Este foi o tema de um programa promovido por uma instituição bancária, do qual tive a oportunidade de participar, junto a mais de cem convidados representantes de diversas empresas e instituições.
Valiosas informações, novas relações, dinâmicas, debates, conteúdo, todas com enorme valor e relevância, onde destaco a disponibilidade das energias de excelentes pessoas educadoras que se alimentam desta generosa e estratégica prática.
Ao proporcionar um tema central, compartilhar experiências e possibilitar reflexões para as novas complexidades, que pouco a pouco vão se incorporando e entrando definitivamente na pauta deste território do capital, detentor do poder de impor suas leis, de traçar nossos destinos e que tem a força de orientar opções políticas para práticas integradoras para mudanças de paradigma que não só incorporem a meramente supremacia comercial/econômica, e assim passar a incorporar e considerar nos seus relatórios ativos da natureza, valores intelectual, o bem estar corporativo e coletivo, a qualidade de vida, só assim poderemos contribuir e ter uma real dimensão de progresso e avançar numa concepção de comunidades locais sustentáveis.
Registramos também colocar por conta deste segmento o alto custo ambiental decorrentes das operações financeiras que alavancam a febre perniciosa da produção e consumo, e que têm apenas, nem sempre, uma pequena porcentagem dos vultosos lucros destinados à redução deste passivo ambiental.
Iniciativas semelhantes e necessárias existem dos que tentam melhorar sua imagem ambiental, mas não podemos negar que a concentração do capital está em poucas mãos e mentes, não necessariamente comprometidas com o fortalecimento da luta ambiental, muito menos com a justiça social.
Por onde caminhar hoje se o nosso modo de ser, fazer e ter são insustentáveis? Como aproximarmos de verdadeiros indicadores de sustentabilidade que considerem além dos aspectos sociais, ambientais e econômicos, a questão ética, da cultura,da felicidade e da diversidade? Para tanto se torna necessário definir modelos que mensurem, monitorem e avaliem esses padrões de sustentabilidade, mesmo com seus projetos diferenciados, onde os desejos e interesses de hoje sempre diferem para o amanhã.
O sentido de urgência em agir incorporando e atribuindo valor, a questão sócio/ambiental perpassando por todos os campos do saber, me faz crer ser a melhor estratégia capaz de considerar o bem estar dos seres vivos e tentar minimizar o efeito negativo das práticas humanas atuais, num processo de degradação sem precedente na nossa história, indiferente a sustentação de sobrevivência em especial dos menos favorecidos num futuro próximo.
Será possível uma ruptura com o modelo excessivo de produção e consumo que vivenciamos nestas últimas décadas, onde o sistema dominante amortece a tímida pressão dos poucos que buscam o bem estar humano, a simplicidade, o cuidado ambiental, que evitam a cultura do consumismo e do desperdício, mas ainda insuficientes para paralisar a reação da nossa casa comum, já presente no luto democrático dos horrores das catástrofes ambientais vivenciadas e anunciadas que começamos a pagar.
Será que estamos priorizando agir rapidamente possibilitando oportunidades de capacitação, mobilização e adaptação a tempo de responder preventivamente as crises climáticas, quase simultaneamente a quando elas ocorrerem, É difícil imaginar todas estas coisas realmente acontecendo durante a nossa vida e a vida de nossos filhos e netos.
Será que as redes financeiras/empresariais estão preocupadas com isto?
Quanto tempo mais pensam que o desenvolvimento capitalista sob a tutela de uma minoria poderá fingir e não ouvir o rugir da TERRA?
Com mais recursos financeiros somados as energias dos indivíduos engajados na causa ecológica, considerando todos os campos do saber, poderemos unidos fazer das camadas mais populares sujeitos políticos. Só assim acelerar o passo na construção de comunidades mais preparadas e sustentáveis.
Saudações sustentáveis
Donato Velloso
Presidente
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