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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Secretário de Saúde contesta conclusão de pesquisa do Ipea

O secretário de Estado de Saúde Pública, Helio Franco, contestou nesta quarta-feira (11) o trecho da pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), que relaciona o número de médicos à qualidade de vida da população. “O conceito de saúde é muito mais amplo. Engloba prevenção, promoção, recuperação e reabilitação. Saúde não depende apenas de médico. Depende de condições de vida, água tratada, alimentação saudável, educação, emprego, renda, moradia etc.”, enfatizou Helio Franco. Segundo o secretário, doenças endêmicas, como dengue e malária, não dependem apenas do médico para serem controladas. 

O fato de haver mais médicos nas regiões Sudeste e Sul do Brasil, frisou ele, não garante melhor qualidade de saúde, até porque nesses centros grande parte dos profissionais de medicina atua em áreas como Cirurgia Plástica e Estética, e em áreas de procedimentos como exames de imagem, por exemplo, não contribuindo para melhorar a saúde da maioria das pessoas.

Helio Franco ressaltou, no entanto, que há necessidade de descentralização e fortalecimento dos serviços médicos no interior do Estado, problema cuja solução foi priorizada pelo governador Simão Jatene, que no seu primeiro governo construiu Hospitais Regionais em Santarém (no oeste paraense), Altamira (na região da Transamazônica), Redenção (no sul), Marabá (no sudeste) e Breves (no Arquipélago do Marajó), disponibilizando em todas as regiões do Pará serviços de média e alta complexidade e incentivando muitos médicos a trabalhar no interior. Também foi implantado o curso de Medicina na Universidade do Estado do Pará (Uepa) em Santarém, que formará a primeira turma neste semestre.

Mão de obra - Dando continuidade a esse trabalho de formação e qualificação de mão de obra, a Uepa está implantando o curso de Medicina em Marabá, enquanto a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) iniciará o projeto de Requalificação dos Hospitais Municipais em 29 municípios, incluindo obras físicas e aquisição de equipamentos, para que os profissionais tenham melhores condições de trabalho e se fixem nos municípios, além de oferecer à população serviços com maior eficiência e eficácia. Este ano serão requalificados os hospitais nos municípios de Abaetetuba, Barcarena, Novo Repartimento, Óbidos, Soure, Monte Alegre, Salvaterra, Afuá, Anajás, Cachoeira do Arari, Novo Progresso, Palestina do Pará, Santa Izabel do Pará e São Miguel do Guamá.

Ao mesmo tempo, a Sespa trabalhará na qualificação da Atenção Primária desses municípios, para que menos pessoas precisem ser internadas. Também serão implantados hospitais de integração em Castanhal e Capanema (no nordeste paraense), com funcionamento semelhante a um Regional, porém com menor abrangência, e será construído um novo Hospital Regional em Itaituba, no sudoeste do Estado.

Serão implantadas, ainda, 44 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), das quais 10 com recursos estaduais, que estão previstas na Agenda Mínima do governo do Estado, e 34 com financiamento tripartite - participação do Ministério da Saúde, Estado e municípios. 

Além disso, o Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém, em parceria com a Uepa, abriu inscrições para o Programa de Residência Médica, oferecendo quatro vagas em Cirurgia Geral, com duração de dois anos; cinco vagas para Medicina de Família e Comunidade, com duração de dois anos, e duas vagas para Ortopedia e Traumatologia, com duração de três anos. Os Programas acontecerão no HRBA, administrado pela Organização Social Pró-Saúde, e na Rede Municipal de Saúde.

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