A Igreja Católica, que começou recentemente a utilizar as redes sociais, pretende que elas sejam seu principal meio de comunicação com o meio milhão de jovens que estarão em Madri para a JMJ (Jornada Mundial da Juventude), na semana que vem.
Pela primeira vez em um evento da Igreja Católica, a internet e as novas mídias ganharam posição central na estratégia de comunicação. A Jornada Mundial tem perfis oficiais em redes sociais como Twitter, Facebook, Tuenti e Youtube, administrados por uma equipe de 60 voluntários de todo o mundo, que escrevem em 21 idiomas.
"Nosso objetivo é dar voz aos jovens que participam da JMJ e a viverão em primeira pessoa, e também informar aqueles que não puderam vir sobre tudo que está acontecendo", afirmou Benjamín Paz, 24, argentino que coordena os "community managers" (gerentes comunitários, na tradução para o português) da JMJ, em entrevista à Reuters.
Madri sediará a Jornada Mundial da Juventude de 16 a 21 de agosto, que deve receber mais de um milhão de peregrinos e contará com a presença do papa Bento 16.
A JMJ está presente na rede desde 2009, e até o momento conta com quase 11 mil seguidores de seu perfil em espanhol no Twitter e com mais de 160 mil no Facebook.
E esse não foi o único passo que a Igreja deu para se modernizar. Em junho, o Vaticano, com assessoria de uma empresa espanhola, lançou o portal de notícias news.va, com o objetivo de promover a imagem da Igreja, especialmente junto aos jovens.
"A Igreja sabe que os meios de comunicação mudaram muito e que precisa levar em conta as novas mídias. O papa conhece bem a importância das redes sociais, sobretudo para se comunicar com os jovens", disse Gustavo Entrala, presidente-executivo da Agencia 101, que assessora o Vaticano.
O portal de notícias, que conta com versões em diversos idiomas e com perfil no Twitter no qual o primeiro tuíte foi escrito pelo papa Bento 16, lançará sua edição em castelhano na semana que vem, para coincidir com a JMJ.
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