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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Cisternas de plástico custam mais que o dobro das cisternas de placa

Enquanto a Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA) reivindica os recursos previstos para a continuidade de suas ações, o governo federal vai investir R$ 1,5 bilhão na instalação de 300 mil cisternas de plástico. O valor gasto pelo governo corresponde a mais que o dobro do que a ASA gastou para construir 371 mil cisternas de placas no Semiárido.

Cada cisterna de plástico custa aos cofres públicos R$ 5 mil, segundo informou ontem (14) o Ministério da Integração Nacional numa reunião com representantes da ASA, em Brasília. A cisterna de placa custa R$ 2.080,00. No Programa Água para Todos, além das 300 mil cisternas de plásticos, serão construídas 450 mil de placa.

Outro fator que tem grande importância neste comparativo é o volume de recursos que são movimentados na economia local quando as cisternas são construídas. Para cada dez mil cisternas de placas feitas, são injetados na economia local R$ 20 milhões, através de compra de matéria-prima na região, contratação de pedreiros das comunidades e impostos. Já as cisternas de plástico serão fabricadas por indústrias e entregues nas comunidades rurais por empreiteiras.

A Articulação no Semi-árido (ASA) tem encabeçando uma campanha contra as cisternas de plástico. Além de economicamente inviável, a ASA aponta outros fatores negativos em relação à distribuição desse equipamento que já vem pronto para as famílias. Um deles diz respeito ao não domínio da técnica de construção pelas famílias e pedreiros da região.

Para a sociedade civil, a disseminação ds cisternas de plástico é uma nova forma de atuação da “indústria da seca”, cujas obras são feitas sob a alegação de “combater a seca” que sempre beneficiaram poucos, mantendo o poder das elites dominantes.

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