A iniciativa é da subcomissão da Amazônia, ligada à Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado
As potencialidades petrolíferas do Amazonas e os novos investimentos do setor, especialmente da iniciativa privada, vão ser discutidos em uma audiência pública, na Assembleia Legislativa do Estado (ALE-AM). A iniciativa é da subcomissão da Amazônia, ligada à Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado. O debate, sem data definida, contará como o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, representantes da Petrobras e de empresas privadas que fazem exploração de petróleo na região amazônica.
O Amazonas é o segundo Estado do Brasil em exploração de petróleo em terra firme, ficando atrás apenas do estado do Rio Grande do Norte. Segundo dados fornecidos pela Petrobras, o Amazonas atingiu, em abril desse ano, a produção de 52.782 barris por dia.
A iniciativa do debate sobre o crescimento do petrolífero no Amazonas partiu de Brasília, da presidente da subcomissão da Amazônia, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB). “Queremos debater o assunto do ponto de vista econômico, social e ambiental. Nosso Estado tem grande potencialidade nesse setor, tanto que a iniciativa privada resolveu investir pesado na região”, diz a senadora.
Vanessa Grazziotin cita a atuação da HRT Oil & Gas que começou a perfuração do primeiro poço em Tefé. A empresa explora 21 blocos no Estado ou 48.485 quilômetros quadrados e possui concessão duas vezes maior que a Petrobras em fase de exploração, já que a estatal já produz no complexo de Araras, onde está o campo de Urucu. A da HRT é uma área equivalente a duas Dinamarcas.
Em recente entrevista ao jornal Valor Econômico, o presidente da HRT, Márcio Mello, disse que a empresa de petróleo pretende produzir este ano, no estado do Amazonas, pelo menos 2,5 mil barris por dia. “Vou ser do tamanho de uma Petrobras na Amazônia, prefiro não dizer que serei maior”, declarou Márcio Mello.
Investimento pesado
A empresa, que possui 51% dos investimentos na região, investirá US$ 1,9 bilhão até 2014. A Petra Energia, sócia da HRT, vai aplicar mais US$ 1,59 bilhão. O projeto é explorar 400 poços no Amazonas. Mello, um ex-funcionário da Petrobras, diz que a região tem o melhor petróleo do Brasil. “Quero vender para a Petrobras", diz o geólogo, muito confiante para quem iniciou no último dia 21 de abril as atividades de pesquisa de petróleo e gás na Amazônia.
Até o início de 2015, a HRT Oil & Gas planeja perfurar 130 poços no Estado do Amazonas.
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