Gilvandro Barata Júnior foi o primeiro tecnólogo em madeira a iniciar sua carreira numa indústria no Pará. "Na época da seleção concorri com engenheiros ambientais'', disse. Ele é um dos integrantes da primeira turma do curso de Tecnologia em Madeira, da Universidade do Estado do Pará (Uepa).
Hoje, já são 10 anos de trabalho nesta mesma empresa onde iniciou como estagiário, a Semasa. Atualmente, ele ocupa o cargo de gerente de produção e também abre oportunidades de estágio e emprego para outros profissionais de sua formação.
O tecnólogo acredita que a formação na Universidade foi fundamental para sua trajetória profissional. "A graduação na Uepa e o apoio dos professores foram fundamentais para minha formação profissional. Na época desisti do curso de Engenharia Elétrica, que cursava em outra universidade, para me dedicar somente a Uepa e estou totalmente satisfeito e realizado com a escolha", disse.
Faz parte da política de ensino da universidade proporcionar conhecimento teórico e prático aos alunos. O estágio supervisionado é disciplina obrigatória, de acordo com o Projeto Pedagógico de cada curso. "As experiências de estágio são imprescindíveis para a boa formação, já que os graduandos experimentam o seu futuro profissional sem simulações e podem testar seus conhecimentos em situações reais", disse o professor Osvando Alves, Diretor de Desenvolvimento do Ensino da Uepa, explicando que diversos projetos e parcerias são fechados durante todo o ano, com o objetivo de preparar os alunos na prática para o ingresso no mercado de trabalho.
Nesta quinta-feira, 7, a Uepa foi aprovada em mais um desses convênios, dessa vez no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), da Diretoria de Educação Básica Presencial (DEB) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), no qual será beneficiada com vagas para 95 bolsistas. Nesta edição do programa, a universidade foi contemplada com o Projeto "Universidade e Escola: desafios e caminhos para a formação de professores no contexto amazônico".
As vagas são destinadas aos alunos dos cursos de licenciatura nas áreas de Pedagogia, Música, Matemática, Geografia, Educação Física e Ciências Naturais, com habilitação em Física. O trabalho será desenvolvido em nove escolas de Belém e dos municípios de Vigia, Moju, Igarapé-Açu e Tucuruí. A Coordenação do Projeto vai fazer os últimos ajustes solicitados pela Capes para que em 30 dias seja publicado o edital de seleção. As atividades estão previstas para iniciarem em junho deste ano.
Outro convênio, realizado recentemente, que oportunizará um intercâmbio de conhecimentos entre Empresa e universidade, e experiência prática aos alunos, é com a empresa Araguaia Indústria e Comércio de Bebidas Ltda, uma fábrica de refrigerantes na região do rio Araguaia. O convênio beneficiará alunos dos cursos de Engenharia de Produção, Tecnologia Agro-industrial, Engenharia Ambiental e Ciências Naturais, diretamente os situados em Redenção. Serão 200 vagas para alunos, que farão estágio na empresa, nos últimos anos de sua formação.
Formação
Osvando explica que os alunos têm professores auxiliando constantemente no campo de atuação. Os estágios podem ser remunerados ou não, depende do convênio assinado e geralmente ocorrem nos dois últimos anos do curso. "Através do Núcleo de Contratos e Convênios elaboramos minutas, que são encaminhadas à Pró-reitoria de graduação para análise a adequação do termo à legislação vigente no que se refere aos estágios curriculares (lei federal 11.788/09). Esta normatização interna está prevista na resolução 1969/09 do Conselho Universitário.
Segundo o professor, o aprendizado através dos estágios é fundamental para praticar as teorias, o que justifica o incentivo da universidade. "Eles vivem as funções de seu futuro profissional. É é essencial que presenciem a realidade, que se choquem, que enfrentem situações que desafiem sua preparação. Geralmente o que o estudante faz em seu estágio caracteriza sua ação: se é motivado no estágio o será na carreira, se tem iniciativa no estágio, terá no futuro profissional.", ressalta.
Manuela Viana - Secom
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