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terça-feira, 10 de abril de 2012

Chalé para ski nos EUA produz 100% da energia que consome

O chalé foi construído sobre o sistema SIP e ainda fez uso de contêineres: atrás da casa, um conjunto de placas fotovoltaicas está montado em um deles, que também inclui um armazém e uma oficina além de guardar a bateria. | Foto: Barrett Studio Architects
 
O chalé de dois quartos, que David Barrett, do Barrett Studio Architects apelidou de Wee Ski Chalet, engloba 102,5 metros quadrados. Na região onde está localizado, não há rede de energia elétrica, água ou estrada. O modesto chalé produz 100% da eletricidade necessária para o seu próprio consumo.
A cabine, incorporada em um esqui resort de Colorado é acessível apenas através desnowmobile durante o inverno, é um retiro acolhedor feito a partir de elementos que alcançam altos níveis de sustentabilidade em um ambiente exigente.
Segundo Barrett, o orçamento da família era limitado. "A primeira coisa a fazer é fornecer o que você precisa com a menor quantidade de energia necessária. Então começamos com a ideia de construir uma casa menor."
Os clientes [um casal], gostaram da ideia de usar contêiner mas, o isolamento mostrou-se complicado: "Você quer manter o exterior dos contêineres intactos, porque eles são impermeáveis ​​e à prova de bombas. Mas quando você isola o interior, não sobra espaço", constatou Barrett.
A equipe decidiu então construir sobre o sistema SIP (Structural Insulated Panels ) e ainda fez uso de contêineres: atrás da casa, um conjunto de placas fotovoltaicas (PV, sigla em inglês) está montado em um dos compartimentos, que também inclui um armazém e uma oficina, além de abrigar a bateria para estocar energia.
Situada a mais de três mil metros acima do nível do mar, a casa principal inclui grandes janelas, de vidro duplo, voltadas para o sul para deixar entrar a luz do sol, disponível das 10h às 15h.  O ganho de calor é armazenado de forma passiva em um piso de concreto e é então impulsionado por um radiante sistema de calor, alimentado por uma caldeira de propano.
A cozinha e o banheiro eficientes fazem uso de água de poço (aquecido pela caldeira) e um campo séptico. Leis locais proíbem a recolha de águas pluviais, mas os telhados de metal são inclinados para permitir a instalação de um sistema solar térmico. O encanamento também foi preparado para esta aplicação futura.
No interior, wheatboard substitui o drywall. O material é mais conhecido como material de marcenaria. "O wheatboard dá à luz do sol um aspecto ocre e suaviza-a, para não sobrecarregar os olhos", explica o arquiteto. O teto interior, feito de aço corrugado galvanizado e levemente reflexivo, amplifica a luz difusa do dia.  
O interior do chalé é simples: uma cozinha com prateleiras altas se distingue de uma sala aberta. Uma escadaria permite um escritório no nível inferior, enquanto no andar de cima, as meias paredes dos dois quartos permitem o fluxo térmico. Decks em três lados definem uma esfera mais contida dentro da natureza dispersa em torno da casa.
"Eu acho que a sustentabilidade é algo que os norte-americanos têm dificuldade em se confrontar”, disse Barret. Segundo ele, os estadunidenses gostam da ideia de tornar-se sustentáveis com mais tecnologia, mas não em fazer mais com menos.
O projeto Wee Ski Chalet sugere que seja possível trazer luxo e elegância a ambientes pequenos, e Barrett espera ser um exemplo para os mais sofisticados resorts de ski que ainda estão em desenvolvimento.
O chalé foi reconhecido como o vencedor em 2008 no concurso de design AIA Colorado Design Awards, e foi apresentado em Colorado Homes and Lifestyles Sustainability Issue. Com informações do GreenSource e Barret Studio.
Redação CicloVivo

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