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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Parque Nacional Yasuní (Equador) abriga grande biodiversidade e reservas de petróleo

A maior fonte de emissões de gases do efeito estufa hoje é a queima de combustíveis fósseis como o petróleo. A segunda maior fonte é o desmatamento, principalmente nos trópicos. Pois no Equador, há uma situação duplamente perigosa: o Parque Nacional Yasuní, declarado Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO, abriga uma das áreas de maior biodiversidade do mundo. E também grandes reservas de petróleo: 850 a 900 milhões de barris estão debaixo da floresta, cobiçadas por empresas petrolíferas.

O governo do Equador, porém, fez em 2009 uma oferta inédita: se a comunidade internacional fizer um aporte de dinheiro equivalente a metade do valor do petróleo, o governo não permitirá a extração deste petróleo. Assim, ao mesmo tempo que se evitaria a emissão de 407 milhões de toneladas de CO2, se protegeria também esta floresta, e os povos indígenas que nela habitam,

Foi aberto um fundo para o qual podem contribuir governos, empresas e pessoas físicas. Já foram recebidos 116 milhões de dólares em doações, que vieram desde governos regionais da França e da Bélgica até figuras de Hollywood como Leonardo di Caprio, Bo Derek e Edward Norton. Outros contribuintes foram o ex vice-presidente dos EUA, Al Gore, um banqueiro de Nova York e os governos da Alemnaha, Itália, Chile, Colômbia, Turquia, Perú, Austrália e Espanha.

Esta proposta é inovadora porque enquanto se discutem nas COPs do Clima quando e como chegará a ajuda econômica para que países em desenvolvimento reduzam suas emissões e se adaptem às mudanças climáticas, o governo Equatoriano desafiou a comunidade internacional a agir. Devemos lembrar que a principal fonte de renda do Equador é justamente o petróleo. É justo que o país receba por preservar suas florestas para o resto do mundo e evite de explorar suas riquezas minerais.

O valor arrecadado até agora é pequeno: para proteger a floresta inteira, serão necessários mais de três bilhões de dólares. E agora? A bola está como o governo do Equador: vão esperar mais tempo para arrecadar o restante, ou vão abrir a floresta para exploração?

Fonte: Treehugger.com

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