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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Natação melhora asma, confirma pesquisa

Aurélio Miguel foi o primeiro brasileiro a ganhar uma medalha de ouro no judô na história do país. No entanto, para alcançar o lugar mais alto do pódio, o medalhista teve que derrotar a asma. Por recomendação médica, foi matriculado na natação e no judô. Isso ocorreu quando ele tinha apenas 4 anos.

O tempo passou e a ciência comprova que o médico que atendeu Aurélio estava certo: a natação é um dos melhores remédios para as crianças com o distúrbio respiratório, como aponta pesquisa recente da Unicamp.

Segundo pesquisadores do Ciped (Centro de Investigação em Pediatria), o esporte aquático melhora o quadro geral da criança que tem asma - ele ajuda a reduzir sintomas como tosse, chiados e apertos no peito, além de crises marcadas por respiração fora de ritmo. Os asmáticos adeptos de exercícios sentem melhoras consideráveis no condicionamento respiratório e na qualidade de vida.

A ciência já sabia que a natação melhora a condição do portador de asma. Mas até então essa melhora era atestada por exame clínico, que tem alto grau de subjetividade. A novidade da pesquisa foi ter criado um método para mensurar a melhora. Para isso, os cientistas utilizaram uma técnica muito conhecida para provocar uma crise de asma, utilizando uma substância chamada metacolina.

No início, uma pequena dose era suficiente para causar uma crise nos 30 pacientes, com idades entre 7 e 18 anos. À medida que eles passaram pelas 24 sessões de 50 minutos de natação que compunham o experimento, os pesquisadores constataram que as doses necessárias para provocar a crise eram muito maiores. Segundo os pesquisadores, os resultados foram tão surpreendentes que muitos pensaram estar curados e queriam abandonar os medicamentos contra a asma. Foram lembrados que a asma é uma doença crônica, que merece atenção a vida toda.

Os pesquisadores ressaltam ainda que a natação pode atuar como uma terapia auxiliar junto ao tratamento medicamentoso. Ao longo dos exercícios de natação, além do ensino das técnicas, eram também realizadas práticas de conscientização sobre a respiração e orientações gerais.

"O que mais surpreendeu foi perceber o quanto as crianças assimilavam o conteúdo de tais práticas e como absorviam rapidamente as técnicas de natação. Das 30 voluntárias do grupo de natação, apenas quatro já sabiam nadar", informa a fisioterapeuta Ivonne Bernardo Wicher, uma das autoras do trabalho, ao Jornal da Unicamp.

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