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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Livro Branco quer reduzir em 60% emissões do setor dos transportes

A Comissão Europeia adaptou, em 2011, um roadmap com 40 iniciativas concretas para levar a cabo na próxima década, com o objectivo de aumentar a mobilidade e, ao mesmo tempo, reduzir drasticamente a dependência europeia na importação de petróleo e reduzir em 60 por cento as emissões de carbono associadas ao sector dos transportes em 2050.

Assim, os objetivos-chave do Livro Branco passam por banir das cidades os automóveis movidos a combustível tradicional; incorporação de 40 por cento de combustíveis limpos na aviação e um corte de pelo menos 40 por cento das emissões no sector dos navios; encurtar pelo menos em 50 por cento a distância média na mobilidade dos passageiros entre cidades.

O sector dos transportes é a segunda maior fonte de emissões de CO2 na União Europeia. O transporte rodoviário contribuiu, em 2009, para um quinto do total das emissões da UE. Alargando a janela temporal, verifica-se que entre 1990 e 2009 as emissões ligadas ao sector aumentaram 23 por cento.

Já em 2009 a UE tinha adaptado metas e um regulamento para travar o aumento das emissões, nomeadamente nos veículos novos, sendo que até 2015, os carros novos só poderão emitir 130 gramas de CO2 por quilometro, e em 2020 o valor será de 95gr/CO2/Km. Curiosamente, e segundo um relatório da Agência Europeia do Ambiente (AEA), foi nesse mesmo ano que as emissões de muitos poluentes provenientes dos transportes diminuíram. No que toca aos novos veículos ligeiros de passageiros, em 2010 emitiram 3,7 por cento menos de CO2 por quilometro percorrido do que no ano anterior, com uma média de emissões de CO2 de 140,3 gr/CO2/km.

O número de veículos registados caiu para 2,3 milhões em 2010, comparativamente ao ano de 2007 – considerado o último ano antes da recessão econômica . 95 por cento dos registos foram realizados na União Europeia. Já o número de registos dos veículos movidos a combustíveis alternativos fixou-se em 13 mil, com 700 veículos eléctricos registados na UE.

O Sistema de Relatórios sobre Transportes e Ambiente (TERM), publicado pela AEA no ano passado, analisa um conjunto completo de metas quantitativas propostas pelo roteiro, e ilustra bem a necessidade de mudança. No caso do dióxido de azoto (NO2), que pode provocar asma e outros problemas respiratórios, os valores-limite anuais foram ultrapassados em 41 por cento das estações de controlo do tráfego em 2009. Já o o valor-limite diário das partículas (PM10) foi ultrapassado em 30 por cento dos pontos de trânsito de toda a UE.

Numa década Portugal aumentou 87 por cento as emissões de GEE associadas aos transportes

Segundo dados da CE, relativos à repartição modal nos países da UE, Portugal passou de uma quota de 76,5 por cento nos veículos ligeiros em 1995, para 85,1 por cento em 2005. Em 2009, a quota volta a subir para os 85,5 por cento. Relativamente aos transportes públicos, a tendência foi de decréscimo: em 1995, o share era de 16,5 por cento, enquanto que em 2005 a percentagem caiu para os 11,1. Em 2009, nova queda, para 10,4 por cento. Mas a queda mais dramática foi no transporte rodoviário: de sete por cento em 1995, passou para 3,8 por cento em 2005. em 2009, aumentou ligeiramente, para 4,1 por cento.

No que toca às emissões de gás com efeito de estufa (em milhões de toneladas), Portugal registou um aumento de 87 por cento, entre 1990 e 2009. O transporte rodoviário registou uma subida de 94 por cento das emissões no período em análise, enquanto que o transporte ferroviário registou uma quebra de 69 por cento nas emissões. Já o transporte marítimo registou uma queda de 14 por cento.

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