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sábado, 21 de janeiro de 2012

Emater promove curso sobre manejo de bacurizeiros em Abaetetuba

Em 2 e 3 de dezembro passado, o escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Abaetetuba, no nordeste do estado, promoveu, em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Secretaria de Estado de Agricultura (Sagri), um curso de manejo de bacurizeiros nativos para técnicos e agricultores da região.

As 12 horas de aulas teóricas e práticas, ministradas pela equipe da Embrapa, se dividiram entre o auditório da Associação Comercial de Abaetetuba (ACA) e a propriedade do agricultor Mário Rui Lima, localizada na comunidade Curuperé-Miri.

Atendido pela Emater desde 2002, Lima cultiva pimenta-do-reino com estacas de gliricídia e mandioca. Além disso, mantém mais de 100 pés de bacuri, ainda com manejo mínimo. O que distingue a produção ali é a qualidade e o rendimento da polpa, “em um nível fabuloso, até o momento observado como um dos melhores do Pará”, destaca o pesquisador da Embrapa, José Edmar Urano, engenheiro agrônomo e mestre em produção vegetal.

Segundo ele, além da polpa em questão ser doce, a retirada da massa ultrapassa o dobro daquela em geral obtida entre bacurizeiros comuns: em vez de 10 a 12 quilos por 100 kg de fruto, consegue-se até 25 quilos. “Inclusive, é uma variedade cujo material deve ser utilizado para produzir mais enxertos, de modo a ser introduzida em outros bacurizeiros e assim beneficiar mais produtores”, completa Urano.

Para o engenheiro agrônomo da Emater Flávio Ikeda, um dos responsáveis pelo curso, a partir de um trabalho de manejo (com desbaste e eliminação de excessos, entre outras ações), a colheita do “bacuri massudo” pode ser planejada e representar aumento na quantidade de frutos. “Mas o principal ganho é a redução do tempo do desenvolvimento da planta, que é justamente o que mais desestimula os agricultores nesse cultivo: tradicionalmente, pela reprodução sexuada, com sementes, demora quinze anos para o bacurizeiro começar a produzir; já com o manejo em áreas de rebrotação natural, pode-se diminuir esse prazo para cinco anos”, explica.

Ainda de acordo com Ikeda, “quase ninguém” estrutura a cultura do bacuri na região de Abaetetuba: “Nossa intenção é estimular essa cadeia, que é muito vantajosa em termos econômicos: acredito que a polpa de bacuri seja a mais cara da fruticultura amazônica, podendo chegar a 40 reais o quilo”, diz.

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