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quarta-feira, 13 de abril de 2011

Mais de 14 mil escolas são iluminadas pelo Luz para Todos

O Programa Luz para Todos, do governo federal, já levou energia elétrica a 2,7 milhões de famílias que moram no meio rural brasileiro. Além de levar energia às casas, o Programa tem a preocupação de promover melhorias que beneficiem a comunidade, como um todo. As escolas rurais, juntamente com os postos de saúde, estão dentre as prioridades de atendimento. Os postes e cabos levados pelo Programa já beneficiou 14,6 mil escolas de norte a sul do Brasil.


Em muitas localidades, trabalhadores rurais só puderam aprender a ler e escrever depois que a energia elétrica chegou na comunidade e na escola local. Pessoas que precisam garantir seu sustento e de sua família durante o dia, só restando à noite para frequentar os bancos escolares. É o caso da comunidade indígena Urui-ty, em Miracatu, São Paulo.   A chegada da energia não foi só comemorada pelo conforto na utilização de aparelhos eletrodomésticos em casa, como a TV e a geladeira, mas também porque agora a escola da comunidade recebeu a tão esperada iluminação.


A luz chegou trazendo também a oportunidade aos mais velhos de começarem a estudar. Antes era impossível, não havia aulas noturnas na comunidade e a distância para outras unidades de ensino desestimulava a frequência dos alunos. “A escola do município fica longe, e para chegar lá era preciso pegar ônibus, saindo caro para nós, sem falar que durante o dia, os mais velhos precisam trabalhar”, diz o diretor da Escola Estadual Aldeia Urui-ty, João Lira. “Hoje todos têm a chance de se alfabetizar”, comemora.


A escola tem aulas de manhã e à tarde para as crianças e à noite para os jovens e adultos. Mais do que uma sala iluminada, hoje a escola oferece um ensino com mais qualidade. Lá tem TV, DVD, computador e uma geladeira onde é guardada a merenda escolar. Uma realidade bem diferente do período que não tinha luz. Sem energia elétrica, em época de chuva, mesmo durante o dia, a sala ficava escura, comprometendo as aulas, e a merenda não podia ser guardada, gerando desperdício.

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