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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Plebiscito: debate reunirá as frentes do 'sim' e do 'não' às 22h de hoje

O primeiro debate sobre o plebiscito do próximo dia 11, que apontará a vontade da população paraense sobre a divisão do Pará e criação dos estados do Tapajós e Carajás acontece nesta quinta-feira (1ª), a partir das 22h, na RBATV. 

Está confirmada a participação dos parlamentares que presidem as quatro frentes registradas no tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-Pa). Além da oportunidade de dar visibilidade aos argumentos, os representantes poderão questionar posicionamentos e dados divulgados durante a campanha.

O debate será realizado em cinco blocos e deve durar cerca de uma hora e meia. A ordem de perguntas e respostas será definida a partir de um sorteio feito na hora. O mediador será o jornalista Luciano Júnior, da emissora Band de Natal. 

“Como em todos os debates realizados em qualquer pleito eleitoral, sempre prezamos pela competência dos nossos profissionais e, acima de tudo, a isenção quanto ao assunto”, destacou o gerente-geral de Jornalismo da RBATV, Adil Bahia.

Segundo ele, as regras do debate foram apresentadas em reunião com representantes das frentes. “Protocolamos o documento no TRE e todos concordaram com os moldes apresentados pela emissora. Entre as definições, acertamos que as frentes favoráveis vão perguntar sempre para as duas contrárias, e vice-versa. Em hipótese alguma vão fazer perguntas entre si”, afirmou.

ARGUMENTOS

O cenário do debate vai antecipar a nova produção visual da RBATV para 2012. “Prático, simples e moderno, como a nossa proposta para o próximo ano”, completou Adil.

Os responsáveis por apresentar os argumentos ao telespectador serão os presidentes das frentes Pró-Tapajós, deputado Joaquim de Lira Maia (DEM); Contra Tapajós, deputado Celso Sabino (PR); Pró-Carajás, deputado João Salame (PPS); e Contra Carajás, deputado Zenaldo Coutinho (PSDB). No domingo, 11 de novembro, cerca de 4,5 milhões de eleitores vão às urnas opinar sobre a divisão do Pará.

APOSTA

O formato, utilizado em anos eleitorais, é a aposta de alguns cidadãos para ouvir de seus representantes políticos argumentos sobre a divisão do Pará. A RBATV começou a preparação para o debate logo após a cobertura do Círio de Nazaré. A equipe de jornalismo estudou o tema até chegar a um formato isento, onde as quatro frentes pudessem apresentar os discursos sem prejudicar a avaliação do telespectador.

Quem estiver fora do Estado e até mesmo do país, poderá acompanhar o debate ao vivo direto pelo DOL, ou pelo twitter @DOLdiarioonline. No site, um banner vai direcionar o internauta para o DOLTV, onde a transmissão será realizada. No twitter, a equipe de jornalistas vai atualizar a Time Line com posts sobre o debate e poderão ainda interagir com o conteúdo, se posicionando, criticando ou parabenizando os representantes das frentes.

Oportunidade para o eleitor tirar dúvidas

Quem está curiosa para saber como vai funcionar o debate é a auxiliar de disposição Vanessa Monteiro, 30 anos. Ela tem acompanhado a campanha nas ruas e pela televisão, mas espera encontrar nas palavras dos representantes das frentes um suporte para realmente definir o seu voto.

“Não é porque moro em Belém que minha opinião é previsível. Assim como na hora de votar em candidatos, na hora de dizer ‘sim’ ou ‘não’ nas urnas, também temos que atentar para as propostas. O que querem fazer com nosso território?
E o que vai ficar para o novo Pará são as minhas principais dúvidas. Quem sabe não é no debate que finalmente serei esclarecida?”, questiona.

“Como em qualquer outro pleito eleitoral, neste as pessoas podem estar apresentando apenas aquilo que lhes é conveniente. Refiro-me aos políticos dessas regiões, e até mesmo os daqui. O que falta ao povo é conhecimento sobre a causa. Conheço pessoas que sequer sabem da realização do plebiscito”, contou o bombeiro Edson Silva. 

Para ele, mais que uma oportunidade de ouvir todos os lados, o debate vai apresentar à população quem são os “cabeças” dos movimentos. “Se é um projeto para o povo do Pará, temos que saber quem está promovendo isso. A televisão é o meio mais indicado para isso”, afirma o bombeiro.

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