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quinta-feira, 29 de março de 2012

A IMPORTÂNCIA DO REFLORESTAMENTO PARA A SAÚDE DOS RIOS

Acompanhei recentemente uma reportagem sobre um dos maiores desastres ambientais do país, o assoreamento do rio Taquari, no Mato Grosso do Sul. Por conta das transformações motivadas, em grande parte, por atividades econômicas sem planejamento, há milhões de hectares alagados, dificultando a vida da população local e causando um grande desequilíbrio ecológico na região.

Sabemos que entre as causas de assoreamentos como esses está o acúmulo de lixo e detritos nos leitos dos rios, fazendo com que fiquem mais rasos e não suportem as águas das chuvas. A ocupação urbana desordenada próxima a lagos, rios e represas também prejudica o curso natural das águas.

Além disso, uma das principais razões para desastres desse tipo é o desmatamento da vegetação ciliar. A retirada de árvores, raízes e toda a cobertura vegetal original facilita que a terra das margens deslize para os rios e comprometa a profundidade de sua calha.

Em tempos de discussão sobre a aprovação do novo Código Florestal, está aí um dos pontos em destaque, que tem provocado opiniões divergentes entre congressistas e ambientalistas. Afinal, qual deve ser a extensão da área de preservação próxima às margens dos rios?

Enquanto se pensa sobre as diretrizes para o futuro, os fatos são preocupantes e demonstram que há urgência sobre o tema. Isso porque uma série de outros rios do país está correndo os mesmos riscos do Taquari. Ao contrário do que se pensa, não são as medidas mais complexas que irão trazer resultados efetivos no tempo necessário e é por isso que entre as ações que há tempos defendemos está o reflorestamento, principalmente das matas ciliares.

Além de serem essenciais para o ecossistema e para a vida de todos os seres vivos, as árvores aumentam a umidade do ar, atuam no ciclo da chuva e, por consequência, auxiliam no combate ao aquecimento global. Atualmente, nós, brasileiros, somos responsáveis por 516 milhões de hectares de florestas naturais e plantadas, ficando atrás apenas da Rússia em termos de extensão florestal no planeta.  Além disso, somos referência mundial em produtividade e manejo de florestas plantadas.

Segundo a Bracelpa (Associação Brasileira de Celulose e Papel) as empresas do segmento florestal atendem às normas ambientais e, para cada 100 hectares plantados, garantem a preservação de outros 170, que ajudam a preservar espécies nativas da fauna e da flora, até mesmo as ameaçadas de extinção.

Apesar de todas essas vantagens, a verdade é que as florestas plantadas ainda ocupam menos de 1% do território brasileiro. Assim como o Brasil é conhecido por ser o país do futebol, da alegria, da natureza e do samba, o mesmo pode e deve acontecer com nossas florestas plantadas. Elas são um patrimônio inigualável, um recurso altamente sustentável, que gera emprego e renda, produtos para nosso dia a dia, além de contribuir com a preservação do meio ambiente.

Graziela Lourensoni é gerente de Marketing e Produto para a América Latina da Husqvarna, multinacional com mais de 320 anos e uma das líderes mundiais no desenvolvimento de produtos para o manejo de parques, florestas e jardins. 

Graziela Lourensoni

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