agricultores familiares, pescadores, assentados da reforma agrária, quilombolas e outros extrativistas em processos de comercialização justos e solidários, contribuindo com o fortalecimento de suas capacidades produtivas e comerciais. Qualificações, intercâmbios técnicos, estruturação e momentos de debates sobre meios de comercialização são as principais ações da instituição.
Mais de 350 agricultores já foram capacitados pela APACC, que também promove visitas e estudos de mercado, incentivando a comercialização em rede. A Associação também organiza feiras com o objetivo de sensibilizar moradores, organizações e empresas sobre a importância do consumo consciente. Polpas de frutas, mel de abelha, frutos do mar, biscoitos e farinhas são os produtos mais vendidos. Destaque, ainda, para a participação de mulheres e idosos na iniciativa.

Prêmio
Criado em 2001, o Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2011 é a 6º edição da premiação e conta com o patrocínio da Petrobras e com o apoio institucional da Unesco, do Ministério da Ciência e Tecnologia e da KPMG Auditores Independentes. Realizada a cada dois anos, a premiação certifica tecnologias sociais selecionadas segundo critérios de reaplicabilidade, efetividade da transformação social e interação com a comunidade. Das 264 experiências certificadas, foram escolhidas 27 finalistas, de acordo com critérios de mérito, efetividade e resultado alcançado. Esse ano, o prêmio teve 1116 inscritos.

As categorias do Prêmio são: Região Sudeste, Região Norte, Região Nordeste, Região Sul, Região Centro-Oeste, Direitos da Criança e do Adolescente e Protagonismo Juvenil, Gestão de Recursos Hídricos, Tecnologia Social na Construção de Políticas Públicas para a Erradicação da Pobreza e Participação de Mulheres na Gestão de Tecnologias Sociais. Cerca de R$ 700 mil serão oferecidos aos vencedores, além de um vídeo institucional e folders para que as iniciativas possam divulgar seus trabalhos.

Tecnologia Social
Tecnologia Social compreende produtos, técnicas ou metodologias reaplicáveis, desenvolvidas na interação com a comunidade e que representam efetivas soluções de transformação social. As Tecnologias Sociais certificadas pela Fundação Banco do Brasil integram o Banco de Tecnologias Sociais (BTS), base de dados on-line disponível no endereço www.fbb.org.br/tecnologiasocial, contendo informações sobre as tecnologias e instituições que as desenvolveram. O BTS é o principal instrumento utilizado pela Fundação BB para disseminar, promover e fomentar a reaplicação de Tecnologias Sociais.

Dilma inaugura ponte Rio Negro e prorroga ZFM por mais 50 anos

Durante a cerimônia de inauguração da Ponte Rio Negro, que mede 3.595 metros e custou aproximadamente R$ 1 bilhão, a presidente Dilma Rousseff anunciou o presente prometido em sua última visita à cidade para o aniversário dos 342 anos da capital amazonense: a prorrogação da Zona Franca de Manaus por mais 50 anos e a extensão dos benefícios para a região metropolitana.

A presidente assinou Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que prorroga por mais 50 anos a vigência da Zona Franca de Manaus, que deverá ser encaminhada à Câmara e ao Senado para aprovação. Dilma ressaltou que a prorrogação, aliada à ponte, trará a geração de emprego e possibilitará a preservação do meio ambiente.

A Ponte Rio Negro é considerada a maior ponte estaiada (com 400 metros de trecho suspensos por cabos) do Brasil em águas fluviais e a segunda no mundo, atrás apenas da ponte sobre o rio Orinoco, na Venezuela.

Ao lado do Teatro Amazonas, a ponte vem sendo considerada o maior e mais importante monumento arquitetônico do Estado, além de representar um marco na integração da Região Metropolitana de Manaus (RMM), criada em 2007 com oito municípios amazonenses e cerca de 2 milhões de habitantes.

Rodada de Negócios da Fiam é oportunidade de exportação para empresas locais

As inscrições para a Rodada de Negócios são gratuitas e devem ser feitas no site da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). Basta clicar no ícone ‘Rodada de Negócios’, ler as instruções e fazer o cadastro on line, clicando no comando ‘Inscrição’.


Continuam abertas as inscrições para micro e pequenas empresas interessadas em participar da Rodada de Negócios, um encontro empresarial em que empresas locais apresentam seus produtos e serviços a empresas estrangeiras. A Rodada ocorre no dia 27 deste mês, como parte da programação da Feira Internacional da Amazônia (Fiam 2011), o maior evento de negócios da Amazônia que acontece de 26 a 29 deste mês em Manaus, no Studio 5 Centro de Convenções, zona Centro-Sul de Manaus.

As inscrições para a Rodada de Negócios são gratuitas e devem ser feitas no site da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). Basta clicar no ícone ‘Rodada de Negócios’, ler as instruções e fazer o cadastro on line, clicando no comando ‘Inscrição’. Caso o interessado tenha problemas de internet, o mesmo pode se dirigir à sede do Sebrae, na rua Leonardo Malcher, Centro, para fazer sua inscrição. Informações (92) 2121-4940 / 2121-4960.

Grandes empresas do Equador, Angola, Estados Unidos, Canadá, Irã, Espanha, Itália e Portugal já estão inscritas como empresas-âncoras, ou seja, aquelas que são as potencias compradores de produtos regionais. Ao todo, estão cadastradas 26 empresas-âncoras (sendo 13 nacionais, de 10 Estados diferentes; e as demais do exterior). Os produtos de interesses dessas companhias são artesanato, fitoterápicos, madeira e móveis, alimentos, bebidas e produtos orgânicos. De acordo com a gerente da Unidade de Acesso a Mercado do Sebrae no Amazonas, Vanusa Chagas, qualquer empresas local, inclusive as de médio porte, podem participar, desde que ofereçam os produtos regionais selecionados.

Podem se inscrever empresas dos sete estados da Região Norte (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins). “A Fiam já é uma grande vitrine dos nossos produtos, mas a Rodada é a oportunidade de o empresário local estar frente a frente com uma grande empresa e, ao fazer um bom negócio, passa a atuar num mercado cada vez mais global”, destaca o diretor-superintendente do Sebrae no Amazonas, Nelson Rocha.

A Rodada de Negócios é coordenada pelo Sebrae e, a cada edição, são realizadas cerca de 400 reuniões de negócios por dia, resultado na geração de negócios a curto e médio prazo da ordem de R$ 11 milhões, segundo números da edição anterior.

Reconhecida como o maior evento de promoção dos produtos amazônicos, a Fiam é promovida pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), por meio da Suframa.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Modernidade marca atual fase do turismo rural brasileiro

A ‘2ª edição do Panorama Empresarial do Turismo Rural’ aponta realidade e tendências do setor

Modernidade e profissionalismo sem perder a ruralidade. Este é o novo modelo do turismo rural brasileiro identificado na ‘2ª edição do Panorama Empresarial do Turismo Rural’. O levantamento foi feito com 45 empresas do setor de 18 estados que participaram da 3ª Rodada de Negócios realizada na Feira Nacional de Turismo Rural (Feiratur), em setembro deste ano. A ação é resultado da parceria do Sebrae e do Instituto de Desenvolvimento do Turismo Rural (Idestur).

“O documento identifica a realidade e o perfil do empresário da atividade e aponta as tendências do setor”, explica a coordenadora nacional de projetos de Turismo do Sebrae, Lara Chicuta. O levantamento identifica a presença de ‘novos rurais’. São pessoas que, após alcançarem um patamar de qualidade de vida nos centros urbanos, optaram por investir em atividades no setor, trazendo renovação, criando marcas, liderando grupos e fortalecendo destinos.

O Brasil está na quarta posição mundial no desenvolvimento da atividade. O levantamento aponta que até 2014 o país irá avançar no ranking. A tendência foi percebida durante a 3ª Rodada de Negócios de Turismo Rural, na qual foram realizados 130 encontros comerciais e gerados R$ 3,6 milhões em negócios. O setor possui desafios, como a profissionalização da atividade, a qualificação de mão de obra, o acesso a novos mercados e a preocupação com os impactos sociais e ambientais.

Raio X
Para elaboração da ‘2ª edição do Panorama Empresarial do Turismo Rural’, 45 empresas responderam questionário elaborado pelo Sebrae e Idestur. O agroturismo apresentou-se como um dos principais produtos ofertados do turismo rural (14%), assim como o turismo rural pedagógico (14%), seguido por restaurante rural (12%). Esse resultado demonstra que o turista necessita de infraestrutura de hospedagem e alimentação durante sua estada no destino escolhido.

Também se constata que os empresários do setor estão buscando se profissionalizar mais. Isso porque 79% dos entrevistados responderam que já haviam participado de uma rodada de negócios. Outro aspecto que demonstra amadurecimento é que 100% dos empresários afirmaram possuir tarifário de seus produtos e serviços. A medida facilita a negociação com as operadoras de turismo e clientes e permite melhor distribuição dos produtos no mercado.

O levantamento aponta ainda que existe crescimento de novos empresários, com um a seis anos de experiência no mercado. Por outro lado, há poucas empresas antigas, ou seja, com mais de dez anos. “Uma nova geração participa do segmento do turismo, com novas ideias e principalmente espírito empreendedor. A experiência dos pioneiros, combinada com a inovação e a profissionalização, apresenta um futuro otimista”, ressalta Lara Chicuta.

Os entrevistados indicaram o Sebrae (33%) como a entidade que mais dá apoio aos empresários do turismo rural, seguido do governo municipal (16%). “A entidade vem se consolidando como apoiador desta atividade, contribuindo na realização de eventos e rodadas de negócios, com visão estratégica para desenvolvimento do setor”, afirma Lara.

Segundo os empresários do setor, 30% dos clientes têm origem regional, 26%, estadual, e 19% vêm de outros estados. Isto demonstra a tendência do ‘turismo de proximidade’, na qual o visitante procura destinos mais próximos de sua origem. Chama a atenção o fato de 25% dos clientes virem do exterior. “O turista de outros países quer mais que praia e sol. Ele quer conhecer a cultura brasileira, muita ligada ao turismo rural’, analisa Lara.

Para acessar a íntegra da ‘2ª edição do Panorama Empresarial do Turismo Rural’, acesse:



UNIFESP RECRUTA VOLUNTÁRIOS

A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), reconhecida pelo desenvolvimento de pesquisas e estudos científicos, oferece vagas para voluntários nas seguintes áreas:

OBESIDADE E QUALIDADE DE VIDA
O Grupo de Estudos da Obesidade (GEO) da UNIFESP – Campus Baixada Santista está recrutando voluntários, homens e mulheres, moradores de Santos e região, com idade entre 30 e 50 anos e que tenham o Índice de Massa Corporal (IMC) entre 30 e 40 kg/m2 para participarem de um programa gratuito de mudanças no estilo de vida, com orientações clínicas, nutricionais, psicológicas e programa de exercício físico.

A intervenção terá duração de 1 ano, com início em janeiro de 2012 e término em novembro de 2012. Os voluntários devem ter disponibilidade no período da noite 3 vezes na semana. Para dar início às atividades, o voluntário deverá apresentar um atestado médico e um eletrocardiograma de esforço.

Os interessados devem entrar em contato pelo e-mail triagem.unifesp@gmail.com ou pelo telefone (13) 9133-0143, no período de 03/10/11 a 11/11/11, de 2ª a 6° feira das 09h às 12h e das 14h às 16H30 h.

As vagas são limitadas e o grupo não se responsabiliza pelas despesas de transporte e alimentação.

PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA COM PÉ CHATO (PÉ PLANO)

O Campus Baixada Santista da Unifesp esta recrutando voluntários para participar de uma pesquisa sobre prevenção de lesão nas pernas.

Podem participar do estudo homens e mulheres com idade entre 18 e 30 anos, que sejam praticantes regulares de atividade física. Após a seleção, serão realizadas avaliações físicas nas pernas para identificar os voluntários com pé chato, que serão submetidos a sessões com exercícios para prevenir lesões que poderão prejudicar suas atividades diárias. São oferecidas 100 vagas.

Os interessados podem entrar em contato no telefone (13) 8811-7905 ou no endereço eletrônico tayla.fisio@yahoo.com.br.

Sobre a Unifesp
Criada oficialmente em 1994, a Unifesp originou-se da Escola Paulista de Medicina (EPM), entidade privada fundada em 1933 que foi federalizada em 1956. Em 1940, a EPM inaugurou o Hospital São Paulo, primeiro hospital-escola do País, que hoje é o Hospital Universitário da Unifesp, localizado no campus São Paulo, no bairro Vila Clementino.

Na ocasião da criação da Unifesp, a instituição era a primeira universidade brasileira especializada em Saúde, abrigando em seu currículo de graduação os cursos de Medicina, Enfermagem, Biomedicina, Fonoaudiologia e Tecnologias Oftálmica e Radiológica.

Em 2005, iniciou-se o projeto de expansão por meio do Programa de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), coordenado pelo Ministério da Educação (MEC), com a criação do campus Baixada Santista. Em 2006, foi criado o campus Guarulhos, seguido de Diadema e São José dos Campos, em 2007, dando seguimento ao processo de ampliação. O ambicioso processo de expansão fez com que a Universidade saltasse de um para cinco campi e de cinco para 28 cursos. Com os novos campi, a Instituição deixou de atuar exclusivamente no campo da saúde, inaugurando cursos nas áreas de Humanas (Guarulhos), Exatas (São José dos Campos) e Biológicas (Diadema). O campus Osasco, com início das aulas previsto para o primeiro semestre de 2011, será voltado para a área de Negócios. No Vestibular 2011, a instituição oferece 2.669 vagas em 33 cursos de Graduação.

Atualmente, a Unifesp conta com 6.442 alunos matriculados nos cursos de Graduação, além de 2,7 mil discentes em 50 programas de Pós-Graduação Stricto Sensu (Doutorado, Mestrado Acadêmico e Mestrado Profissionalizante) e 6.296 na Pós Graduação Lato Sensu (Especialização e Aperfeiçoamento,). Além disso, a instituição conta com 800 discentes no maior programa de residência médica do Brasil.

A Unifesp tem em seu quadro 1.163 docentes, sendo que 95% possuem título de doutor, um percentual que marca a qualidade de ensino oferecida pela Instituição.

No segundo semestre de 2010, tiveram início as atividades do campus avançado de Extensão Universitária da Unifesp, o primeiro deste tipo no Brasil, implantado no município de Embu das Artes, na Região Metropolitana de São Paulo. O campus avançado de extensão universitária da região de Santo Amaro, na capital paulista, também inicia suas atividades no começo de 2011.

Fórum de Investidores da FIAM 2011 terá projetos do Amazonas, Pará e Rondônia

Onze projetos foram selecionados para participar do Fórum de Investidores, uma das novidades deste ano da Feira Internacional da Amazônia (FIAM 2011), cuja abertura oficial acontece no próximo dia 26 (quarta-feira), no Studio 5 Centro de Convenções, em Manaus (Amazonas). O Fórum integra a programação do Salão de Negócios Criativos, uma realização da Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA) e Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

Os planos de negócios escolhidos são dos Estados do Amazonas, Pará e Rondônia. Três deles são voltados à aplicação no segmento industrial:o projeto da empresa Freitas Tsouris Logística Reversa, que tem por objetivo agregar valor aos resíduos eletroeletrônicos de indústrias; o projeto da Metalmil para fabricação de turbina de energia eólica amazônica; e ainda o idealizado pelo empresário Michel Blind, voltado ao aproveitamento de mantas de esponjas vegetais para substituição gradativa de poliuretano em selas de motocicletas, sendo este o único projeto de iniciativa de pessoa física selecionado para o fórum.

Outras propostas visam ao desenvolvimento das potencialidades regionais, como é o caso dos projetos da empresa Pronatus do Amazonas, cuja finalidade é a fabricação de cosméticos com efeito clareador e de antissinais a partir do uso do extrato da casca do mulateiro; da Delicatessem Pescado, o qual visa à ampliação da industrialização e comercialização de produtos a base de pescado com maior valor agregado a partir da aplicação de tecnologias modernas; e ainda, o projeto da Oiram Indústria de Produtos Alimentícios para produção de bebida alcoólica fermentada de cupuaçu.

Também foram selecionadas propostas das empresas Solve (Tecnologia e inovação em manuseio de materiais formados por partículas); Neoradix (Tecnologias de automação na Amazônia, para a Amazônia e o mundo); Ecoete – Engenharia e Equipamentos para saneamento ambiental Ltda (Estação compacta para tratamento ecológico de esgotos de fluxo ascendente); Pentop do Brasil (Guia de turismo sonorizado da cidade de Manaus); e Amazon Dreams (Modelo de negócio baseado na inovação e responsabilidade socioambiental).

As empresas receberão treinamento preparatório para o fórum a ser realizado por técnicos do Centro de Biotecnologia da Amazônia nos dias 20 e 21 deste mês. No caso das empresas de outros Estados, participarão do treinamento por meio de videoconferência. Os investidores convidados são representantes da Associação Brasileira de Private Equity&Venture Capital, Inseed Investimentos, Peforma Investimentos, Merchant-Edge, Hubz e K&C Investimentos.