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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Em Festa do Cacau, Emater ministra palestras sobre sustentabilidade

Duas palestras sobre práticas agroecológicas, ministradas por especialistas da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), enriquecerão a programação da 12ª Festa do Cacau do Estado do Pará, que será realizada de 24 a 26 de novembro em Tucumã, município do sul do estado. O evento, promovido pela Secretaria de Estado de Agricultura (Sagri) em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Caucaeira (Ceplac), tem o apoio da Emater.

As palestras da Emater, voltadas para agricultores e técnicos da área, serão concomitantes: estão programadas para serem realizadas das 14h às 15h30 de sábado (26). Enquanto o engenheiro agrônomo Raimundo Ribeiro falará de “produção agrícola e sustentabilidade socioambiental”, a veterinária Iale Silva abordará o tema “alimentação alternativa na agropecuária integrada”.

Ribeiro é mestre em ciências florestais e especialista em extensão rural e gestão estratégica em extensão rural. Também tem curso de aperfeiçoamento em educação ambiental. “Minha fala consiste em críticas construtivas ao modelo atual da agricultura moderna, formulado na revolução verde, pelo qual não existem preocupações quanto aos recursos naturais: florestas, solo e água. O padrão tecnológico desse modelo degrada os recursos e provoca danos no planeta como um todo, com as queimadas liberando carbono, que destrói a camada de ozônio, e os insumos à base de petróleo esgotando mais essa fonte energética, além do fato de o uso de agrotóxicos chegar à cadeia alimentar e hoje ser atribuído até a certa incidência de cânceres”, resume ele. A opção, diz, é a adoção de práticas agroecológicas, com preservação ambiental, sustentabilidade e respeito aos conhecimentos tradicionais.

Já Silva é médica veterinária especialista em bovinocultura de leite. Ela apresentará perspectivas científico-sociais de produção integrada, a partir de arranjos de sistemas agroflorestais (safs) e ILPF (integração lavoura-pecuária-floresta), com aproveitamento de resíduos das atividades, como sementes e “palhadas”, para suplementação alimentar do rebanho. “A pastagem é a principal fonte de nutrição do bovino, mas podemos desenvolver alternativas, que inclusive reciclem os restos das atividades, o que enriquecerá essa alimentação”. Algumas dessas possibilidades são os restos de sementes de cacau e cupuaçu e resíduos da agroindustriação da mandioca. “A alimentação alternativa e a produção integrada repercutem em preservação do solo, controle ambiental e sustentabilidade da pecuária”, explica.

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