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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

DAEE mantém Centro de Animais Silvestres no Parque Ecológico do Tietê

Além dos rios e águas, a empresa cuida de parques e até abriga animais, salvos de contrabandistas. Alguns são recebidos com dentes cerrados, olhos queimados por cinza de cigarro, asas quebradas...

Há 25 anos, o DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) administra o CRAS (Centro de Recepção de Animais Silvestres), que fica dentro do PET (Parque Ecológico do Tietê). Os bichos chegam ao local pelas mãos de profissionais ligados ao IBAMA, Polícia Militar Ambiental, Corpo de Bombeiros e o Centro de Controle de Zoonoses. Algumas vezes, também ocorrem casos de entregas voluntárias (doação).

Por meio do CRAS, o DAEE recebe anualmente, uma média de 7 mil animais silvestres, cerca de 227 tipos diferentes de espécies, entre elas, um maior número de aves, com 84% do total. A maioria foi encontrada com traficantes ou viviam em cativeiros clandestinos. O Centro de Recepção atende apenas espécies da fauna brasileira, de pequeno porte. Num primeiro momento, os bichos passam por uma triagem, cada um ganha uma ficha de dados - após rigorosa catalogação - e um direcionamento quanto ao tratamento mais adequado.

Alguns animais são entregues ao CRAS com sérios problemas. Existem macacos, por exemplo, cujos dentes foram cerrados, passarinhos com os olhos queimados por cinza de cigarro (para ficarem “mansos”), aves com asas quebradas por maus tratos. Após a profilaxia inicial, eles são colocados em quarentena e depois avaliados para soltura em áreas do próprio Parque Ecológico do Tietê ou em programas específicos em regiões monitoradas pelo IBAMA. Para tanto, têm de estar em perfeitas condições de sobreviverem na natureza, com plena autonomia.

Penas completas, peso e o restabelecimento das condições de vôo fazem parte do chekin para soltar as aves. Os mamíferos precisam exibir pelagem em bom estado, peso e locomoção normal e, os répteis, mostrar ótima escama ou placas córneas íntegras, postura e locomoção. Os animais que não pertencem à fauna de São Paulo são enviados para os locais de origem.

Já os animais que não reúnem condições de voltar à natureza, pois perderam o instinto silvestre ou por apresentarem condições de mutilação, seguem para os criadores legalizados, assim como as espécies que sofrem com ameaça de extinção como, por exemplo, a arara azul. Quando algum animal vem a óbito por indução da eutanásia, ele é encaminhado para o museu ou institutos de pesquisas particulares ou públicos, com fins de aprofundar o conhecimento nas áreas de medicina veterinária e biológica.

Para atender a demanda dos animais que são enviados para o CRAS, é mantida uma equipe composta por veterinários, biólogos, tratadores e estagiários em uma estrutura totalmente adaptada com ambulatório, viveiros, salas de internação, de cirurgia e de necropsia, laboratório e biotério, além da cozinha para preparo da alimentação animal, ocupando uma aérea total de 600 mil metros quadrados.

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