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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Em Manaus, ministro fala sobre ameaça à fronteira e imigração haitiana

O ministro da Defesa, Celso Amorim, cumpriu agenda oficial, nesta segunda-feira (30), em Manaus. Durante a visita à capital amazonense, ele declarou que a entrada de milhares de imigrantes haitianos no País – principalmente pelo Amazonas e Acre – não é uma questão de defesa nacional. Por outro lado, o ministro mostrou-se preocupado quanto à necessidade de investimentos em tecnologia para garantir a segurança das fronteiras da região.

A visita ocorreu no Comando Militar da Amazônia (CMA). Amorim disse que a visita ao Estado permite compreender melhor as necessidades militares da região. Perguntado sobre o que mais lhe chamava atenção na Amazônia, o ministro declarou: “Primeiramente a enormidade do problema. Porque a gente sabe, mas sabe de longe”. O desafio, segundo ele, está em questões como as distâncias de um pelotão para outro, que chegam a cerca de mil quilômetros.

“Por isso é tão importante termos um bom apoio logístico e desenvolver meios tecnológicos”, lembrou Amorim. Sobre o investimento em equipamentos de ponta, ele lembrou o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron). O projeto, orçado em cerca de R$ 10 bilhões, inclui um satélite de sistema de informação. “Ele vai permitir agregar meios tecnológicos à Defesa e, progressivamente, dar substância à nossa presença na região”, afirmou.

Sobre os crimes fronteiriços, o chefe da Defesa Nacional destacou que o narcotráfico é a maior ameaça. “As ameaças que temos não são com os países vizinhos, com quem temos excelentes relações, mas sobretudo do crime internacional, que está se adensando, e as questões de garimpos ilegais nas fronteiras”.

Entre as ações do Plano de Articulação de Segurança Nacional na região, Amorim destacou a implantação da primeira unidade militar de helicóptero totalmente integrados entre as três forças: Exército, Marinha e Aeronáutica. A unidade será montada em Belém, no Pará.

Haitianos

“Não é um problema de defesa nacional. O Haiti não vai invadir o Brasil”. Essa foi a declaração do ministro, quando questionado sobre a entrada no País de milhares de refugiados, atualmente concentrados principalmente nos municípios de Tabatinga (AM) e Brasileia (AC).

Para Amorim, o caso é um problema humanitário, onde é necessário preservar os direitos humanos dos refugiados levando em conta a capacidade brasileira. “Mas isso não é com o Ministério da Defesa. Ocasionalmente nós podemos até dar alguma ajuda humanitária, mas essa é uma questão fundamentalmente do Ministério da Justiça e do Ministério das Relações Exteriores”.

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