Como as obras serão viabilizadas mediante parceria com o Governo do Estado, a população teme que isso signifique o desaparecimento de mais praças nos próximos anos.
O Governo do Estado terá mais uma oportunidade de beneficiar a população com projetos habitacionais, visto que aderiu no Ministério das Cidades ao Programa Minha Casa Minha Vida 2 do governo federal. Como ainda não foi construída sequer uma casa, o governo terá mais essa chance de trabalhar a questão social. A parceria estabelecida prevê a construção de mais de 2.149 casas no Retiro do Atalho, localizado em frente ao bairro Brasil Novo, zona norte de Macapá. Os imóveis dessa etapa serão destinados a famílias com renda até R$ 1,6 mil.
O governador Camilo Capiberibe afirmou perante o ministro Mário Negromonte que possui todas as condições para desenvolver projetos nesse setor. “Temos terreno regularizado, determinação e contrapartida prontas para a construção de até 8 mil unidades”, declarou. Mas não é o que pensa os moradores do bairro Congós, que perderá uma praça por causa da insistência do governo em construir um condomínio na mesma área do logradouro.
Por causa dessa atitude, o Conselho de Segurança Comunitário do Congós entrou na Justiça com um processo na tentativa de impedir o desaparecimento da única praça do bairro. No processo consta um manifesto dos moradores mediante abaixo assinado contendo um total de 500 assinaturas. “Não somos contra nenhum projeto de habitação, mas ele (o Governo do Estado) engana a comunidade”, comentou o presidente do conselho, Elenildo da Silva, o “Mujoca”.
Cercear o direito da comunidade do bairro do Congós ao lazer em prol da construção de um condomínio, foi o assunto da audiência pública ocorrida na Câmara de Vereadores, no dia 28 de outubro. A área original para a construção desse condomínio é conhecida como “Sucatão”, situada à margem das principais ruas de acesso ao Ciosp. Houve uma desistência repentina do governo pelo terreno original do projeto. Isso depois de algumas famílias instaladas irregularmente na área terem sido indenizadas. A Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinf) foi encarregada pela avaliação das benfeitorias construídas pelos invasores.
A atitude do governo nesse caso é de quem não tem terreno para desenvolver sequer um projeto de habitação. Mas não foi isso que o governador Camilo Capiberibe demonstrou ao ministro Negromonte solicitando mais 2 mil casas para o Amapá. O medo da população é que isso signifique o desaparecimento de mais praças nos próximos anos.
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