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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Evento reúne representantes do setor elétrico mundial em Tucuruí (PA)

Autoridades do setor elétrico mundial estão reunidas, ontem e hoje (23), no Centro Cultural da Eletrobras Eletronorte, em Tucuruí (PA), para debater o desenvolvimento sustentável de projetos de empreendimentos hidrelétricos. Representantes de países como Brasil, França, Canadá, Rússia, Paraguai, Uruguai, Panamá e Chile participam do evento, que é promovido pela Comissão de Integração Energética Regional (Cier) e pela Global Sustainable Electricity Partnership (GSEP), organização da qual a Eletrobras faz parte, composta pelas maiores empresas de energia elétrica do mundo.

O encontro abre uma série de workshops da GSEP com o objetivo de difundir as melhores práticas de sustentabilidade em grandes centrais hidrelétricas. O Brasil foi escolhido, dentre os 11 países-membros da organização, para sediar a primeira edição do evento por ser considerado modelo em geração de energia sustentável. “Isso representa o reconhecimento em nível mundial da nossa experiência em implantação de grandes usinas e da importância das hidrelétricas como fator de desenvolvimento econômico e humano”, afirmou o superintendente da Coordenação Geral da Presidência da Eletrobras, Luiz Augusto Figueira.

Na abertura do evento, o presidente da Eletrobras Eletronorte, Josias Matos de Araújo, destacou as ações socioambientais realizadas pela empresa nas comunidades do entorno da hidrelétrica Tucuruí, no rio Tocantins (PA), como o Plano de Inserção Regional e o Plano Popular de Desenvolvimento Sustentável da Região a Jusante da UHE Tucuruí. “Por meio desses programas, a Eletronorte vai investir, em 20 anos, R$ 360 milhões em projetos de saúde pública, educação, meio ambiente, desenvolvimento urbano e agricultura familiar”, disse Araújo. Tucuruí, a maior hidrelétrica totalmente brasileira, com capacidade instalada de 8.370 MW, comemorou ontem (22) 27 anos de sua inauguração. 

O representante da Cier, Carlos Mascimo, enfatizou o potencial hidrelétrico da América Latina. “As hidrelétricas têm um papel importante na matriz energética desses países e espera-se que, no futuro, tenham uma importância ainda maior”, afirmou Mascimo. Na Amazônia, as usinas em construção e em estudos, como Belo Monte, no rio Xingu (PA), Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira (RO), e o Complexo Tapajós, na bacia do rio Tapajós (PA), somam cerca de 42 mil megawatts de capacidade instalada.

“A hidreletricidade é a energia mais sustentável do mundo. As hidrelétricas têm uma enorme capacidade de contribuir para o desenvolvimento local e para a erradicação da pobreza. Além disso, ajudam a reduzir as emissões de CO2”, destacou Martine Provost, diretora executiva da GSEP. A organização participará da 17ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-17), que acontece de 28 de novembro a 9 de dezembro, na África do Sul. A GSEP é composta pelas empresas líderes do setor elétrico mundial: Eletrobras (Brasil), American Electric Power (Estados Unidos), Duke Energy (Estados Unidos), Électricité de France (França), Enel S.p.a. (Itália), Eskom (África do Sul), Hydro-Québec (Canadá), RusHydro (Rússia), Kansai Electric Power Company (Japão), RWE AG (Alemanha), State Grid Corporation of China (China), CFE (México) e Tepco (Japão).


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