O Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica da Câmara dos Deputados aprovou,essa semana requerimento da deputada Teresa Surita (PMDB) pedindo a inclusão de estudos sobre diversos minerais brasileiros utilizados em indústrias, inclusive em tecnologias de ponta, conhecidos como “materiais da terceira onda”. Atendendo à solicitação da deputada, o tema Minerais Estratégicos e Terras Raras já está entre os assuntos estudados atualmente pelo referido órgão.
Os minerais estratégicos são todos aqueles requisitados pelas tecnologias de ponta, como o Berílio, o Nióbio, o Tântalo, o Titânio e o Zircônio. Terras raras são um grupo de 17 elementos químicos chamados de ‘materiais da terceira onda’, porque são empregados em tecnologias de ponta e têm inúmeras aplicações na indústria. Estes últimos podem ser aplicadas em smartphones, iPods, na metalurgia, supercondutores, cabos de fibra ótica, energia nuclear, computadores, aparelhos de televisão, telefones celulares e aparelhos de som, catalisadores, geradores de energia eólica, dentre outros.
Para Teresa, é fundamental que se conheça o potencial do país quanto a tais minérios. Além disso, ela acredita que o setor empresarial não deve se limitar apenas à produção para exportação. É importante que sejam realizadas pesquisas e incentivado o processamento destes minerais para construir no Brasil uma indústria de alta tecnologia e de alto valor agregado, como ocorreu na China.
“O subsolo brasileiro contém importantes recursos minerais, que são expressivos em termos mundiais. É fundamental que o Conselho realize um estudo para analisar a exploração e a cadeia produtiva de minerais estratégicos e terras raras em nosso país”, afirmou Teresa.
Para se ter uma ideia, com relação ao Nióbio, um exemplo de mineral estratégico, o Brasil ocupa posição de destaque, pois conta com 97,8% das reservas mundiais embora parte significativa delas ainda não seja explorada. Quanto a Terras Raras, cuja demanda hoje é significativa e deve se tonar ainda mais importante futuramente, principalmente na área de tecnologia, o país não apresenta oficialmente grandes reservas nem se destaca na produção, fatores que justificam a realização de estudos em tal área.
CAEAT – O Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica (Caeat) objetiva propor agenda de atividades e conduzir estudos estratégicos para o país, desenvolvidos pela equipe de especialistas da Consultoria Legislativa. Analisar, discutir e propor temas relacionados a programas, planos e projetos governamentais importantes para o planejamento de políticas públicas e a formulação de diretrizes legislativas também são funções do Caeat. Propriedade Intelectual, Inovação e Patentes; Marco Legal para Energias Renováveis; e Assistência Tecnológica às Micro e Pequenas Empresas são os demais temas estudos atualmente pelo órgão.
Fonte: Boa Vista Agora
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