Parte dos trabalhos desenvolvidos por estudantes e pesquisadores do Laboratório de Manejo Florestal (LMF) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) foram apresentados na tarde da sexta-feira (18) dando continuidade ao Seminário Dinâmica do Carbono da Floresta Amazônica.
Para realização desses trabalhos feitos fora da área da Reserva Experimental do Inpa – ZF2 – demanda uma logística grande, mais de 20 pessoas, que desenvolve um sistema de Inventário Florestal Contínuo (IFC). A equipe já realizou o IFC nos municípios de São Gabriel da Cachoeira, Atalaia do Norte e Benjamim Constant.
De acordo com o responsável pela logística do IFC, Alberto Pinto, antes do trabalho em cada município é realizado reunião com comunitários e identificação do local. “Inicialmente é feito um contato com essas pessoas no município por meio de internet ou por telefone, reunião e identificação dos locais nos mapas disponivéis”, explica Pinto.
A exposição dos resultados das pesquisas e trabalhos realizados por meio do projeto é uma ferramenta importante para a continuidade do trabalho. “O intuito deste evento é justamente divulgar, compartilhar os resultados alcançados com nossas pesquisas. É certo que todo trabalho existente será disponibilizado”, afirmou a pesquisadora do Inpa, Roseana Silva, que palestrou sobre “Equações alométricas para estimar carbono de árvores do Amazonas”.
Como defendeu pela manhã, o palestrante da Forestry and Forest Products Research Institute (FFPRI), M. Ishizuka, é preciso criar métodos seguindo uma linha de desenvolvimento do projeto, até então chamada MRV (Monitorar, reportar e verificar). “Nós temos que trabalhar em cima de métodos como foi dito pelo Ishizuka muito bem, e é essa parte que o Inpa está fazendo juntamente com os nossos parceiros no Projeto Cadaf, que é desenvolver métodos para que a sociedade em geral possa usar essas informações”, explicou o pesquisador do Inpa, Niro Higuchi.
O pesquisador ressaltou ainda, no discurso de encerramento, a importância do projeto na troca de informações, experiências e intercâmbio de pessoal técnico. “Nós temos com esse projeto Cadaf, a oportunidade de colocar junto todo trabalho, metodologia e esforço na coleta de campo com o que nós temos de melhor em termo de monitoramento e sensoramento remoto”, concluiu.
O LMF em parceria com Instituições de pesquisas brasileira e japonesa aprovaram o projeto Dinâmica do Carbono das Florestas das Amazônia (Cadaf) com duração de quatro anos – 2010 a 2013. O objetivo é consolidar a capacidade do LMF, elaboração e execução e monitoramento de projetos de carbono na Amazônia de acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças do Clima (IPCC).
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