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terça-feira, 20 de março de 2012

Pará terá cerca de 100 toneladas de pescado para venda na Semana Santa


Cerca de 100 toneladas de peixe deverão estar disponíveis para venda dentro do Estado, durante a Semana Santa, como resultado do decreto do Executivo, publicado no Diário Oficial, que proíbe a saída de pescado do Pará até 06 de abril. Além do peixe in natura, resfriado, salgado ou congelado, a população, principalmente de municípios do interior, conta também com os peixes de criadouros. 

Segundo Henrique Sawaki, secretário de Estado de Pesca e Aquicultura, esse tipo de produção garante a oferta de pescado em diversos municípios. “Vários fatores naturais, como o alto nível das águas e as mudanças climáticas, influenciam na oferta do pescado. Esse tipo de produção preenche a redução da oferta de peixe provocada por esses fatores”, explicou. 

O decreto, que entrou em vigor no último domingo (18), proíbe a saída do peixe in natura durante o período da Semana Santa. A medida tem como objetivo garantir o pescado na mesa do paraense, impedindo a comercialização com outros Estados do peixe fresco, resfriado, salgado ou congelado. Apenas o pescado com selo de inspeção federal pode ser comercializado fora do Pará, durante a vigência do decreto. 

Durante 20 dias, a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) e a Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adepará) não emitirão as notas para a saída do peixe. A fim de evitar que o decreto seja driblado com o desembarque de peixe clandestino, a Secretaria de Estado de Pesca e Aquicultura (Sepaq) conta com a parceria de outros órgãos, como Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Polícia Rodoviária Estadual , Delegacia do Meio Ambiente (Dema) e Procon. A Marinha do Brasil apoia a ação, fiscalizando os rios. 

Henrique Sawaki disse que a população também pode colaborar para o cumprimento do decreto, denunciando situações que envolvam a saída irregular do pescado. “A população tem o papel de fiscalizador. A denúncia por parte da população amplia ainda mais a força tarefa”, ressalta o secretário. 

Aprovação - A medida foi aprovada por consumidores no Mercado de Peixe do Ver-o-Peso. A dona de casa Olga Aires acredita que, a partir do decreto, os consumidores locais não terão dificuldades para garantir o peixe na mesa da Semana Santa, já que os preços não serão alterados por conta da escassez do produto. “Até agora ainda encontramos uma fartura de espécies e os preços estão acessíveis”, afirmou. 

O comerciante Domingos Oliveira, que trabalha no Mercado de Peixe há mais de 40 anos, disse que o decreto que proíbe a comercialização externa do pescado garante o abastecimento interno. “No período da Semana Santa já existe uma escassez natural por conta das águas grandes. Mas desde que o decreto passou a existir ninguém fica sem peixe no almoço da Páscoa, porque mesmo pouco, ele é vendido para a população daqui”, ressaltou o comerciante. 

Antes da Semana Santa, a Sepaq promove mais uma Feira do Pescado na capital paraense. Na quarta-feira (4) e na quinta (5), que antecedem o feriado, serão instalados 19 pontos de venda de pescado na Região Metropolitana de Belém, e também nos municípios de Tucuruí, Santa Izabel do Pará, Soure, Castanhal e Santa Bárbara do Pará. 

Os preços são atrativos e o consumidor pode encontrar, até pela metade do preço normal, espécies como pescada (branca e amarela), dourada, filhote, xaréu, bacalhau, uritinga e gurijuba, além do camarão. 

Por: Danielle Ferreira -Secom - Agencia Pará 

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