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quinta-feira, 5 de abril de 2012

Os oceanos estão aquecendo há 135 anos


Cientistas poderão entender melhor elevação dos mares
Os oceanos do mundo estão em aquecimento há mais de 100 anos, o dobro do tempo que se acreditava anteriormente, sugere uma nova pesquisa. A descoberta pode ajudar cientistas a entender melhor os registros de elevação do nível do ar, devido em parte à expansão da água, o que acontece quando ela aquece.

“A temperatura é um dos mais fundamentais definidores do estado físico do oceano,” disse o principal autor do estudo, Dean Roemmich, oceanógrafo da Universidade da Califórnia-San Diego. “Além de saber que os oceanos estão esquentando, os resultados vão nos ajudar a responder a algumas perguntas do clima.”


De 1872 a 1876, o HMS Challenger velejou pelos oceanos do mundo em uma rota de 69.000 milhas náuticas, cobrindo Atlântico, Índico e Pacífico. Durante a viagem, cientistas entre a tripulação de 200 pessoas fizeram 300 perfis oceânicos, ou mensurações de diversas profundidades em cada local, com termômetros protegidos contra a pressão.

Roemmich e seus colegas compararam as temperaturas do Challenger com dados do projeto Argo, que usa 3.500 bóias de flutuação livre para medir a temperatura e a salinidade dos oceanos do mundo a cada dez dias. A comparação mostrou uma elevação de temperatura de 0.59 Cº na superfície do oceano nos últimos 135 anos, um resultado corroborado por um grande conjunto de dados sobre temperaturas que datam de mais de 100 anos.

“Há uma quantidade substancial de aquecimento,” disse Roemmich, segundo o Chicago Tribune. O aquecimento do oceano já vinha sendo ligado ao derretimento de geleiras e ao branqueamento em massa de corais.

A equipe também examinou diferenças de temperatura na subsuperfície entre Challenger e Argo, levando em conta várias fontes de erro nas leituras do Challenger. Uma das questões do antigo barco, afirmou Roemmich, é que os cientistas nele não mediram diretamente a profundidade de seus termômetros, mas apenas a extensão da linha que levava os instrumentos dentro da água. Por causa das correntes oceânicas, é quase impossível conseguir que uma linha fique completamente vertical na água, o que resulta em uma profundidade real pouco menor que toda a extensão da linha.

Foto: NOAA

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