Oficina debate ações para o plano de mineração no Pará

A Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom) realizou nesta quinta-feira (09), na sede do Sebrae/Pará, a 1ª Oficina de Gemas e Joias. O evento teve a participação dos principais representantes do setor - empresários, universidades públicas e especialistas de instituições de pesquisas da área mineral. Durante a oficina foi apresentado o contexto que vai direcionar os debates para a concepção do Plano de Mineração do Estado do Pará, 2013-2030, que abordará os problemas de infraestrutura, comercialização, legislação, oportunidades de mercado, geração de emprego e renda e inovação, a partir da contribuição de trabalhadores, empresários, Prefeituras e cooperativas minerais.

A programação inclui a realização de mais 12 oficinas, promovidas pela Seicom para identificar novas potencialidades, agregar valor à cadeia produtiva e ampliar a produção mineral no Estado, o segundo maior território minerador do Brasil, que gerou US$ 18 bilhões em divisas, cerca de R$ 30 bilhões só em 2011, dos quais 89% são referentes à venda externa de minerais e metais.

A metodologia das oficinas do plano prevê ainda estudos para conhecer a realidade atual da cadeia mineral, seus problemas e potencialidades, a fim de consolidar informações destinados a realizar seminários temáticos e audiências públicas. O aprendizado coletivo, troca de experiências e as metas para efetivar a implementação de propostas concretas também estão na dinâmica dos grupos participantes.

O geólogo Luiz Fernando Magalhães, representante do Ministério de Minas e Energia no evento, destacou o potencial mineral do Pará e acrescentou que o Ministério fornecerá todo o suporte necessário ao desenvolvimento do setor. “Em breve, o Pará, com toda a certeza, se tornará uma das grandes lideranças no processo de gestão dos recursos minerais no Brasil”, frisou.

Qualificação - O titular da Seicom, David Leal, ressaltou que, apesar de criada recentemente, a Secretaria já definiu, entre as metas de seu Plano Estratégico, a busca de qualificação para ser um modelo de gestão. “Estamos formando uma equipe com técnicos capacitados e experientes em suas áreas. E pretendemos estreitar cada vez mais os laços com as demais secretarias de Estado, a sociedade e as instituições públicas e privadas, para fazer desse futuro plano de mineração um exemplo de excelência”, disse o secretário.

Ao apresentar os cenários considerados para a construção do plano, a secretária adjunta da Seicom, Maria Amélia Enríquez, informou que até 2016 serão gerados cerca de 73 mil empregos só no setor mineral do Pará. “É um segmento de grande potencial e gerador de divisas, hoje superiores ao Produto Interno Bruto (PIB) de países como a Costa Rica, por exemplo. E é pensando nessas oportunidades que vamos realizar mais 12 oficinas, como espaços democráticos de debates, críticas, sugestões e experiências acumuladas sobre os principais temas de interesse do setor mineral”, completou.

À tarde, os participantes se dividiram em grupos temáticos, apontaram os principais entraves do setor mineral e indicaram soluções para as ações destinadas a promover mudanças na atual situação, a curto, médio e longo prazos. Eles analisaram, entre outros fatores, a falta de infraestrutura, de mão de obra qualificada, de pesquisa, de fundos de investimento e de ferramentas para a divulgação da importância e dos benefícios dos minérios na economia do Estado.

As próximas oficinas acontecerão em Belém, Itaituba, Santarém, Marabá, Paragominas e Parauapebas. O calendário deverá ser fechado até o final de novembro deste ano, reunindo todas as contribuições, objetivos, diretrizes e metas para o fortalecimento do Plano de Mineração.

Maria Amélia Enríquez considerou proveitosa a Oficina de Gemas e Joias, “por ter permitido a troca de experiências de pessoas que conhecem os problemas e oportunidades para construir uma nova realidade na mineração do Pará, com eficiência, renda e qualidade de vida para os moradores de todas as regiões do Estado”.