Amazônia tem se transformado em uma porta de entrada para insetos e ácaros. Quem diz é o professor Neliton Marques da Silva, no I Seminário de Entomologia e Acarologia na Amazônia (I SEAMA) que ocorre
até sexta-feira, 25, no auditório Rio Solimões (ICHL).
Para o coordenador do evento, professor Neliton Marques da Silva, a Amazônia tem se transformado em uma porta de entrada para insetos e ácaros e de que nos últimos anos isso vem ocorrendo com mais freqüência em nossa região, como os ácaros branco (Polyphagotarsonemus latus) e vermelho (Oligonychus ilicis). O professor disse que há informações da presença da Cocholia Rosada, no estado de Roraima elembra que, em 2004, houve a invasão da mosca negra (Aleurocanthus woglumi Ashby), causando sérios prejuízos à agricultura brasileira.
Para o professor, isso representou para os especialistas um estado de alerta, principalmente, para aos entomólogos, no sentido de, tomarem iniciativas de cuidado e de combate às pragas. “A realização do I
SEAMA resultou dessa necessidade em gerar propostas e agendas de pesquisas, para que possa contribuir no controle e combate de pragas.
Segundo o coordenador, o controle para fiscalização de entra desses insetos é feita por meio dos órgãos estaduais e federais na área de agricultura. “Apesar da eficiência das barreiras sanitárias, existe um problema das pessoas trazerem consigo pedaços ou fragmentos de plantas de um país para outro, nos quais podem transportar esses insetos, que são de auto poder destrutivo”, completa.
Em um estado de alerta, a Ufam vem desenvolvendo pesquisas com plantas bioativas para o controle de pragas, pois, segundo o professor, não há registro de produtos químicos para o controle deles.
A agricultura amazonense, que ainda está galgando no cenário nacional, tem na cultura da laranja e da horticultura um ambiente propício para a contaminação. Essa realidade está bem próxima, pois houve registro
da mosca negra nessas culturas agrícolas, implicando em um prejuízo econômico aos produtores.
O I Seminário de Entomologia e Acarologia na Amazônia (I SEAMA) tem como objetivo discutir questões relacionadas a entomologia na Amazônia, frente ao desafio de se construir uma agricultura pautada nos princípio da sustentabilidade. O evento é promovido pela Sociedade Entomológica do Brasil (SEB) e UFAM, por meio do Laboratório de Entomologia e Acarologia Agrícola da Faculdade de Ciências Agrárias
(FCA).
Palestra de abertura
Na palestra de abertura “Desafios da Política Agrícola na Amazônia, com ênfase para a Defesa Sanitária”, o titular da Secretaria de Estado da Produção Rural (SEPROR), o engenheiro agronomo Eron Bezerra, apresenta a importância do Serviço de Defesa Sanitária no Estado do Amazonas, possibilitando ao público uma visão geral das ações que o órgão vem desenvolvendo contra o ataque de pragas na agricultura de
nosso estado.
“Estamos operacionalizando com um sistema de trabalho que trata questões bem amplas. Além do combate de insetos para o controle agrícola, tratamos também questões econômicas e de saúde”, finaliza.
O I SEAMA teve solenidade de abertura na manhã desta quarta-feira, 23, no auditório Rio Solimões (ICHL). O evento ocorre até sexta-feira, 25.
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