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segunda-feira, 2 de abril de 2012

QUESTÕES DE SUSTENTABILIDADE, CONECTIVIDADE E SENSIBILIDADE PRA PEGAR GERAL

É na Quinta da Boa Vista que o povo pode armar barracos e barracas durante a realização, no Rio de Janeiro, de13 a 22 de junho deste ano, da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. A princípio – nem tanto no princípio assim do planejamento da organização do evento dada a aproximação da data – é lá que “vai rolar a festa”, segundo o ministro Laudemar Aguiar, secretário Nacional do Comitê Nacional de Organização da Rio+20, que recebeu a imprensa, nesta quinta-feira, 29 de março, para falar exclusivamente sobre os aspectos logísticos que envolvem o importante acontecimento, o qual, sob sua visão técnica, é o mais importante para a cidade desde o Rio92 quando apreciado pelos olhos das altas esferas socioeconômicas internacionais, dos turistas estrangeiros e, claro, da indústria de turismo local acompanhada de todas as atividades por ela beneficiadas.

Brincadeiras à parte sobre o fincar das estacas dos acampamentos dos sem-hotel, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hoteis do Estado do Rio de Janeiro, Alfredo Lopes, aproveitou a presença de repórteres de todo o mundo na coletiva promovida no Centro Cultural do Banco do Brasil para distribuir um comunicado oficial, no qual garante que, a dois meses do evento, “quase 12 mil quartos da hotelaria carioca estão não só reservados como contratados pelo CNO, resultado que inclui os 70% da oferta nos empreendimentos 5 e 4 estrelas, uma das garantias da ABIH-RJ para o sucesso da conferência”. O comunicado diz ainda: “Diante das reservas confirmadas, a ABIH-RJ prevê uma ocupação próxima a 95% no período da conferência, sendo 80% dos bloqueios relacionados ao Itamaraty. Muitos eventos previamente agendados no Rio foram realocados em função da mudança de data da conferência mundial de meio ambiente, alguns deles, inclusive, migraram para outros países”.





Enfim, não estaremos sós de modo algum ao dar conta do babado das ondas do mar nesses 10 gloriosos dias para a capital carioca, visto que o ministro Aguiar lembra o óbvio – “as chaves do Riocentro serão entregues para as Nações Unidas” –, procedimento padrão em eventos capitaneados pela ONU, ressaltando em sua apresentação inicial durante a coletiva que a cidade do Rio de Janeiro se transformará em New York, de 13 a 22 de junho. Para bons entendedores… todos podem começar, por diversão, se quiserem, a tremer, pois isso significa que os padrões de defesa e logística de convivência urbana de modo geral terão de se igualar ao da cidade que abriga o “território” ocupado pela ONU, garantindo-lhe não apenas liberdade de expressão e ação, mas também a sua segurança, a segurança dos que circulam a sua volta e a segurança dos seus visitantes, como mais de 100 chefes de Estados aguardados pelo Brasil. E quem mais, senhores? Well, já imaginaram a possibilidade de cidadãos julgarem a nossa geografia conveniente para atividades, por exemplo, de desertores? Haja cobertores se exilados se apresentarem como tal num País que não neva no Natal... Vai uma 51 aí, Senhores Latinoamericanos? Talvez uma boa ideia para os colegas da imprensa, por enquanto, seja retornar ao Centro Cultural do Banco do Brasil, devidamente credenciados pela Secom, para um curso intensivo focado exclusivamente na temática do evento. A data? 11. De abril.





O Riocentro é o campus principal da conferência (os cinco pavilhões), com capacidade para abrigar 43.000 pessoas, mas já os organizados brasileiros tendo recebido instrução para aceitar o credenciamento de 50.000 cidadãos vindos de todas as partes do mundo, além de chefes de Estados e demais autoridades que participam como conferencistas, debatedores, colaboradores etc. No entorno, estarão preparados para atividades paralelas oficiais o Parque dos Atletas, o Autódromo e a Arena da Barra. No Parque do Flamengo, o 1º pavimento do MAM e o VivoRio estarão disponíveis para atividades culturais e exposições de cúpula dos povos. No Centro, as atividades se concentrarão no Pier Mauá, englobando os quatro armazéns reformados e o Galpão da Cidadania. Por fim, haverá espaço destinado aos movimentos sociais, como já dito, na Quinta da Boa Vista.

Todo trabalho de planejamento e logística tem de ser feito e está sendo feito entre o governo brasileiro e grupos de coordenadores da ONU, porém, como país-sede o Brasil tem o dever e a responsabilidade de dar sua contribuição para que a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável combine inovação com eficácia, relevância, impacto, gestão e disseminação de ideias, apresentação de resultados, abrangência global, conscientização, prognósticos estatísticos e analíticos. Eis porque, sob a orientação da presidente Dilma Rousseff, a equipe brasileira que comanda a organização do evento promete estruturá-lo sobre três imprescindíveis pilares: sustentabilidade, conectividade e sensibilidade.



Para saber detalhes específicos do andamento deste trabalho, assista ao vídeo da apresentação, na íntegra, do ministro Laudemar Aguiar, com imagens captadas por Wagner Sousa no Centro Cultural do Banco do Brasil do Rio de Janeiro. Em outro vídeo, apresento um resumo da coletiva, enquanto as equipes de reportagens presentes ao evento gravavam imagens exclusivas com o ministro.

Gisele Centenaro

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