Os pequenos produtores rurais dos assentamentos Vale do Mucura I, Lagoa Bonita, Boqueirão e Miguel Gomes da Silva, no Pará, comemoram os bons resultados alcançados com a cultivar de bananeira BRS Conquista, desenvolvida pela Embrapa Amazônia Ocidental (Manaus – AM) e comercializada por viveiristas licenciados pela Embrapa Transferência de Tecnologia (Brasília – DF), unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
O plantio da cultivar nos assentamentos tem sido incentivado pelo escritório local da Emater em São Geraldo do Araguaia como alternativa à tradicional pecuária mista, principal fonte de renda das cerca de 600 famílias que vivem nos assentamentos. A iniciativa começou em 2009, com a implantação de quatro unidades de observação da BRS Conquista em São Geraldo do Araguaia.
De acordo com o coordenador do escritório local da Emater, Edilson Pereira de Carvalho, a BRS Conquista foi escolhida por ser resistente à sigatoka-negra e à sigatoka-amarela, doenças que atacam os bananais da cultivar Maçã na região. “Logo na primeira colheita, conseguimos colher cachos com 13 pencas, pesando 25 quilos em média”, destaca Edilson.
Segundo ele, as unidades de observação da BRS Conquista nos assentamentos vêm funcionando como vitrine de divulgação da cultivar, atraindo o interesse de cada vez mais agricultores familiares.
“Realizamos uma degustação com a presença de vários produtores, empresários, representantes de bancos e da imprensa. O resultado não podia ser melhor:
vários agricultores se interessaram em plantar a BRS Conquista por ela ser muito produtiva, saborosa e apresentar uma ótima aceitação comercial na região”, conta o coordenador do escritório local da Emater
Características - Além da resistência à sigatoka-negra, à sigatoka-amarela e ao mal-do-Panamá, a BRS Conquista apresenta produtividade alta, podendo chegar a 48 toneladas por hectare/ano. Os frutos maduros apresentam casca de coloração amarelo-clara, polpa de cor creme, bom equilíbrio entre açúcares e ácidos, aroma agradável e rendimento elevado em função da alta relação polpa/casca.
Antes de chegar ao mercado, a cultivar foi avaliada em testes sensoriais com consumidores em supermercados de Campinas (SP) e atacadistas da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP).
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