Dois dias antes, a organização havia divulgado também uma lista de manifestações típicas intangíveis que devem ser "urgentemente protegidas", incluindo um ritual de um povo indígena brasileiro, voltado para "manter a ordem social e cósmica".
O yaokwa é a principal cerimônia do calendário ritual dos enawenê-nawê, povo indígena cujo território tradicional fica no noroeste do Mato Grosso.
Outras diversas expressões musicais, culturais e rituais foram inseridas na lista da Unesco de patrimônio intangível, entre eles um ritual agrícola de replantio de arroz realizado em Hiroshima, Japão; o saber dos xamãs de Yuruparí, na Amazônia colombiana; uma procissão de cavaleiros realizada na República Tcheca; a peregrinação a um santuário inca do Peru; e um típico teatro de sombras chinês.
A lista está sendo divulgada pelo Twitter da Unesco (twitter.com/unescoNow), que acompanha em tempo real a reunião da agência da ONU em Bali, Indonésia. O encontro se encerra na próxima terça-feira.
Ao se tornar patrimônio da humanidade, essas expressões ganham apoio para sua preservação.
Portugal e Brasil
No caso do Brasil, já havia 18 bens nacionais inscritos na lista do Patrimônio Mundial da Unesco.
Entre o patrimônio imaterial, dedicado a tradições orais, cultura e a arte populares, línguas indígenas e manifestações tradicionais, estão as Expressões Orais e Gráficas dos Wajãpis do Amapá e o Samba de Roda do Recôncavo Baiano.
Em Portugal, na expectativa da inclusão do fado na lista de patrimônio imaterial, já estavam agendados eventos comemorativos e um grande show, na próxima sexta-feira, numa das principais salas de espetáculos de Lisboa, o Coliseu, com os principais fadistas do país.
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