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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Ibama multa Chevron novamente em R$ 10 milhões

Na última sexta-feira (23) o Ibama multou a Chevron em mais R$ 10 milhões. O órgão ambiental alega que a empresa americana descumpriu uma condicionante de sua licença ambiental. Esta é a segunda multa aplicada à petrolífera. 

Falhas foram identificadas no cumprimento do Plano de Emergência Individual (PEI) aprovado pelo Ibama. Em nota, a Chevron afirmou que o PEI foi executado de modo e em tempo adequado. “O Plano foi posto em prática rapidamente com a realização dos procedimentos-padrão para estancar a fonte do vazamento". 

“Os fatos irão demonstrar que a empresa agiu de acordo tanto com o PEI quanto com os procedimentos padrão da indústria”, diz a nota. E acrescenta: “as ações imediatas tomadas neste incidente demonstram o compromisso da Chevron de proteger as pessoas e o meio ambiente.” 

Umas das questões levantadas pelo Ibama é que não havia equipamentos nas embarcações de emergência e que o tempo de atendimento ao vazamento foi demorado. Através da análise, o órgão que já havia punido a empresa em R$ 50 milhões agora puniu-a pela segunda vez. 

Além do próprio presidente da Chevron no Brasil, George Buck, a empresa Transocean e mais 17 pessoas responderão por crime ambiental. O relatório da Polícia Federal foi passado para a Justiça, que cuidará do caso. A PF aponta 16 pessoas como sonegadoras de informações, se comprovado, elas devem responder também por falsidade ideológica. 

De acordo com a análise, os indiciados supostamente teriam editado vídeos do vazamento para dificultar as investigações. A PF também afirma que o vazamento ocorreu por excesso de pressão no poço, sendo que as empresas tinham conhecimento do risco. Mesmo assim, só pensaram em seus próprios interesses. 

"As empresas Chevron e Transocean atuam ou, pelo menos, atuaram aqui nesse caso, de maneira leviana e irresponsável. Estavam trabalhando no limite do limite, como foi admitido por várias das pessoas que vieram depor", afirmou o delegado Fábio Scliar, que comandou as investigações. 

A Chevron afirma que, após a verificação dos fatos, ficará claro que as medidas tomadas pela empresa foram apropriadas e responsáveis. Segundo o G1, o chefe de relações públicas da Transocean, disse nos Estados Unidos que os indiciamentos não têm fundamento e que os funcionários serão defendidos. 

De todos os crimes denunciados, a pena máxima prevista é de até 14 anos de prisão, sendo que as empresas podem perder o direito de exercer suas atividades no Brasil. O próximo passo será ouvir o Ministério Público.

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