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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Bactérias em associação com musgos aumentam o crescimento de árvores de grande porte

Um novo estudo sugere que as grandes árvores podem ser muito úteis no crescimento das florestas em geral.

Pesquisadores de biologia da Universidade McGill, no Canadá descobriram que as bactérias que vivem em musgos nas árvores antigas são eficazes para promover o seu crescimento.

Dr. Zoë Lindo e Jonathan Whiteley do Departamento de Biologia da Universidade McGill, sugerem que a sustentabilidade em longo prazo e a produtividade das árvores antigas são muito influenciadas por três fatores importantes: musgos que crescem em galhos de árvores antigas, cianobactérias associadas a esses musgos e a árvore em si.

Dr. Lindo afirma que "essas grandes árvores antigas estão fornecendo habitat para bactérias que acabam fertilizando a floresta. É como um efeito dominó, mas sem o primeiro passo, ou seja, sem as árvores, nada disso poderia acontecer”.

Musgos são pequenas plantas não vasculares que absorvem água e nutrientes através de suas folhas. Eles preferem locais úmidos ou obscuros por que precisam de altos níveis de umidade para sobreviver. Assim, as árvores em florestas tropicais costeiras temperadas oferecem o ambiente perfeito para musgos. Mas os crescimentos de tais árvores de grande porte são frequentemente afetados pela disponibilidade de nitrogênio.

A pesquisa mostra que as cianobactérias resolvem este problema, tornando o nitrogênio disponível para as plantas. Fixação de nitrogênio é o nome para o processo em que essas bactérias, presentes nos musgos, retiram o nitrogênio da atmosfera e fornecem aos galhos das árvores onde vivem.

Dr. Lindo e sua equipe coletaram amostras de musgos no chão da floresta e entre 15 e 30 metros de altura. Foi descoberto que as cianobactérias são mais abundantes em musgos acima do solo, e que eles são capazes de "fixação" de nitrogênio.

A pesquisa lança luz sobre a importância das árvores antigas em florestas. "Você precisa de árvores que são grandes e idosas o suficiente para começar a acumular musgos antes que você possa ter as cianobactérias que estão associados com os musgos e para isso são pesquisadas árvores entre 500 e 800 anos", explicou Lindo.

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