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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Maria das Graças Foster toma posse da presidência da Petrobras

Com a presença da presidente Dilma Rousseff, e repleta dos empresários e políticos influentes do Rio de Janeiro e do Brasil, o ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, passou, simbolicamente, o crachá de presidente da empresa para Marias das Graças Foster. Também presentes ao palco do auditório onde aconteceu a cerimônia estavam oito ministros de Estado e oito governadores, entre outras autoridades.

Grabrielli, que presidiu a Petrobras por nove anos, agradeceu ao apoio da presidente Dilma, do ex-presidente Lula, de quem é amigo há mais de 30 anos, e ao convite de Jaques Wagner, que o chamou para compor sua equipe no governo da Bahia.

"Saio triste e feliz. Triste por deixar uma empresa fantástica e por perder o contato com colegas de um trabalho diário intenso, mas muito prazeroso. Alegre por ter a certeza da capacidade e competência da Graça e por ter a sensação de dever cumprido. Nesses anos todos, fui apenas o maestro de excelentes músicos", disse ele, sem perder a oportunidade de comentar os excelentes resultados da empresa, que teve a maior capitalização da história.

José Sergio Gabrielli, definiu Graça Foster como “uma pessoa de extrema capacidade, lealdade e companheirismo. É uma craque. Pena que é Botafogo”, disse, fazendo alusão ao time do coração da nova presidenta da estatal.

Para encerrar, Gabrielli citou canções de Paulinho da Viola (Não sou eu quem me carrega, quem me carrega é o mar), Gonzaguinha e Daniela Mercury, finalizando com a frase dita com alegria "Para a Bahia me vou, viva a Petrobras".

Maria das Graças (é engenheira química e funcionária de carreira da Petrobras, onde ingressou como estagiária há mais de 30 anos) iniciou seu discurso lembrando que entrou na empresa em 1978, como estagiária, e que percorreu uma longa caminhada até chegar aonde chegou, chegando a ser secretária de Petróleo e Gás no Ministério de Minas e Energia. Emotiva, a presidente relacionou seu crescimento profissional com o crescimento de sua família, que estava presente e muito emocionada, e se orgulhou em dizer que é a primeira mulher a comandar uma empresa de petróleo do porte da Petrobras. Em seguida, falou um pouco da política da empresa.

"Temos que conjugar, na base da nossa empresa, competitividade, rentabilidade e responsabilidade social. E teremos investimentos de US$224,7 bilhões até 2020", informou. Prometeu uma administração de continuidade pautada pelo diálogo e “sem descuidar um só instante” das questões de segurança operacional e ambiental.

A última a discursar foi a presidente Dilma, que se mostrou orgulhosa da Petrobras ter se mantido uma empresa pública, "um dos esforços de maior relevância para este país ter se tornado uma grande nação".

"Por sete anos acompanhei os negócios da Petrobras como presidente do Conselho de Administração e digo que, se a Petrobras é possível, o Brasil é possível. É uma empresa que sempre foi muito grande, mas se agigantou nas últimas duas décadas, sendo que, nos últimos dez anos, teve seu lucro multiplicado por quatro. Seu crescimento coincide com o crescimento do Brasil e com a recuperação da auto-estima do nosso povo", disse.

Dilma defende política de privilegiar fornecedores nacionais

No discursou na posse da nova presidenta da presidenta Petrobras, Dilma Rousseff defendeu a preferência da Petrobras por empresas nacionais nas compras de equipamentos e contratação de serviços.

Dilma disse que até 2015 a Petrobras vai investir mais de US$ 220 bilhões na exploração e produção de petróleo e gás, em petroquímica, refino, transporte e na comercialização e frisou a importância de se comprar insumos, equipamentos e produtos no mercado brasileiro.

Dilma lembrou ainda a orientação passada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: “A história recente da indústria naval brasileira, que renasceu a partir da correta e acertada decisão do presidente Lula de que as compras de navios, plataformas, sondas e equipamentos da Petrobras deveriam ser orientadas por um percentual produzido no nosso mercado interno, gerando empregos e conhecimento no Brasil, ajudando a consolidar setores produtivos, mostra que essa estratégia é vencedora. As compras da Petrobras, preferencialmente no Brasil, são vantajosas para a empresa e para o país.”

Palavras da nova Presidente

"Só posso dizer que meta de produção é prioridade. Quero ter a oportunidade de rever o trabalho exaustivo que foi feito em 2011, olhando todos os números com a minha cabeça agora na presidência", disse. 

Graça disse ainda que a política de ajuste de preços de derivados será mantida, assim como a política de conteúdo nacional, dois fatores apontados pelo mercado como obstáculos para o crescimento da estatal. "Política de conteúdo nacional não é discurso nacionalista, é discurso técnico e tem que ser cumprido por todas as empresas, não só a Petrobras", afirmou. 

Sobre a necessidade de promoção da 11ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a executiva frisou que a existência da rodada este ano "não modifica nossas prioridades dentro da companhia". "Mas entendo bastante bem a ansiedade das outras empresas e entendo que para elas de fato fosse importante que tivesse uma 11ª Rodada. Mas para a Petrobras não faz diferença", destacou.

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