O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) defendeu em Plenário, nesta quinta-feira (11), a redução da taxa básica de juros, a Selic, pelo Banco Central, como forma de lidar com a crise econômica mundial.
Em sua avaliação, o fato de os Estados Unidos estarem adotando uma política clara de "afrouxamento monetário", já que se encontram com dificuldade de estimular a economia com gastos e investimentos. O resultado disso, explicou, é a pressão constante sobre a moeda brasileira, com a desvalorização do dólar e a desvalorização artificial do real. Assim, afirmou o senador, a indústria brasileira deve enfrentar uma competição "extremamente agressiva" com produtos importados nos próximos anos, o que poderá causar, segundo ele, a destruição do parque produtivo nacional.
Uma forma de evitar esses efeitos nocivos sobre a economia brasileira seria justamente o de baixar os altos juros do país.
- O grande debate no nosso país agora não é mais o controle da inflação. Não é esse. Houve uma mudança, é um quadro internacional de natureza recessiva. Tenho conversado com muita gente do governo. É necessária, na próxima reunião do Copom, uma virada, uma mudança clara na política de juros - disse.
Lindbergh Farias criticou o fato de o Brasil ser o único país do mundo em que existe indexação na remuneração dos títulos da dívida pública com a taxa básica de juros da economia, a taxa Selic. Por essa razão, o parlamentar anunciou a apresentação de dois projetos na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) que visam corrigir estas distorções. Um dos projetos, explicou, proíbe a indexação dos títulos da dívida pública com a taxa Selic. O outro trata das competências do Banco Central, incluindo entre estas o compromisso com o crescimento econômico brasileiro.
Lindbergh Farias também elogiou o programa Brasil Maior, que propõe mudanças na política industrial do país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário