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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Uso dos lagos das usinas do Madeira é discutido em evento da prefeitura

A utilização dos lagos gerados pela construção das usinas hidrelétricas de Santo Antônia e Jirau foi a debatido na “Oficina de Planejamento das Ações para o Ordenamento da Cadeia Produtiva do Pescado nos Lagos do Madeira”, realizado nesta segunda-feira, 21, pela Prefeitura de Porto Velho, no Aquarius Selva Hotel. Organizado pela Coordenadoria Municipal de Pesca e Aquicultura, da Secretária Municipal de Agricultura e Abastecimento (Semagric), o evento reuniu técnicos de órgãos municipais, estaduais e federais que atuam na área. “Queremos discutir não só essa questão do planejamento, mas também nivelar as informações sobre o que está sendo feito por cada uma dessas instituições”, adiantou o secretário José Wildes, da Semagric.

Do evento participaram o prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho, o secretário José Wildes, os representantes do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), Jenner Bezerra e Luiz Alberto Sabanay, e o secretário Edson Vicente, da Secretaria de Estado e Desenvolvimento Econômico e Social do Estado (Sedes). Pela manhã, foram realizadas duas palestras, a primeira, pelo consultor do Sebrae, que falou sobre o “Estudo Mercadológico da Cadeia Piscícola Rondoniense”, realizado pelo Sebrae, ocasião em que o técnico fez todo o detalhamento do setor no estado pontuando os potenciais mercados consumidores, produção atual e perspectiva de aumento, consumo entre outros assuntos.

A segunda palestra foi proferida pelo representante do MPA, Jenner Bezerra, que abordou o tema “Procedimentos de Uso de Águas da União para Aquicultura”. Na sua intervenção ele mostrou o marco legal que regulamenta esse uso, fez demonstração dos projetos em andamento no país e a capacidade projetada para os lagos das usinas de Jirau e Santo Antônio.

À tarde, o debate “Definições de Competências” foi dividido em quatro eixos: “Estudo da Capacidade de Suporte (I)”, “Demarcação dos Parques Aquícolas e das Áreas Aquícolas e Público Alvo (II)”, “Estruturação da Cadeia Produtiva (III)”, que discutiu produção, assessoria técnica, crédito, prospecção mercadológica, logística e comercialização, e “Licenciamento Ambiental” (IV), que abordou a legislação vigente.

Alternativa econômica

A oficina foi sugerida pelo prefeito Roberto Sobrinho, depois de tomar conhecimento das várias ações que estavam sendo realizadas pelos órgãos afins das três esferas, mas de forma desarticulada. “Diante dessa informação sugerimos esse evento para nivelar essas informações e, o principal, definir quem ficará responsável pela gestão desse grande pólo pesqueira que pretende-se implantar em Porto Velho, a partir dos lagos das hidrelétricas.

Para Roberto Sobrinho, essa é a melhor alternativa econômica para absorver parte da mão-de-obra que ficará ociosa quando for concluída a construção das duas hidrelétricas. O pólo produtor terá capacidade de gerar em torno de sete mil empregos, de acordo com estudo preliminar e o mercado do setor é promissor. “E se formos inteligentes, faremos dessa atividade mais uma matriz econômica para impulsionar o desenvolvimento do município. Mas para acessarmos esse mercado o setor precisa estar organizado e produzindo. Além de vender para outros estados, é possível também colocar a produção do pescado criado em cativeiro na pauta de exportação do estado. Se tiver escala e regularidade de produção, um grande comprador poderá ser a China”, sugeriu o prefeito.

Pelo diagnóstico feito pelo Sebrae, foi identificado pelo menos 14 estados como potenciais compradores do pescado de Porto Velho, como o Mato Grosso, o Amazonas (destino da maioria da produção rondoniense), Goiás e Tocantins.

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