A hanseníase no Pará está em declínio, mas a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) continua coordenando ações e capacitando profissionais para que os avanços na queda da doença alcancem, no mínimo, 10% ao ano, e o Estado saia da linha alta em que se encontra nacionalmente.
A Coordenação Estadual de Controle de Hanseníase da Sespa, com base no coeficiente de detecção geral e em menores de 15 anos, no período de 1999 até 2009, revela que o Pará apresentou, de 2004 a 2009, uma queda acelerada, principalmente na detecção geral, enquanto que o coeficiente relacionado a menores de 15 anos, no mesmo período, apresenta um ritmo de queda mais lento, mas que ainda assim coloca o Pará entre os quatro Estados brasileiros que melhoraram os números em relação à endemia, figurando ao lado do Amazonas, São Paulo e Brasília.
Luiz Augusto Oliveira, coordenador estadual, e o médico dermatologista e hansenólogo Carlos Cruz, garantem que a Sespa visualiza, agora, a descentralização dos serviços nos municípios paraenses para que as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e os Postos de Saúde da Família (PSFs) sejam usados, em sua totalidade, também no combate à hanseníase.
Observam os dois profissionais da Sespa que, devido ao fluxo migratório, o sul e o sudeste paraenses estão concentrando aproximadamente 50% dos casos confirmados de hanseníase, mas que, se todos os municípios trabalharem na execução de programas, utilizando suas unidades básicas e seus programas de Saúde da Família, o Pará utilizará mais de 1.500 pontos fixos de combate e controle da doença.
Para os dois profissionais da Coordenação Estadual, o núcleo familiar é quem deve ser trabalhado com prioridade, aumentando o percentual de exame dos contatos familiares (hoje, em torno de 50%), uma vez que é neste ambiente que deve ser encontrado o maior número de casos novos com manifestações precoces da doença
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