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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Pesquisadores esperam nascimento de 3,5 mil quelônios

Desde agosto, pesquisadores do projeto Conservação de Vertebrados Aquáticos Amazônicos (Aquavert), acompanham a temporada de reprodução de quelônios, nas praias e lagos da Reserva Mamirauá, localizada na região do curso médio do rio Solimões, no Amazonas. Até meados de dezembro, espera-se que aproximadamente 1875 filhotes de tartarugas-da-amazônia, 1100 de tracajá e 585 de iaçá nasçam nos ninhos monitorados.

As espécies estão na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza. A tartaruga-da-amazônia é classificada como dependente de programas de conservação, tracajás e iaçás como vulneráveis. A equipe do projeto já assiste aos primeiros nascimentos de filhotes.

Desde o momento da desova, estão sendo monitorados 25 ninhos de tartarugas, 44 de tracajás e 39 de iaçás. Nesta época de nascimentos, o trabalho de pesquisa é finalizado com a captura de filhotes para mensuração e pesagem, verificação de deformidades e coleta de amostras sanguíneas.

Após a desova, as fêmeas também são marcadas. Os pesquisadores coletaram amostras de sangue ou de tecido das fêmeas. O material biológico será utilizado em testes de paternidade múltipla.

A bióloga Cássia Santos Camillo, responsável pelas pesquisas sobre quelônios no projeto Aquavert, explica que, entre os quelônios dessas espécies, é comum que vários machos fecundem uma fêmea e que ela gere filhotes de diferentes pais. Nascem em um ninho vários machos fecundaram a fêmea, é sinal que a população está saudável.

O trabalho de aproximação do quelônio durante a desova exigiu muita cautela. A equipe precisava esperar que as fêmeas terminassem a postura dos ovos, para então capturá-las. Até o momento, 32 tartarugas, 13 tracajás e 66 iaçás foram capturadas para a pesquisa. As fêmeas foram pesadas, medidas e marcadas com sinais no casco e com uma etiqueta plástica, que facilitará a identificação do quelônio em uma próxima captura.

Quelônios são fonte de alimento na Amazônia

Na região Amazônica, as tartarugas, tracajás e iaçás são espécies tradicionalmente utilizadas pelas populações locais como fonte de alimento. As espécies são pesquisadas pelo projeto Aquavert, desenvolvido pelo Instituto Mamirauá, com o patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Ambiental. Além dos quelônios, o projeto também desenvolve estudos que visam à conservação de jacarés e mamíferos aquáticos que habitam as Reservas de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e Amanã.

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