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segunda-feira, 18 de julho de 2011

Todos os municípios paraenses terão biblioteca pública até setembro

Imagine um portal que, ao ser atravessado, revela um universo de conhecimento. Até o ano passado, imaginá-lo era o que restava a 31 municípios paraenses. Este ano, a fantasia vira realidade e o portal, a porta de uma biblioteca. Isso porque, graças ao projeto ‘‘Mais Bibliotecas’’, até outubro deste ano o Pará dará um grande passo para o incentivo à leitura no Estado, ao implantar esses espaços em todos os municípios do Estado.

A meta do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas (Sebp), por meio da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves, é que todos os municípios paraenses, nos próximos três meses, já disponham de uma biblioteca pública. Segundo o diretor da Leitura e Informação da fundação, Sérgio Massoud, para alcançar a meta, somente de janeiro a outubro deste ano o governo deverá ter implantado 20 bibliotecas e modernizado 18.

“Destas ações, já estamos na fase final. Até outubro vamos conseguir vencer finalmente esse déficit e nenhum município mais do Pará ficará sem biblioteca pública”, assegura. Em janeiro do ano passado, eram 31 os municípios sem bibliotecas. Somente entre maio e julho deste ano foram implantadas seis bibliotecas nas cidades de Faro, Terra Santa, Redenção, Pau D’Arco, Cumaru do Norte e Curuçá.

Para o mês que vem, outras cinco bibliotecas serão implantadas, em Itupiranga, Eldorado dos Carajás, Curionópolis, Tracuateua e Terra Alta. Entre setembro e outubro ainda serão inauguradas outras sete. Segundo o secretário executivo do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas, Guilherme Relvas, para a implantação das bibliotecas foi necessário somar os esforços e investimentos das três esferas de governo.

“O município garante o espaço adequado, que é o imóvel, e a equipe para trabalhar na biblioteca, os funcionários. O Ministério da Cultura, por meio da Biblioteca Nacional, garante a doação de um kit composto de mobiliários, equipamentos audiovisuais, computadores e acervo, dentro do programa Livro Aberto, que é coordenado no Pará pela Fundação Tancredo Neves”, detalha.

Ao Governo do Pará coube toda a articulação para celeridade do projeto. A Fundação Tancredo Neves ofereceu assessoramento técnico, desde a obra ou adaptação do imóvel, até a montagem das bibliotecas. “Também somos responsáveis pelos programas de capacitação dos funcionários, com oficinas e treinamentos em organização de acervo, informatização de biblioteca, dinamização cultural e outras necessárias que já estão acontecendo”, acrescenta.

Para implantação das bibliotecas públicas, foi necessário percorrer um longo caminho, que incluiu a sensibilização das autoridades municipais e a garantia de engenheiros, arquitetos e bibliotecários para assessoramento técnico em cada município atendido. Posteriormente, cada nova biblioteca é inscrita no Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP).

Depois de efetivada a inscrição do município no programa Mais Cultura, do Ministério da Cultura, para a doação do Kit de Implantação de Biblioteca, e no Ministério das Comunicações, para doação do Telecentro Comunitário nas Bibliotecas, o governo promove a capacitação dessa biblioteca.

São ministradas as oficinas de organização de acervo e de treinamento em: automação de biblioteca (Software Biblivre), hemeroteca, atendimento aos deficientes visuais, sistema braile e sistema DOSVOX (produtos e serviços em formatos compatíveis à decodificação pelos usuários cegos e com baixa visão) e em elaboração de projetos para bibliotecas públicas.

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