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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Pará intensifica ações contra a hanseníase

A hanseníase no Pará está em declínio, mas a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) continua coordenando ações e capacitando profissionais para que os avanços na queda da doença alcancem, no mínimo, 10% ao ano, e o Estado saia da linha alta em que se encontra nacionalmente.

Por isso, nos últimos 12 meses, profissionais da instituição estadual, que orientam tecnicamente as secretarias municipais, por meio dos Centros Regionais de Saúde, chegaram a capacitar 750 médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, bioquímicos, fisioterapeutas e técnicos em laboratórios de vários municípios paraenses, além de ministrar treinamentos a 400 agentes comunitários de saúde.

A Coordenação Estadual de Controle de Hanseníase da Sespa, com base no coeficiente de detecção geral e em menores de 15 anos, no período de 1999 até 2009, revela que o Pará apresentou, de 2004 a 2009, uma queda acelerada, principalmente na detecção geral, enquanto que o coeficiente relacionado a menores de 15 anos, no mesmo período, apresenta um ritmo de queda mais lento, mas que ainda assim coloca o Pará entre os quatro Estados brasileiros que melhoraram os números em relação à endemia, figurando ao lado do Amazonas, São Paulo e Brasília.

Luiz Augusto Oliveira, coordenador estadual, e o médico dermatologista e hansenólogo Carlos Cruz, garantem que a Sespa visualiza, agora, a descentralização dos serviços nos municípios paraenses para que as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e os Postos de Saúde da Família (PSFs) sejam usados, em sua totalidade, também no combate à hanseníase.

Observam os dois profissionais da Sespa que, devido ao fluxo migratório, o sul e o sudeste paraenses estão concentrando aproximadamente 50% dos casos confirmados de hanseníase, mas que, se todos os municípios trabalharem na execução de programas, utilizando suas unidades básicas e seus programas de Saúde da Família, o Pará utilizará mais de 1.500 pontos fixos de combate e controle da doença.

Para os dois profissionais da Coordenação Estadual, o núcleo familiar é quem deve ser trabalhado com prioridade, aumentando o percentual de exame dos contatos familiares (hoje, em torno de 50%), uma vez que é neste ambiente que deve ser encontrado o maior número de casos novos com manifestações precoces da doença

 

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