Feiras livres também querem acabar com sacolas plásticas

As feiras livres de São Paulo também querem abolir as sacolas plásticas. A Prefeitura da cidade que incentivou a prática da rede de supermercados agora apoia as feiras para que façam o mesmo. Desde o ano passado, o assunto está em discussão.

O Presidente do sindicato dos feirantes, José Torres Gonçalves, disse à Folha de S. Paulo que a proposta é eliminar as sacolinhas e diminuir o uso de sacos plásticos para carregar frutas, legumes e verduras.

As feiras já se acostumaram a usar sacolas de alça e sacos coloridos "de segunda", que por sua vez são feitos de plástico reciclado. Além disso, eles custam até 30% menos. Só os peixeiros costumam preferir sacos plásticos virgens. "O feirante também não gosta da sacolinha. Como mudou no supermercado, não vai ser difícil fazer isso nas feiras. Vamos ajudar o ambiente e ainda economizar um bom dinheiro", afirma Torres.

O Presidente acredita que dentro de seis meses as sacolas já poderão ser eliminadas das feiras, por completo. Para ele, teoricamente, a medida seria um hábito fácil de ser mudado, afinal antigamente não havia a distribuição de sacolas, então os fregueses usavam carrinhos.

A dona de casa Ieda Silva, que frequenta uma feira em Perdizes, além da sacola de lona costuma pegar os sacos plásticos também. "Sempre usei a sacola de lona, mas nunca pedi para tirar os produtos do saquinho. Do jeito que o feirante dá, coloco na sacola", afirma. Diferente da dona de casa Maria Paula Ferreira que carrega seus alimentos misturados em um carrinho de lona, tomando o cuidado de deixar os mais frágeis em cima. "Já compro nessa ordem. Faz tempo que faço isso, não é por causa da campanha dos supermercados. Depois, é mais fácil para guardar as compras em casa. Só levo no saco folhas, como o alface."

A reportagem da Folha também constatou que vários fregueses na feira da Rua Mato Grosso, em Higienópolis, estão utilizando nas feiras as mesmas ecobags do supermercado.