A empresa Levi Strauss anunciou que pretende reduzir o gasto de água, além da questão ambiental, a companhia percebeu o perigo que a escassez de água representa para a própria marca na possibilidade do algodão tornar-se muito caro ou insuficiente.
De acordo com a empresa Levi Strauss, detentora da marca Levis, uma calça jeans pode consumir até 3.480 litros de água durante todo seu ciclo de uso. Nesta estimativa é considerada desde a irrigação da plantação de algodão, na costura da calça até as lavagens em casa feitas pelo consumidor.
A preocupação da empresa em torno de uma possível escassez de algodão é consequência das enchentes no Paquistão e campos queimados na China, que destruíram grande parte da produção de algodão e, por isso, os preços dispararam. O impacto para a Levis é muito grande, uma vez que é usado um quilo de algodão, aproximadamente, em cada calça fabricada.
Foi observando estes fatores que a Levis se inseriu em um programa sem fins lucrativos que ensina diversas técnicas para captar água da chuva e irrigação. A iniciativa é destina aos agricultores do Brasil, Índia, Paquistão, África Ocidental e Central. Além disso, a empresa está lançando etiquetas nos jeans com mensagens que pedem aos consumidores reduzirem a quantidade de lavagens do produto.
De acordo com a Levis, 5% do algodão usado em dois milhões de calças jeans que foram para as lojas, nesta temporada, teve seu cultivo baseado em métodos sustentáveis. A meta é atingir 20% até 2015. Para isso, ela terá que ter um envolvimento direto com fornecedores e fazendeiros e assim controlar toda a produção das peças.
Segundo a Levis, os jeans que tinham a indicação de redução no gasto com água durante a fabricação venderam mais rápido que os demais modelos. Aproveitando para alavancar as vendas, a empresa divulgará vídeos em seu site e fará conferências sobre sustentabilidade em torno do uso do algodão.
Há dois anos a Levis aderiu à organização internacional sem fins lucrativos Better Cotton Initiative, que tem como objetivo promover a conservação da água e reduzir o uso de pesticidas e práticas de trabalho infantil no setor de produção de algodão. A organização, fundada em 2005, tem o apoio de grandes companhias de varejo, como IKea, Gap e Adidas. Com informações do Estadão.
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