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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Evento debate empreendedorismo indígena sustentável

Panela de Barro feita por mulheres Macuxi da Reserva Indígena Raposa Serra do Sol. Foto: artesã Lídia Raposa/Arquivo pessoalCom o propósito de reunir empreendedores indígenas e não indígenas, acadêmicos, representantes de agências governamentais, não governamentais e legisladores, para discutir assuntos pertinentes à promoção e ao apoio ao empreendedorismo indígena sustentável, nos dias 26 e 27 de abril será realizado no Quality Hotel, a conferência ‘Fibea 2012’. Na quarta edição, o evento deste ano será ‘Rio+20: Empreendedorismo Indígena e Sustentabilidade’ e dará aos participantes a oportunidade de estabelecer contatos, compartilhar ideias e explorar oportunidades de modelos de negócios sustentáveis.

“Através dessa conferência, nós esperamos promover alianças entre empreendedores indígenas e não indígenas no sentido de discutir ideias, soluções e oportunidades de negócios, além da formulação e implementação de modelos sustentáveis de empreendimentos”, afirmou o pós-doutor Raul Gouvea, criador, organizador e diretor das Conferências Fibea.

O encontro também discutirá assuntos, tendências e estratégias de empreendedorismo indígena sustentáveis. Os diferentes temas abordados vão explorar o diversificado ambiente do empreendedorismo e fatores que afetam e influenciam os negócios indígenas de todos os tamanhos e estruturas.

Utilização sustentável

De acordo com Raul Gouvea, o empreendedorismo indígena sustentável oferece a possibilidade de melhorar as condições socioeconômicas, bem como a autonomia, dessas comunidades e, ao mesmo tempo, ajuda a preservar culturas, costumes e conhecimento tradicional, além de permitir a reconstrução das mesmas. Segundo ele, comunidades indígenas ocupam 13% do território nacional. “A utilização sustentável dos recursos existentes neste espaço é de suma importância para o desenvolvimento econômico sustentável não só dessas comunidades indígenas, mas também do Brasil. Nesse sentido, um zoneamento econômico das mesmas, e das reservas ao redor do País, é de suma importância para que se conheça o potencial, bem como identifique quais atividades podem ser exercidas em cada região. Para estas definições e mapeamento, o IBGE possui um papel fundamental”, disse.

Empreendedorismo indígena

Para Gouvea, é importante que se promova o empreendedorismo indígena sustentável para que as comunidades não sejam seduzidas a se envolver em práticas econômicas não sustentáveis. Além disso, a falta de oportunidades de renda, serviços de saúde e educação nas mesmas promove e força a migração de nossos indígenas para os grandes centros, onde são sujeitos à qualidade de vida deplorável e, muitas vezes, à exploração predatória. A política assistencialista dá terra, mas não dá educação, saúde, infraestrutura e condições para a geração de renda local.

Como a conferência surgiu

A ideia da conferência nasceu quando Gouvea dava aulas no campus avançado da University of New Mexico, na cidade de Gallup. Ali ele percebeu a necessidade de incutir em seus alunos, 90% indígenas, que o empreendedorismo também é necessário para a criação de oportunidades de emprego e geração de renda para essas comunidades indígenas de New Mexico.

“Já fizemos quatro edições da Conferência Fibea, duas nos Estados Unidos e duas no Brasil (a de abril será a terceira da série em Manaus). Temos contado com o apoio do secretário Robério Braga, que acreditou e nos apoiou para que pudéssemos trazer a Conferência para a cidade de Manaus e eu tenho uma dívida de gratidão muito grande com ele. O secretário Bonifácio José, da Seind, tem sido também um grande incentivador da Fibea e que muito também tem nos ajudado. Daniel Nava e o deputado Luiz Castro também apoiam as nossas iniciativas e conferências entre vários outros participantes e apoiadores”, finalizou.

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