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terça-feira, 13 de março de 2012

Inscrição para o Clube do Pesquisador Mirim termina dia 15 de março

Investigadores em formação, estudantes de ensino fundamental e médio participam anualmente do Clube do Pesquisador Mirim do Museu Goeldi


Até o dia 15 de março, o Museu Paraense Emílio Goeldi, através do Serviço de Educação e Extensão Cultural (SEC),realiza inscrição para participar do Projeto Clube do Pesquisador Mirim 2012. A seleção de alunos de 3ª. a 8ª. séries acontece após entrevista oral e atividades em grupos de trabalho. O Clube oferece 120 vagas a serem preenchidas e distribuídas em seis grupos de estudos para o ano de 2012.

Já para a Turma Inclusiva, são 10 vagas para alunos surdos e 10 vagas para alunos ouvintes regularmente matriculados em instituição de ensino privado ou público. Para o processo seletivo de alunos surdos será realizado entrevista em LIBRAS e dinâmicas e construções coletivas de conhecimentos prévios sobre tema do grupo. Para a inscrição serão admitidos como candidatos alunos com boletim escolar do ano anterior para comprovar se a série a qual está é compatível com o grupo escolhido.

No ano de 2011, foram cerca de 160 alunos os participantes das atividades do Clube do Pesquisador Mirim, que realizou a apresentação de produtos e entregou certificados, no último domingo, dia 3, no Museu Paraense Emilio Goeldi, em Belém. Divididos em grupos temáticos ao longo de todo o ano letivo, os estudantes desenvolveram cartilhas, criaram jogos e materiais didáticos sobre pesquisas científicas e apresentaram esses produtos ao público.

Levando o conhecimento para o cotidiano - Muitos pais se surpreendem com o impacto que a participação no Clube tem na vida dos filhos e da própria família. Dentre os muitos assuntos tratados, todos comentaram a mudança de atitudes. Cláudia Macedo, mãe de um dos estudantes do grupo “Meio Ambiente e Sociedade”, destacou os benefícios proporcionados ao filho: “Ele começou a se preocupar muito com o que consumíamos. Ele começou a se preocupar com o lixo que o prédio produzia e falou até com o porteiro sobre isso.”, contou Cláudia.

Enquanto isso, para Rayssa Sarmento, estudante que participou do grupo “Espécies adaptadas ao meio aquático”, o aprendizado foi grande em especial sobre sobre aspectos da responsabilidade ambiental no projeto. Seu pai, Paulo Sarmento, confirmou o que a filha disse e afirmou que ficou muito feliz de ver este tipo de mudança motivada por um meio de aprendizado.

Conheça agora o que cada grupo estudou e produziu.
O grupo “Os animais e seus habitats” realizou estudos sobre problemas ambientais na Amazônia. As causas observadas foram o desmatamento, queimadas, construção de hidrelétricas, etc., que afetam os habitats dos animais. O grupo, coordenado pela bolsista Edileuza Sodré, foi composto de alunos do 4° ao 6° ano do Ensino Fundamental. Eles produziram um folder com o nome “SOS Habitat” e um jogo educativo.

Já o “AnimaClub” criou um vídeo de animação, usando programas como Flash, Autocad e Photoshop. O vídeo, intitulado “O Clube em Animação”, conta um pouco da história do Clube do Pesquisador Mirim. O grupo foi formado por alunos do 9° ano do Fundamental e 1° ano do Ensino Médio, já “veteranos” do Clube. Foram orientados pelos bolsistas Edson Lopez e Jonilson Souza.

Quem trabalhou com o tema “Formigas da Amazônia” buscou explicar quem são esses pequenos seres aos quais muitos não dão importância. Através do jogo de tabuleiro educativo “Na Trilha dos Sentidos”, o visitante adentra um formigueiro e avança casas com informações da pesquisa. Além do jogo de tabuleiro, foi produzida também uma animação em stop-motion, denominada “Formigas”, em que uma formiga explica as principais características deste pequeno inseto. O grupo, composto de alunos do 4° ao 6° ano, foi dirigido pelo técnico do Museu Goeldi, Alcemir Aires.

O grupo “Meio Ambiente e Sociedade” estudou questões ambientais, com foco no lixo, gerado pelo consumo e o descarte errado dos resíduos. Os estudantes elaboraram um projeto de pesquisa intitulado “Consumo e lixo: como fazem parte do meu dia-a-dia”. Foi constituído com base em entrevistas feitas com os responsáveis dos próprios alunos, de todos os grupos do Clube. Também foi criado um jogo chamado “Rota do Consumo. O tabuleiro mostra o caminho dos resíduos, desde o supermercado, até o momento em que o consumidor deve escolher entre enviar os resíduos para a reciclagem (caminho certo) ou para os lixões (caminho errado). Além do tabuleiro, uma cartilha foi produzida, com o nome “Consumo e lixo: (re) tratos de uma pesquisa”, contendo a análise das entrevistas, as consequências das atitudes inadequadas e as soluções para agir no dia-a-dia. Quem orientou o grupo, constituído por alunos do 8° e 9° ano, foi a educadora ambiental Hilma Guedes.

“Amazônia em Língua de Sinais” é o tema de outro grupo que realizou pesquisa de elementos da fauna amazônica que não têm representação em Libras (Língua Brasileira de Sinais). Foram 16 alunos ouvintes e 5 alunos surdos, do 7° e 8° ano, que, com base em referências bibliográficas, discutiam os sinais a serem criados para cada animal. Como resultados, a cartilha “Fauna em Libras” e o kit “Zoolibras”, o qual consiste num painel imantado, com espaços em branco e legendas em datilologia (desenhos de mãos ilustrando as letras do alfabeto). Nesses espaços vazios colocam-se fotografias dos animais, com legendas não mais em libras e contendo o nome da espécie e o nome científico. A instrutora foi a bolsista Priscila Resque.

“Espécies adaptadas ao meio aquático”, grupo que reuniu alunos do 7° ao 9° ano, criou um vídeo chamado “A importância do Açaí na Amazônia” e uma cartilha intitulada “A várzea e suas espécies”. O conteúdo se baseou em um projeto de pesquisa que analisou o grau de consumo de produtos naturais encontrados na várzea, como o peixe e o açaí. Um outro aspecto se dedicou a investigar o uso da várzea como área de lazer e moradia. Os estudantes realizaram visitas técnicas à Ilha do Combú (usada para ilustrar o vídeo) e ao mercado do Ver-o-Peso. Os orientadores foram os bolsistas Thiago Sabino e Francisco Santos.

Serviço
Até o dia 15 de março de 2012, o Museu Paraense Emílio Goeldi, através do Serviço de Educação e Extensão Cultural (SEC), realiza inscrição para participar do Projeto Clube do Pesquisador Mirim (CPM). Para a Turma Inclusiva, são 10 vagas para alunos surdos e 10 vagas para alunos ouvintes regularmente matriculados em instituição de ensino privado ou público. O resultado será divulgado no site do Museu Goeldi 


Texto: Vandilson Rosas Júnior e Roberto Segundo 

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