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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Brasil adota práticas sustentáveis no setor agropecuário

O presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (FARSUL), Carlos Sperotto, afirmou nesta terça-feira (14/02), em Porto Alegre (RS), que o Brasil tem adotado práticas sustentáveis no setor agropecuário, o que não tem ocorrido em outros países, inclusive entre grandes produtores mundiais de grãos e carnes. “Não vejo em outros países movimentos como o que estamos vendo no Brasil”, afirmou na abertura do quarto seminário de capacitação em Agricultura de Baixo Carbono.

Sperotto lembrou que 61% do território brasileiro estão preservados com florestas nativas, condição que não é vista em nenhum outro país, e, mesmo assim, o Brasil tem debatido o tema sustentabilidade, investindo em novas tecnologias. O seminário, iniciativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em parceria com a Embaixada Britânica, já foi realizado em Brasília (DF), Belo Horizonte (MG) e Salvador (BA), com o objetivo de difundir informações sobre o Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC), do Governo federal, que disponibiliza recursos para práticas sustentáveis.

No seminário, o pesquisador José Pereira da Silva Júnior, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Trigo, também destacou a posição do Brasil nesse debate e ressaltou que o País tem avançado nas discussões sobre sustentabilidade e preservação ambiental, apesar do “retrocesso mundial”. Segundo ele, “outros países estão abandonando seus compromissos, o que é um retrocesso”. Afirmou, ainda, que “o Brasil não abandonou o debate e tem avançado nesse tema”, referindo-se à decisão de alguns países de anunciarem que não cumpriram as metas estabelecidas anteriormente por meio do Protocolo de Kyoto.

O pesquisador citou o compromisso assumido pelo Brasil durante a Conferência das Partes (COP) 15, de Copenhague, na Dinamarca, de redução das emissões até 2020, entre 36,1% e 38,9%, deixando de emitir 1 bilhão de CO2 equivalente. Para atingir essa meta, foi definida uma série de ações voluntárias, entre elas a redução do desmatamento (de 80% na Amazônia e 40% no Cerrado). Também foram estabelecidas como prioridades a recuperação de pastagens degradadas e a ampliação da eficácia energética.

Seminários – A proposta de realizar os seminários de capacitação surgiu da demanda dos produtores rurais, que relatavam dificuldades em acessar as linhas de créditos do programa ABC. OS principais impasses citados pelos produtores eram a falta de assistência técnica e o desconhecimento sobre o programa. A proposta da Embaixada Britânica era capacitar 300 pessoas, número que foi ultrapassado com folga, segundo Camila Nogueira Sande, da CNA.

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