Um bicho-preguiça resgatado no início deste ano não resistiu aos ferimentos e precisou ser sacrificado na semana passada. A fêmea adulta teve as patas eletrocutadas em um fio de alta tensão. Após o resgate, o animal recebeu tratamento para evitar a amputação dos membros. Mesmo com os cuidados de veterinários, os ferimentos levaram a uma infecção.
De acordo com o veterinário do Centro de Triagem de Animais Silvestres do Refúgio Sauim Castanheiras, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), Laérzio Chiesorin, o sacrifício foi necessário para evitar o sofrimento da preguiça. “Infelizmente, ela foi submetida à eutanásia. A necrose acabou generalizada, um fato muito comum nesses casos de choques elétricos. Tivemos que sacrificá-la, para que não sofresse mais”, explicou o veterinário.Segundo Chiesorin, amputar as pernas do animal seria uma das alternativas para evitar a eutanásia. A solução, porém, interferiria consideravelmente a qualidade de vida do bicho. “A preguiça teria que viver em cativeiro, o que leva a maioria dos animais silvestres a depressão e morte”, frisou.
De acordo com o veterinário, a Semmas registra poucos casos de animais sacrificados. “É muito maior a porcentagem dos animais saudáveis, resgatados quando estão andando e acabam aparecendo na rua”, assinalou.
Outro animal resgatado
O Batalhão de Polícia Ambiental do Amazonas resgatou no último sábado (14) um filhote de lontra. O animal foi encontrado no quilômetro cinco do ramal Água Branca 1, no quilômetro 32 da rodovia AM-010 por um morador do local.
Segundo o soldado Osiney Marques, o filhote estava sem ferimentos e não apresenta sinais de maus tratos. A mãe da lontra foi encontrada morta. O filhote foi encaminhado à Reserva Ecológica Sauim Castanheira, localizada na BR 319, quilômetro 1, Distrito Industrial, Zona Sul de Manaus.
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