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terça-feira, 10 de abril de 2012

Ministro afirma que o Pará está preparado para enfrentar as cheias

Participaram da reunião de valiação o coronel José Augusto Almeida, o ministro Alexandre Navarro, o governador Simão Jatene, Humberto Viana, secretário nacional de Defesa Civil e o comandante Hegésipo Donato

O Estado do Pará está preparado para enfrentar as cheias que ocorrem nesta época do ano. A afirmação foi feita pelo ministro em exercício da Integração Nacional, Alexandre Navarro, que se reuniu na manhã desta terça-feira, 10, com o governador Simão Jatene, em seu gabinete no Comando Geral da Polícia Militar.

Acompanhado do secretário nacional de Defesa Civil, Humberto de Azevedo Viana Filho, o ministro - a pedido da presidente Dilma Rousseff - está percorrendo todos os estados brasileiros para saber como as equipes da Defesa Civil estão se preparando para o enfrentamento das enchentes. “Podemos afirmar que o Pará está mais preparado do que muitos estados do país. Saímos daqui com tranquilidade, pois percebemos que a equipe está unida e qualificada. No ano passado mais de mil pessoas morreram em todo o Brasil por conta das enchentes. Neste ano, no mesmo período, o numero de óbitos não chegou a 200. Isto mostra que o trabalho está dando certo e as equipes estão cada vez mais preparadas. Comprovamos esta situação aqui no Pará”, afirmou o ministro em exercício.

O comandante geral do Corpo de Bombeiros e coordenador estadual da Defesa Civil do Pará, Hegésipo Donato, acompanhado do coordenador adjunto da Defesa Civil, tenente coronel José Almeida, apresentou ao ministro e ao governador o Plano de Contingência de Enfrentamento dos Desastres de 2012 e a situação atual de como está o cenário das cheias no estado.

O plano será encaminhado para a Secretaria Nacional de Defesa Civil, afim de que os recursos necessários sejam repassados pela União ao Estado ou diretamente para os municípios atingidos, através do cartão de pagamento, disponibilizado aos prefeitos das cidades que se encontram em situação de emergência. “Somos um país continental onde as esferas municipal, estadual e federal precisam se articular para superar os seus desafios. Para o homem simples, não existe governo federal, estadual e municipal. O que ele quer é saber se suas necessidades vão ser atendidas. Por isso, festejo esta iniciativa do ministério”, disse o governador Simão Jatene.

Dados da Defesa Civil do Pará mostram que 635 famílias já foram afetadas pelas enchentes e atualmente existem 17 municípios em estado de alerta, sendo os 14 da região do Baixo Amazonas e os municípios de Trairão, Marabá e Tucuruí. Nos municípios onde as cheias já começaram a causar problemas, a Defesa Civil do Estado conta com Salas de Situações, onde as enchentes são monitoradas diariamente, através de uma parceria com o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam).

Atualmente, o estado apresenta apenas um município em situação de emergência, que é Santana do Araguaia, na região sudeste do Pará, decretada por conta das estradas vicinais que estão danificadas e se tornando intrafegáveis em decorrência das fortes chuvas. Segundo o coordenador estadual do órgão, o município de Altamira está em análise e o município de São João do Araguaia, chegou a entrar em situação de emergência, mas já foi descartado.

“Estamos com um plano de enfrentamento que começou a ser elaborado em dezembro do ano passado e se estenderá até 30 de setembro deste ano. O plano consiste em várias fases, com base nas estatísticas de desastres de anos anteriores. Agora, estamos saindo da fase de preparação para iniciarmos a fase da resposta, que é a entrega das cestas básicas, o kit de enxoval de emergência, kit de limpeza e kit madeira, entregue por família. Quando as chuvas passarem, nós entraremos em ação com a última fase, que é a reconstrução dos estragos”, declarou.

Dos 144 municípios paraenses, a Defesa Civil possui coordenadorias em 88 e atende, por ano, 34 mil famílias. Nas cheias deste ano, a previsão é que o órgão atenda em média 4 mil pessoas. A Defesa Civil do Pará trabalha em articulação com os órgãos integrantes do Sistema Nacional de Defesa Civil, que utiliza como ferramenta gerencial o “Sistema Regional de Manejo de Incidentes”, para prevenir as enchentes.

Atualmente a região do Baixo Amazonas é a que mais causa preocupação para a Defesa Civil. O Rio Tapajós, por exemplo, já apresenta um nível elevado de 7.66 e pode chegar a marca de 7.91, até o início do mês de junho. Já o rio Amazonas está com um nível de 7.82 e a previsão é que chegue a 8.20 no final do mês de maio.

Texto: Bruna Campos - Secom

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