Horas trabalhadas na produção, emprego e utilização da capacidade instalada recuaram em setembro.
O faturamento da indústria aumentou 1% em setembro na comparação com agosto, na série livre de influências sazonais. No entanto, outros indicadores recuaram, confirmando a retração da atividade industrial. As horas trabalhadas na produção caíram 1,3%, o emprego recuou 0,3% e a utilização da capacidade instalada teve queda de 0,6% em setembro frente a agosto, também na série livre de influência sazonais, informa a pesquisa Indicadores Industriais, divulgada nesta terça-feira, 8 de novembro, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Esse foi o quarto consecutivo de crescimento do faturamento do setor. Conforme o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, esse aumento, combinado com a queda dos demais indicadores da atividade, mostra que as empresas estão vendendo os estoques acumulados no primeiro semestre do ano e, alguns setores, aumentaram o uso de componentes importados na produção.
“O acúmulo indesejado de estoques e a maior concorrência com os importados no mercado interno são frutos de um agravamento da crise financeira internacional aliada à política de restrição do crédito e de aumento da taxa de juros aplicada pelo governo no primeiro semestre”, completou Castelo Branco.
De acordo com a pesquisa, em setembro, a indústria operou, em média, com 81,6% da capacidade instalada. A pesquisa mostra ainda que os salários pagos pela indústria aumentaram 3,5% em setembro na comparação com agosto, na série original. No mesmo período, o rendimento médio do trabalhador cresceu 3,3%.
Na avaliação de Castelo Branco, a atividade industrial se manterá estável até o final deste ano. Para 2012, a perspectiva é de queda na demanda externa, causada pela crise na Europa e a desaceleração da economia norte-americana. “O ritmo de exportações de commodities está menor”, disse o economista.
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