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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Biodiversidade pode ser receita contra pobreza

A conservação da biodiversidade pode beneficiar populações pobres no mundo – bastando que os administradores de ecossistemas sejam pagos pelos serviços providos por eles.

Áreas que são prioridade para a conservação da vida selvagem fornecem níveis relativamente altos de serviços do ecossistema, como polinização, purificação da água, produção alimentar e regulação do clima – e a salvaguarda delas deve beneficiar as populações destes locais. Mas a avaliação destes benefícios para orientar políticas de conservação não tem sido uma tarefa fácil.

Uma análise global publicada na edição da janeiro da BioScience por Will R. Turner, da Conservation International e seus colegas, revela novos modos de analisar o fluxo de benefícios sob uma variedade de premissas socioeconômicas e em maior detalhe espacial que estudos anteriores. A análise, que divide o globo em 58.000 hexágonos, descobriu que mais da metade do valor global dos serviços que beneficiam os mais pobres se originam de áreas que têm alta prioridade de conservação. Além disso, o valor de serviços de ecossistemas gerados pelo quarto superior dos locais de bioversidade é mais do que o triplo do custo efetivo de conservá-los.

Se houvesse mecanismos eficazes e equitativos de assegurar que os beneficiários dos serviços do ecossistema pagassem aqueles responsáveis por sua governança, concluíram Turner e colegas, os benefícios globais para as comunidades pobres aumentariam em 50%, e os pagamentos deveriam ser de um dólar por pessoa por dia para cerca de um terço das 1.1 bilhão de pessoas que vivem na pobreza extrema. Os autores do estudo dizem que suas descobertas reforçam a ideia de que há uma concordância importante entre biodiversidade, provisão de serviços de ecossistemas e pobreza – fatores que tomadores de decisão deveriam considerar ao projetar esquemas equitativos de pagamento para aliviar a pobreza e evitar a perda de biodiversidade, informa o Eurekalert.

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